A Justiça Social

A justiça social como conceito surgiu no início do século XIX, durante a Revolução Industrial e as revoluções civis subsequentes em toda a Europa, que visavam criar sociedades mais igualitárias e remediar a exploração capitalista do trabalho humano. Por causa das estratificações gritantes entre ricos e pobres durante esse período, os primeiros advogados da justiça social se concentraram principalmente em capital, propriedade e distribuição de riqueza.

Em meados do século XX, a justiça social expandiu-se de se preocupar principalmente com a economia para incluir outras esferas da vida social, incluindo ambiente, raça, gênero e outras causas e manifestações de desigualdade. Simultaneamente, a medida da justiça social expandiu-se de ser medida e promulgada apenas pelo Estado-nação (ou governo) para incluir uma dimensão humana universal. Por exemplo, os governos (ainda hoje) medem a desigualdade de renda entre pessoas que compartilham a cidadania em comum. Mas a justiça social também pode ser considerada no nível da humanidade como um todo. Como declaram as Nações Unidas : “Escravos, trabalhadores explorados e mulheres oprimidas são, acima de tudo, seres humanos vitimados, cuja localização importa menos do que suas circunstâncias.”

Justiça para o nosso planeta e justiça para todas as pessoas são duas conversas profundas que estão acontecendo simultaneamente, mas geralmente em salas diferentes. A interconectividade da vida humana cotidiana e o estado da Terra geralmente não são examinados, mas neste momento da história da humanidade não podemos nos dar ao luxo de separar essas conversas.

As suposições que muitas pessoas carregam, que a Terra é separada de nós e, portanto, explorável, são paralelas às suposições de que algumas pessoas são diferentes e inerentemente descartáveis ​​- e esse é o cerne da questão.