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A linguagem não pode se estuda separadamente da sociedade que a produz.

Por:   •  21/10/2015  •  Resenha  •  731 Palavras (3 Páginas)  •  301 Visualizações

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PRÁTICA DA LEITURA(MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. 11. ed. São Paulo:Atlas, 2012.)

“A linguagem não é usada somente para veicular informações, isto é, a função referencial denotativa da linguagem não é senão uma entre outras; entre estas ocupa uma posição central a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de fato ou acha que ocupa na sociedade em que vive”(GNERRE, 1987, p.3).

1 CONCEITO

A linguagem não pode se estuda separadamente da sociedade que a produz.

A leitura é produzida, uma vez que o leitor interage com o autor do texto. Por isso, o texto é o lugar de interação entre falante e ouvinte, autor e leitor.

Segundo Eni Pulcinelli Orlandi(1987, p. 180), o texto não é uma unidade completa. O texto não é um objeto pronto, acabado.

Orlandi (1987, p. 183) afirma que a legibilidade de um texto depende de uma boa coesão gramatical e também de boa coerência de ideias com relação ao contexto da situação, da sinalização dos tópicos e, principalmente, da relação do leitor com o texto e com o autor.

Assim, o texto pode ter coesão e coerência, mas se não tiver boa relação do leitor com o texto e com o autor, haverá dificuldade na sua interpretação.

2 LEITOR E PRODUÇÃO DA LEITURA

Considera-se que a leitura é seletiva e que há vários modos de realizá-la.

Portanto:

-o que é relevante para o leitor é a relação do texto com o autor;

-a relação do texto com outros textos;

-o que é importante é a relação do texto com seu referente;

-a relação do texto com o leitor.

Dessa forma, o texto é uma unidade que organiza suas partes. As palavras são praticamente neutras, vazias de conteúdo, mas juntas com outras, ganham sentido.

É importante ressaltar que o leitor não pode perder o acesso ao sentido.

O leitor real pode se distanciar pouco ou muito do leitor virtual, ou virem a coincidir.

Considera-se, assim, que a compreensão do texto é fundamental para o entendimento claro do leitor.

3 FATORES QUE CONSTITUEM AS CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO DA LEITURA

O sentido de um texto resulta de uma situação discursiva.

Portanto, as condições de produção da leitura são: a relação do texto com outros textos, com a situação, com os interlocutores.

Antes de tudo, a leitura é produzida. Para Orlandi (1987, p. 193), ela é “o momento crítico da constituição do texto, pois é o momento privilegiado do processo de interação verbal, aquele em que os interlocutores, ao se identificarem como interlocutores, desencadeiam o processo de significação”.

Alguns fatores influenciam, grandemente, a leitura, quais sejam, pressupostos, subentendidos e viés.

No entender de Platão e Fiorin (1990, p. 241), pressupostos são “ideias não expressas de maneira explícita”.

O leitor ou ouvinte pode questionar ou discordar da afirmação explícita, mas não sobre o pressuposto. Se o pressuposto é falso, não tem razão de ser a informação explícita.

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