A Teoria Evolucionista
Por: Luana Pires • 17/6/2021 • Trabalho acadêmico • 809 Palavras (4 Páginas) • 175 Visualizações
Teoria Evolucionista
A teoria evolucionista apoiava o princípio da unidade psíquica da humanidade de Adolf Bastian, e defendia a existência de apenas uma espécie humana idêntica inicial (monogenismo), que se desenvolve tanto em suas formas tecno-econômicas como nos seus aspectos sociais e culturais. A evolução ocorre em ritmos desiguais, de acordo com as populações e localizações geográficas, passando pelas mesmas etapas, para alcançar o nível final de "civilização". Assim, a proposição básica era de que o desenvolvimento humano seguia estágios. Em cada etapa a experiência humana acumulava, levando a formação cultural cada vez mais avançada. Esta idéia - de que a experiência humana acumula - foi inspirada no raciocínio empírico de John Locke e outros filósofos do ‘empirismo’ do Séc XVIII.
Dois argumentos davam suporte ao evolucionismo: movimento unilinear e o determinismo tecnológico ou social. Segundo a tese evolucionista, haveria um caminho só a ser trilhado por todas as sociedades, numa trajetória vista como obrigatória, seguindo uma única linha ascendente, de estágios mais simples aos mais complexos (do mais selvagem ao mais civilizado). O determinismo social e cultural defende que o indivíduo é determinado pelo meio sócio-cultural, portanto define o estagio de maior evolução de uma sociedade, pelo grau de complexidade de sua tecnologia; já o determinismo biológico defende que a biologia é que determina o indivíduo, implicitamente os sujeitos de pele mais alva seriam os mais evoluídos. Os evolucionistas culturais clássicos não pregaram esta postura abertamente, sendo os antropólogos físicos e os biólogos do Sec.XIX os maiores defensores desse ‘racismo científico’.
Os tópicos de interesse dessa corrente teórica eram basicamente casamento, família e organização sócio-política; religião, magia e outros sistemas ideológicos; relação indivíduo-sociedade. Interessavam-se, portanto no estudo das tecnologias, idéias e formas de organização social.
O método científico usado na antropologia (etnologia) é a comparação de dados, retirados das sociedades e contextos sociais, classificados de acordo com o tipo (religioso, de parentesco, etc), determinado pelo pesquisador. Os dados coletados lhe serviriam para comparar as sociedades entre si, fixando-as num estágio específico, inscrevendo estas experiências numa abordagem linear, diacrônica, de modo a que todo costume representasse uma etapa numa escala evolutiva.
O evolucionismo se baseou na comparação entre o povo europeu e os demais povos. Esta tendência é extremamente etnocentrista e eurocentrista. Ela parte de um padrão cultural que é o europeu, para estudar os demais, considerados inferiores. Os evolucionistas acreditam que existem três estágios de desenvolvimento cultural: selvageria, barbarismo e civilização. O último citado seria o estágio alcançado pelos europeus. Pode-se observar que o evolucionismo foi uma tendência extremamente preconceituosa em relação aos povos não-brancos.
No filme “1492 – A Conquista do Paraíso” fica bem clara a tendência etnocêntrica e eurocentrista dos Europeus. Eles consideravam-se povos civilizados, ou seja, a civilização (o último estágio de desenvolvimento cultural), enquanto que os índios, eram os selvagens, estavam no primeiro estágio de desenvolvimento cultural. Moxila exemplifica bem essa tendência, ele considerava-se superior aos índios, pelo fato de ser de uma sociedade mais complexa.
Colombo também utiliza a teoria evolucionista, quando tenta civilizar o novo continente, utilizando - se de tecnologia mais avançada para a construção de uma civilização. Ele tenta seguir uma única linha ascendente, de estágios mais simples aos mais complexos (do mais selvagem ao mais civilizado).
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