A Objetividade cognoscitiva da ciência social
Por: 123419 • 20/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.854 Palavras (8 Páginas) • 212 Visualizações
A objetividade cognoscitiva da ciência social e da politica social
O autor buscava a compreensão cientifica sem a presença da subjetividade, ou seja, sem envolver seus valores à execução da pesquisa; na qual ele chama de neutralidade valorativa.
Para se esquivar desses pressupostos, embasa-se nos pensamentos de Rickert, que diz que a ciência social- focada na análise da social e em seu desenvolvimento- é individualizante; ao passo que as ciências da natureza, cujo estudo aplica os métodos científicos, é generalizante. Além disso, para a explicação dos múltiplos fenômenos, utiliza-se a seleção e o estudo das relações estabelecidas entre esses fenômenos.
Cita paridades encontradas no romantismo alemão, dos quais Schelling e Goethe, são grandes representantes. Nesse movimento surgem novas visões de mundo, diferente daquelas impostas pelo Iluminismo, baseadas somente no racionalismo. Agora o individuo passa obter suas próprias interpretações e reflexões acerca da realidade. Mas que as instabilidades não passam despercebidas por Max Weber.
Ele era inicialmente adepto ao socialismo de cátedra, que desejava a incorporação do capitalismo ao socialismo, e eram contrários a modernização alemã, visto que eram de ideários políticos conservadores. E que os dilemas da organização político-social, dava-se devido a falta de uma método de pesquisa eficaz.
Weber defendia que a disciplina que estada a sociedade- sociologia- deveria arbitrar-se diante de fatos engessados, sem qualquer presença de expressão, descritos somente por um ângulo ; no entanto, deveriam ser objetivos. Pois não lhe compete estabelecer os fins.
Em sua perspectiva, a ciência requer neutralidade, sendo a ética um fator irrelevante, já que não interfere na disposição daquela; deste modo ambos possuem autonomia. Contudo, na politica se estabelece uma relação em que o compromisso é dominante, dado que a politica é adjacente à ética.
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Para chegar à conclusão de que recursos são dispostos para a generalização das ciências naturais e para a individualização das ciências sociais, emprega a seleção como condição explicativa, além do estudo das relações entre fatos histórico-social.
Designa um elo de proporcionalidade entre a pesquisa de compreensão das relações fortuitas e o conceito (teórico) da ocorrência de um evento. Onde, quando o primeiro é ilimitado, o segundo é inexaurível. À vista disso, a escolha do campo de pesquisa deverá ser feita, conforme uma seleção. Weber define então, a imputação de situações às suas causas, na qual a explicação se torna ínfima, pois possui apenas uma visão especifica de algo, que seguirá uma determinada direção.
Com o intuito de encontrar a causalidade presente no fenômeno especifico, através dessa imputação, e tomar conhecimento da contribuição das relações em um fenômeno, ele propõe um paralelo comparativo entre o processo objetivo e o hipotético, onde exclui elementos do processo para analisar a importância ou não destes. É aí que define a causação acidental-(cujo elemento excluído é indiferente à pesquisa) e a causação adequada (onde tais elementos são necessários).
A fim de manter a objetividade metodológica, Weber utiliza o distanciamento entre juízo de valor- isto é, a interpretação de fatos, mediante própria opinião do individuo- e a realidade (forma como os fatos realmente acontecem). De modo que houvesse uma neutralidade de valores e também- no mesmo instante- a explanação causal, que é a explicação de um fenômeno, decorrente da presença de outros fenômenos.
Diferente de Rickert, Weber nota o historicismo cultural como algo problematizante, visto que variam conforme outros problemas advindos de situações originais. Não obstante, possuem semelhanças quanto ao estudo individual e especifico destes fenômenos. Que é chamado por Weber, de tipo ideal.
O tipo ideal é um parâmetro utilizado por ele, para a leitura da realidade, de modo que, selecione informações acerca do instrumento de estudo, desconsiderando aquilo que não é necessário, para se construir um quadro homogêneo.
Daí entra em questão como explorar a realidade de maneira singular, sem usar conceitos de outras realidades que “ferem” essa singularidade, pois são constituídas de generalizações.
A solução proposta por ele é a incorporação do tipo médio pelo ideal ou traços típicos de um modelo econômico desenvolvido ou o liame entre ascetismo religioso e o capitalismo.
O tipo ideal se contrapõe ao substancialismo, que objetiva organizar os fenômenos de forma hierárquica. Ele busca ordenar o caos social por meio da unilateralidade, sem refletir o real, pois procura se afastar deste.
Quando o tipo ideal embasa-se em valores, causa uma diferenciação na noção que possuímos das instituições históricas, em relação aos contemporâneos de outras épocas. Esse tipo ideal não impõe normas e na visão de Weber, a conquista do conhecimento típico ideal, se dá pela fidelidade conceitual, ou seja, pelas analogias verdadeiras, que contribuem para a edificação de novos parâmetros do conhecimento.
É desenvolvido, segundo as exigências do estudo, atuando como mecanismo de explicação da realidade, que pode ou não ser útil, mas que deve clarear os níveis de estruturação desta para o investigador, de forma que ocorra a imputação causal, através de hipóteses elaboradas precisamente.
Para o cientista ou observador a influência dos fenômenos coletivos tem relevância instável, uma vez que, o que realmente convém é a lente que se utilizou para interpretar a realidade: os fatos ou os valores.
A eliminação hipotética de uma causa é capaz de gerar mudanças no suceder histórico das civilizações, constituindo uma utopia baseada na experiência; estabelecendo que essa causa não fosse única ,visto que na visão de Weber a causa é destituída de exclusividade e a causalidade se dá por meio da probabilidade.
Embora não seja possível conhecer as variantes de um fenômeno, há a atitude probabilística. Onde ele atribui significados às causas de um feito. Como a causalidade adequada (quando ocorre uma possibilidade grande) ou causalidade acidental (quando não ocorre).
A sociologia- conquanto geral- e a história- individual; têm a mesma
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