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A ÉTICA NAS DISCUSSÕES FILOSÓFICAS DOS GREGOS PRÉ-SOCRÁTICOS À CONTEMPORANEIDADE

Por:   •  23/3/2020  •  Trabalho acadêmico  •  9.783 Palavras (40 Páginas)  •  143 Visualizações

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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS

MISSÕES

PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

CAMPUS DE CERRO LARGO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

EZEQUIAS MELO DA ROSA

A ÉTICA NAS DISCUSSÕES FILOSÓFICAS: DOS GREGOS PRÉ-SOCRÁTICOS À CONTEMPORANEIDADE

CERRO LARGO, RS

2019

EZEQUIAS MELO DA ROSA

A ÉTICA NAS DISCUSSÕES FILOSÓFICAS: DOS GREGOS PRÉ-SOCRÁTICOS À CONTEMPORANEIDADE

[pic 1]

Orientador: Professor Julci Stefano Becker

CERRO LARGO, RS

2019

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................…....................3

2 O QUE É ÉTICA?..............................................................................…....................5

3 QUANDO A ÉTICA NASCEU?..........................................................…...................7

4 QUAL É A DISTINÇÃO ENTRE A ÉTICA E A MORAL?..................…...................8

5 A ÉTICA NAS DISCUSSÕES FILOSÓFICAS DA ANTIGUIDADE..…....................9

5.1 A ética dos pré-socráticos........................................................….......................9

5.2 A ética dos sofistas...................................................................….....................10

5.3 A ética de Sócrates.......................................................................…..................11

5.4 A ética de Platão.................................................................................................12

5.5 A ética de Aristóteles.........................................................................................12

5.6 A ética dos estóicos...........................................................................................14

5.7 A ética dos epicuristas.................................................................…..................16

6 A ÉTICA NAS DISCUSSÕES FILOSÓFICAS DA IDADE MÉDIA....….................17

6.1 A ética de Agostinho de Hipona.....…...............................................................19

6.2 A ética de Tomás de Aquino.........................................................….................20

7 A ÉTICA NAS DISCUSSÕES FILOSÓFICAS DA IDADE MODERNA..................20

7.1 A ética de René Descartes.................................................................................21

7.2 A ética de Immanuel Kant..................................................................................22

7.3 A ética utilitarista................................................................................................23

8 A ÉTICA NAS DISCUSSÕES FILOSÓFICAS CONTEMPORÂNEA…..................23

8.1 A ética de Friedrich Nietzsche..........................................................................24

8.2 A ética de Jurgen Habermas........................................................…..................25

8.3 A ética de Mário Cortella.............................................................…...................26

9 CONCLUSÃO.........................................................................................................27

REFERÊNCIAS...................................................................................…...................28

1 INTRODUÇÃO

        De acordo com Vázquez (2011, p. 23), “A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade”. Ela diz respeito aos princípios, aos valores e aos critérios que norteiam as escolhas do indivíduo no viver e no conviver em sociedade, sabendo que as escolhas individuais não refletem apenas na vida pessoal do seu agente, mas na família e na comunidade. Num mundo globalizado as escolhas de um indivíduo podem influenciar uma nação e até mesmo o mundo em que ele vive e convive. O fácil acesso as culturas e aos padrões éticos dos longínquos e diversos grupos sociais, faz com que uma mesma sociedade seja influenciada por diversos tipos de padrões éticos existentes pelo mundo.

        Uma vida social bem-sucedida depende de escolhas e posturas individuais adequadas. Uma postura ética deve levar em conta princípios de justiça, nobreza, lealdade e dignidade. Ser ético implica em importar-se com o outro, primar pelo bem-estar da comunidade, escolher o que é melhor para a coletividade e abrir mão de interesses individuais com vistas ao bem comum. Cortella (2014) utiliza a expressão “ética da conveniência” para se referir aos comportamentos egocêntricos de indivíduos que agem visando apenas o que lhe é conveniente, aquilo que satisfaz interesses próprios ou de um grupo reduzido de pessoas, sem considerar valores e princípios coletivos.

        Um indivíduo pode ter consciência de princípios éticos, mas agir de forma antiética. Quando alguém age desta maneira, ele tende a justificar aquela ação para si e para quem foi afetado, apesar de não conseguir. Esse recurso serve para amenizar a culpa interior. São frequentes as expressões como: “mas todo mundo faz isso”, “não é grave, tem coisas muito piores do que isso”, “não fui o primeiro”, “foi só uma vez”, “foi a mando de alguém”, “tive uma vida difícil”, “não tive outra opção”, etc. Entretanto quando as ações do indivíduo estão de acordo com as suas crenças, pensamentos e sentimentos tem-se a sensação de bem-estar, equilíbrio e satisfação pessoal. É o que se chama popularmente de “descansar a cabeça no travesseiro”. Conforme Cortella (2012, p. 113), “Você obtém um pouco de sossego mental quando aquilo que você quer é também o que você deve e é aquilo que você pode”.

        Atualmente a ética serve como base a todas as ciências existentes. No direito, por exemplo, ela está intrínseca nas leis que regulam a convivência entre todos os membros de uma sociedade. O filósofo alemão Leibniz (1646-1716) considera que o direito e as leis decorrem de três preceitos morais básicos: Não prejudicar ninguém; atribuir a cada um o que lhe é devido e; viver honestamente. O ordenamento jurídico funciona como um mecanismo de controle nas mãos do Estado, pois as leis visam, além de outras coisas, prover condições para que as instituições do estado possam coibir as condutas sociais antiéticas ou imorais. De acordo com o Dicionário de Filosofia de Nicola Abbagnano (2007, p. 266), “A ação conforme à lei mas não realizada por respeito à lei é a ação legal; a realizada por respeito à lei é a ação moral”.

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