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A Ética de Tomás de Aquino

Por:   •  12/4/2020  •  Resenha  •  998 Palavras (4 Páginas)  •  245 Visualizações

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A presente resenha traz o entendimento de Tomás de Aquino acerca da moral e a ética, seno que esta última está fundamentada no pensamento metafísico. Em seu entendimento, assim como para toda tradição clássica, a ética fundamenta-se necessária para uma estrutura metafísica, e esta sendo inteligível do agir humano descansa na continuidade entre o especulativo e o prático.

Na sua primeira parte da obra, a Summa teologiae, Tomás introduz a reflexão ética, desenvolvida com toda expertise, enquanto na segunda parte da obra, a Suma destina-se integrar a totalidade da ética pessoal e social dentro da construção religiosa, segurando assim, a consistência e autonomia humana dessa ética em uma sabedoria de inspiração evangélica.

O pensamento ético do autor está citado em: Scriptum super Sententias referindo-se aos livros I, II e III, e Veritate, Summa contra Gentes no livro III. Entende-se que Tomás emprega uma longa reflexão sobre a ética ao longo de seus escritos. Uma profunda alçada clássica do pensamento ético-cristão, construído por meio de teorias. Portanto, a doutrina ética de do autor está baseada por uma harmonia entre a ética a Nicômaco e o pensamento moral cristão.

A ética dele estrutura o caráter realista por meio de princípios e observância das leis e normas, que é a própria ética do conhecido filósofo Aristóteles. O senso de justiça e solidariedade de Aristóteles vem da Bíblia, em que se manifesta em um ponto central, que tem hoje a maior atualidade.

A justiça tem a função de estabelecer a equivalência entre relações e instituições e o resultado é combater o vício da corrupção, que torna as pessoas contaminadas pela ganância.

 No novo testamento, observa-se que este vício se torna uma forma de pecado e de idolatria. Por isso, para ele, exalta demasiadamente a justiça e constrói uma ética da justiça e da solidariedade. No caso de Aristóteles, somente a justiça, entre todas as virtudes, é o ‘bem de um outro’, visto que se relaciona com o nosso próximo, fazendo o que é vantajoso a um outro, seja ele quem for, por isso,  o pensamento ético de Tomás de Aquino está composto por duas vertentes: uma é a teológica, ou seja, religiosa, que traz o pensamento cristão dos primeiros defensores da fé, principalmente em Santo Agostinho e outra é a filosófica, que orienta a sua ética teórica, fundamentada em Aristóteles e em toda tradição filosófica do pensamento ontológico. Nesta perspectiva, o pensamento ético do autor estrutura-se pela tradição filosófica e teológica do século XIII. Verifica-se que esta doutrina é racional, mas não um racionalismo.

 Seu objetivo foi aplicar a razão a dados irracionais, o que é a busca para definição da teologia. Não é o mesmo que ele separou a razão da fé, mas sim que trouxe outra verdade e não aquela já nascida e criada da razão, que vêm através da fé.

Tanto o autor como o filósofo, observaram que a distinção entre o homem e o animal dá se pela razão, pois é a razão que o “homem” permite aturar com juízo de valor com vistas a um fim consciente apreendido, e a que o eleva do nível da conduta puramente instintiva, a versão irracional do ser humano. A ética de Tomás de Aquino, assim como o pensamento ético clássico, é uma ética da perfeição e da ordem e essas são categorias fundamentais da ontologia, sendo que uma é junta com a outra. A ordem é uma disposição para atingir a perfeição, ou seja, essa concepção da ordem, herdada de Santo Agostinho e de proveniência neoplatônica, é misturada em Tomás de Aquino com a noção aristotélica de perfeição como alto, e é assim que encontra uma realização privilegiada na ação humana.

Ele desenvolverá, na II parte da Summa Teologiae, toda a estrutura conceitual da sua ética filosófica, como a estrutura do agir ético: teológico, antropológico, normativo e específico da ética do agir, também a estrutura da vida ética: fundamentação e unidade orgânica e por fim, a realização histórica: natureza e graça.

Tomás de Aquino enumera cinco motivos, encontrados nos textos de Aristóteles, que mostram a virtude da sabedoria, especulação da verdade, como a mais alta operação humana: entre a especulação do intelecto e as coisas inteligíveis, o homem atinge sua felicidade mais perfeita; a especulação da verdade dá a permanência da felicidade para o homem; a contemplação da sabedoria oferece prazeres admiráveis como a pureza, as coisas imateriais; e a firmeza, as coisas imutáveis; a suficiência da contemplação da sabedoria, por si mesma, oferece felicidade e, independente de qualquer outra coisa; a felicidade é um bem, em si mesma.

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