A Moral e Ética de Yves La Tielle
Por: brunap5016 • 14/5/2020 • Resenha • 1.310 Palavras (6 Páginas) • 249 Visualizações
Abordando ainda a “moral e ética”, Yves de La Taille aborda de forma principal o assunto durante as páginas de seu livro, tratadas como sinônimos por grande parte da sociedade, no que tange a ciência, isso é explicado e demonstrado como conceitos diferentes um do outro.
Um dos principais objetivos do livro é trazer para o leitor um pensamento sobre a forma como as pessoas pensam e agem seguindo os valores, as regras e princípios morais em que acreditam. O livro traz em seu conteúdo uma obra que possa abranger os mais diversos públicos, seja os que buscam conhecimento sobre a diferenciação entre “ética e moral” ou os que buscam reflexões sobre os temas, podendo ser acessível para as mais diversas áreas de estudos e de aplicação da profissão.
La Taille aborda assuntos que podem ser primordiais as respostas que vêm sido procuras pela Psicologia Moral moderna, utilizando da Filosofia e da busca por autores do passado, como por exemplo, René Descartes que foi um filósofo e matemático francês, criador do pensamento cartesiano e o sistema filosófico que deu origem à própria Filosofia Moderna; Immanuel Kant um dos filósofos mais estudados na modernidade que tem seus trabalhos como base e ponto de partida para a filosofia alemã moderna; Émile Durkheim que teve seu legado como um sociólogo clássico, antropólogo, cientista político e psicólogo social; e Aristóteles um filósofo grego que iniciou o período sistemático da Filosofia Antiga.
Tratando-se no capítulo terceiro, o autor trata sobre a aceitação à regra e sua referencia no meio a qual se encontra, buscando não somente uma aprovação, como também buscando a garantia da sua estabilidade. Em seguida, é possível observar uma definição de o que se tratam os valores e as regras pessoais, ignorando a autoridade da qual o grupo está submetido, resultando assim em uma preferência a princípios éticos universais, sendo guiados pela justiça, pela reciprocidade, pela igualdade e por fim pelo respeito que deve ser dado ao próximo. Buscando na moral, La Taille aborda o pensamento de um dever que garante a regulamentação da convivência humana em sociedade. Comparando as formas de ação e percebe a carência do outro e assim, objetivar uma solução no que está em crise para assim buscar o esforço da dimensão intelectual envolvida do “agir” de forma correta e de acordo com as normais sociais.
Avaliando-se no que tange ao objetivo do conhecimento na conduta moral, como demonstrado por Turiel, há uma postulação acerca da existência de domínios de conhecimento social, de conhecimento pessoal, o convencional e moral. La Taille busca trazer um questionamento sobre a forma como esses domínios são divididos, uma vez que, segundo ele, a maioria das virtudes que dizem respeito à moral, como por exemplo, a generosidade não se enquadra em um só domínio.
Como já citado nessa resenha, o autor traz por fim em seu último capítulo uma abordagem ao vínculo entre moral e ética, a forma como isso é imposto por meio do auto-respeito, e a fase do despertar ou gênese do senso moral, o momento em que a criança ainda não é influenciada pelo auto-respeito, mas sim pelo medo e amor, geralmente provocados pelos pais.
Ocorre que, uma vez que esse vínculo não se dá somente pelos pais, e que esses sentimentos não são os suficiente para que haja a demonstração do que é a moralidade, o autor aborda a possível intervenção de um segundo papel na vida dessa criança para que seja possível o entendimento. Faz-se aqui, uma referência ao papel dos professores na vida e no desenvolvimento da criança ao logo da sua jornada. Ignorando-se o que é aprendido na instituição família, o professor e a instituição escola podem ser o segundo contato direto com a moral e ética que a criança terá, ainda que incapaz de entender e compreender o conceito das mesmas.
Para isso, o autor aborda sentimentos que são possíveis de buscar, encontrar e serem necessários no desenvolvimento humano de uma criança para o seu futuro em sociedade, a confiança. Esse sentimento traz o respeito unilateral, uma vez que este vínculo será construído de forma que um esteja tendo como base a avaliação da pessoa respeitada como merecendo ser obedecida e buscando praticar aquilo que é demandado. Podemos observar nessa relação, o momento em que a criança busca o reconhecimento do seu professor e para isso, se esforça e se compromete a realizar e respeitas as regras, agir de acordo com a forma que é imposta no ambiente e por fim, evitar qualquer tipo de sanção para o não cumprimento das regras. Outro sentimento também necessário é o de indignação, é o momento em que a criança se vê passando por uma injustiça e como conseqüência é desvalorizada, neste momento ela passa a enxergar e entender o senso de justiça, são os termos que equilibram os direitos e deveres, uma vez que seus deveres não forem cumpridos, os seus direitos serão retirados, exemplificamos assim uma criança que não realiza o dever de casa e por conseqüência é punido de receber recompensa por isso, enquanto os demais que realizaram poderão ter as suas.
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