ANALISANDO AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES NA PRÁTICA JURÍDICA
Por: eulermoises • 18/11/2018 • Trabalho acadêmico • 745 Palavras (3 Páginas) • 468 Visualizações
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ANALISANDO AS FUNÇÕES MENTAIS SUPERIORES NA PRÁTICA JURÍDICA
- Quais são os possíveis fatores afetaram a percepção dos envolvidos nos três casos apresentados?
R.: Existem alguns fatores que podem alterar a percepção das pessoas. Nos casos apresentados, pode-se destacar captura visual (caso 1.1), crenças e valores (caso 1.2) e emoções e expectativas envolvendo o estímulo (caso 1.3).
- Por que pode ocorrer o processo das ilusões perceptivas no relato de testemunhas, como pode ter acontecido no caso 1.1?
R.: Pesquisas comprovam a existência de componentes culturais na percepção de ilusões. No caso 1.1 é possível que Gilberto seja um motorista habitual e que goste de andar em alta velocidade, comum entre roqueiros, enquanto Joana nem sequer possui habilitação, e só de ver alguém em velocidade mais elevada já considera que é culpado no acidente.
- Qual o impacto da percepção e o desencadeamento dos conflitos? Exemplifique este processo de acordo com o caso 1.2.
R.: Nos conflitos, existem diferenças de percepção entre os litigantes. No caso 1.2, os parentes de Celso enxergam apenas os atos violentos de Marilda, e vice-versa. A diminuição da paixão com o tempo pode ter permitido ao casal perceber o lado violento que ambos tinham, gerando o conflito.
- O que o conhecimento das diferentes percepções entre os litigantes pode contribuir para a condução do processo, tanto para os operadores do Direito, quanto para os próprios litigantes.
R.: No caso dos litigantes, este conhecimento pode tornar a situação ainda pior, pois ao se compreenderem melhor, compreendem melhor também a extensão das diferenças entre seus princípios e valores, aumentando ainda mais a disputa, atrapalhando a reconciliação.
Já no caso dos operadores do direito isso pode ser muito útil para resolver os conflitos. Conhecer os valores de cada parte pode ajudar muito a traçar uma solução para o conflito.
- O que contribui para a atenção de uma testemunha diante de um fato presenciado, como ocorreu no caso 1.1?
R.: A atenção depende de dois conjuntos de fatores: a característica dos estímulos (intensidade, novidade, repetição) que no caso foi igual para ambas testemunhas, e de fatores internos aos indivíduos. Os fatores internos são necessidades e objetivos; coisas que proporcionam prazer; indícios de algo temido, esperado ou antecipado, etc. Esses fatores são influenciados pela formação profissional, preferências e experiências de vida de cada indivíduo. Gilberto e Joana com certeza tem experiências de vida diferentes, além da formação profissional.
- Por que não se pode recriminar Luciana, caso 1.3, quando não consegue narrar detalhes de sua tragédia pessoal?
R.: A emoção tende a alterar fortemente a maneira que um estímulo é registrado. Ela pode gravar muito bem, ou dificultar a lembrança, dependendo da situação e da própria emoção. Para muitos estudiosos, situações dolorosas tendem a ser esquecidas, como uma forma da mente proteger o estado psíquico do sofrimento interminável.
- Como a emoção dos envolvidos nos casos apresentados, pode alterar os processos das funções mentais superiores?
R.: A emoção modifica a sensação e a percepção, podendo acentuar ou atenuar os estímulos. Ela pode também provocar o fenômeno da predisposição perceptiva, ocasionar atenção seletiva e atuar sobre a memória, inibindo-a ou estimulando-a.
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