A Isabella Nardoni E Analise Criminal

ISABELLA NARDONI E A ANÁLISE CRIMINAL

1. INTRODUÇÃO:

A Análise Criminal é genuinamente uma ciência que lança mão do auxílio tecnológico e estatístico como ferramentas básicas, outrossim, deve ser alcançada pela compreensão das ciências humanas e jurídicas. No fatídico caso da ISABLLA NARDONI, crime que chocou a comunidade brasileira, os policiais utilizaram as Análises Criminal Tática e Investigativa para elucidar o delito.

1. O CRIME:

No dia 29 de março 2008, a polícia militar do estado de São Paulo recebe chamado sobre um suposto roubo em residência no Edifício London, no distrito da Vila Guilherme, segundo as ligações recebidas, o infrator teria jogado uma criança do sexto andar do prédio. Após os diversos chamados, várias ambulâncias e viaturas foram destinadas ao local, deparando-se com a criança já morta no gramado do prédio.

Segundo os depoimentos iniciais do pai da vítima, Alexandre Nardoni, o prédio teria sido assaltado e a garota de apenas 5 anos de idade teria sido jogada por um dos bandidos, ele afirmou que deixou sua mulher e dois filhos do casal no carro, subiu com Isabella para colocá-la na cama, pois já estava dormindo, e depois desceu para o estacionamento para ajudar a mulher com os outros dois filhos. Nesse tempo, os bandidos teriam praticado o delito, pois quando retornou, deparou-se com a tela cortada e a filha arremessada no gramado.

O caso foi amplamente divulgado nas redes televisas e jornais do país, chocou o Brasil devido a idade tão nova da vítima e a brutalidade do crime.

1. INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE CRIMINAL:

De início, observamos a aplicação da Análise Criminal Tática sendo utilizada pela polícia, vez que o caso se tratou de um crime relatado, com dado agregados e, de pronto, menos abundantes. Ou seja, inicialmente foram produzidas informações fundamentais para subsidiar a polícia investigativa, como local do crime, o fato, modus operandi.

Conforme o órgão de segurança pública teve acesso ao local do crime, nota-se a utilização da Análise Criminal Investigativa, com a utilização de dados mais qualitativos para solucionar o referido caso e a busca de autoria e materialidade do delito.

 Tal tipo de análise fica evidente quando, apesar das alegações feitas pelo pai e pela madrasta de Isabella, Anna Jatobá, logo ao iniciar as investigações, a polícia encontrou inúmeras divergências entre o depoimento dos responsáveis e as pistas no local, por exemplo, Alexandre Nardoni disse que teria deixado Isabella no apartamento, trancado a porta e voltado ao estacionamento para ajudar a mulher com os filhos, porém após as investigações realizadas, constatou-se que a porta não tinha qualquer sinal de arrombamento. Ainda sobre a versão alegada pelo pai de Isabella, ele disse que os bandidos teriam entrado no apartamento com fito de subtrair objetos, no entanto, a casa não tinha sinais de procura/busca, como gavetas reviradas, armários abertos.

Além disso, a polícia judiciária responsável realizou diversas colheitas de depoimentos acerca do casal e sua família, colhendo relatos de vizinhos, moradores do prédio e até mesmo da mãe da vítima, Ana Carolina Oliveira, sobre a vida cotidiana do casal e relação com a criança, foi declarado por um dos vizinhos que as brigas do casal em frente a Isabella, eram constantes aos fins de semana. Também fora relatado a polícia que, segundo uma vizinha, uma criança havia gritado por socorro, mas a mulher não saiu do apartamento, o que aumentou as suspeitas sobre eles.

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