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A PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO

Por:   •  4/5/2017  •  Tese  •  9.124 Palavras (37 Páginas)  •  504 Visualizações

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PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144

Título

AULA 1

Descrição

1- Com relação à produção escrita (laudos ou pareceres) elaborada pelos psicólogos no universo do judiciário é correto afirmar que:

  1. Essa produção deve apontar, conclusivamente, uma alternativa de encaminhamento à demanda solicitada.

(   )certo                              (X) errado

  1. Essa produção deve considerar os discursos e as percepções do demandado.

(X) certo                              (   ) errado

2- Sabemos que vários conhecimentos da Psicologia, com frequência, são utilizados pelo senso comum. A partir das alternativas abaixo, marque aquela que melhor descreve a apropriação que o senso comum faz do conhecimento da Psicologia.

  1. Esse menino é muito triste (CORRETA)
  2. Aquela senhora está preocupada.
  3. A mulher gritava de forma histérica.
  4. A criança não estava satisfeita com o brinquedo
  5. O homem parecia gostar de seu trabalho

3-  Caso concreto:

O Sr. X e a Srª. Y viviam sob união estável e dessa união tiveram uma filha, hoje com 4 anos de idade. Quando a criança estava com um ano de idade houve a separação do casal e a criança permaneceu sob os cuidados maternos.

Quando ocorreu a separação ficou acordado que a criança visitaria o pai aos finais de semana, quinzenalmente, e que esse pagaria pensão alimentícia.

A Srª. Y ingressou com o pedido de pensão alimentícia porque o genitor não estava cumprindo com o acordo. O pai, em contrapartida, solicitou a guarda judicial da filha alegando maus-tratos infringidos pela genitora.

Devido à circunstancia alegada, situação de risco, foi solicitada, pelo advogado do genitor, audiência especial, que foi concedida. Na referida audiência, devido às alegações apresentadas, o juiz deferiu a guarda ao genitor. A sentença determinava que a genitora deveria visitar a criança na residência paterna de quinze em quinze dias, sendo monitorada. Ao saber da decisão judicial a genitora se descontrolou, manifestando comportamento incompatível com o Judiciário. O caso foi encaminhado à equipe técnica com o objetivo de se realizar estudo psicossocial. De posse do procedimento, ouvida a genitora e com base em visita domiciliar, ficou evidente que a criança não estava em situação de risco. Desse modo, a equipe procurou o juiz solicitando, com base nas teorias psicológicas, que a criança não tivesse os vínculos com a genitora abruptamente rompidos, o que poderia trazer danos psicológicos para a criança.  O juiz solicitou a manifestação do Ministério Público. Segundo o MP a mãe não teria condição de permanecer com a criança por ser “desequilibrada”, “insana”, comportamento que foi observado em audiência. A equipe, mais uma vez partindo dos pressupostos da Psicologia, descreveu as possíveis consequências da separação entre mãe e filha.

Faça uma analise do caso acima mencionado, demonstrando onde, no texto, fica clara a diferença entre a Psicologia Científica, de um lado, e a apropriação de conceitos dessa Ciência pela “psicologia” do senso comum.

Desenvolvimento

PSICOLOGIA APLICADA AO DIREITO - CCJ0144

Título

AULA 2

Descrição

1- De acordo com a matriz sócio-histórica da Psicologia, é correto afirmar com relação ao sujeito:

  1. a história de vida do indivíduo não é importante na construção de sua singularidade.
  2. as experiências da primeira infância são decisivas na formação da identidade do indivíduo.
  3. o indivíduo é um ser social em constante interação com as relações sociais, econômicas e políticas.
  4. na constituição do sujeito não há articulação entre dimensões pessoais e coletivas.
  5. nenhuma das respostas acima.

2- No que tange à atuação do psicólogo, no contexto prisional, analise as afirmativas abaixo:

  1. O profissional de Psicologia que atua no sistema prisional deve entender a complexidade das questões relacionadas ao encarceramento e promover a construção da cidadania em detrimento da primazia da segurança e da vingança social.

(   ) certo                                               (   ) errado

  1. Em caso de perícias psicológicas de processos penais, o estudo do delito é secundário, sendo o indivíduo que cometeu o delito o foco principal.

(   ) certo                                               (   ) errado

3- Ana Lúcia foi casada  com Joaquim durante 13 anos, juntos tiveram dois filhos: Thiago(10 anos) e Beatrice (8 anos). O casal se conheceu na adolescência, tinham uma relação bastante afetiva marcada por muita cumplicidade e comunhão de vidas. Muitas foram as conquistas afetivas e de crescimento mútuo: viajaram juntos, gostavam de ler Raduam Nassar, ouvir Amy Winnehouse, adoravam Dorival Caymmi e curtiam blues das antigas. Dentre as muitas conquistas juntos, compraram um amplo apartamento em um bairro confortável de sua cidade, assim como economizaram em pequenos luxos para obtenção da confortável casa de praia em que as crianças podiam correr pelo quintal com pés descalços e plantar e hortinha com alfaces e salsa. Todavia, após o nascimento de Beatrice, Ana Lúcia pediu demissão do emprego e ficou em casa para dedicar-se aos filhos, gostava da maternagem e queria acompanhar cada detalhe do desenvolvimento das crianças, isso a deixava absurdamente feliz. E vendo a felicidade e bem estar de seus filhos, Joaquim, mesmo sem poder manter as despesas da casa, foi um entusiasta da nova situação.

Joaquim, em função de uma maior responsabilidade com as despesas da casa foi trabalhar numa outra empresa que tomava-lhe muito tempo e dedicação. Não era um trabalho criativo e nem tão pouco era uma atividade que ele gostava de exercer, mas o fazia já que havia ganhos financeiros maiores que o emprego anterior.

Nos  três  últimos anos de casamento, Joaquim manteve-se frio e distante de Ana Lúcia  sem nenhum motivo aparente. Ao perguntar o motivo da mudança de comportamento, Joaquim dizia que precisava trabalhar muito para manter o padrão de vida da família e não tinha “cabeça” para afetos e/ou sexo. Este último era feito de maneira mecânica e sem a magia de outrora. Em conversas com amigas, estas diziam que se tratava de um comportamento normal advindo do cansaço, da presença dos filhos e da idade dos homens.

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