ANÁLISE À LUZ DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
Por: Paulo Marreira Jr. • 28/5/2015 • Resenha • 1.739 Palavras (7 Páginas) • 193 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIENCIAS JURIDICAS - ICJ
O CAPOTE
Pesquisa monográfica apresentada como atividade pratica supervisionada referente ao 10º semestre.
André Luiz Rocha 2538148
Giovanna Dardin A7050F5
Paulo Cesar Marreira Junior A664II3
Ricardo Alexandre Salvador A702CI9
UNIP – 2015
SUMÁRIO
RESUMO DA OBRA O CAPOTE – NICOLAI GOGOL
AUTOR
ANÁLISE À LUZ DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
ANÁLISE À LUZ DO HOMEM E A SOCIEDADE
ANÁLISE À LUZ DA DISCIPLINA INTERPRETAÇÃO E PRODUÇÃO DE TEXTOS
ANÁLISE À LUZ DA DISCIPLINA INSTITUIÇÕES JUDICIÁRIA E ÉTICA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
RESUMO DA OBRA O CAPOTE – NICOLAI GOGOL
Akaki, um barnabé, um exímio copiador de documentos, cargo que desempenhava com gosto e dignidade.
De poucos amigos, por conta de seu poder aquisitivo, suas vestimentas, seu modo diferente de agir das outras pessoas, acabava servindo de chacota para os seus colegas de repartição. Nem o segurança que deveria olhar para todos, como forma de garantir um controle de quem entra e sai, olhava para o rosto dele.
Trabalhava em alguma repartição em São Petersburgo, localidade de baixas temperaturas.
Para enfrentar o frio usava um capote velho que, já não cumpria mais sua função, pois não tinha condições financeiras para comprar outro.
Porém, tudo começa a mudar quando Akaki procura um alfaiate para tentar concertar seu capote e ao chegar lá o alfaiate diz que não há mais concertos a serem feitos, pois a peça estava surrada por demais. O alfaiate, de vasta experiência em sua área, diz a ele a necessidade de se fazer um novo.
Akaki, por não ter condições financeiras toma um susto com o valor, mas começa a juntar dinheiro pra poder comprar o novo capote.
O alfaiate fez um capote perfeito. Akaki passa a usá-lo e sente-se importante com o novo capote. Todos em sua repartição passaram a tratá-lo de forma condigna.
Fizeram uma festa e chamaram Akaki para participar. Ele que nunca frequentou uma antes, aceitou o convite. Chegando à festa todos conversaram com ele, porém chegando próximo às 12h00m AM, Akaki já estava preocupado com o horário, tentou sair e não conseguiu, pois seus nobres colegas não deixaram. Em momento oportuno Akaki aproveitou o descuido de seus colegas e aproveitou para sair à francesa. Já na praça de volta para casa, sentiu a presença de alguém no meio da escuridão. Surgiram do meio do breu dois homens. Ele levou um golpe, desmaiou e quando acordou já não estava mais com o seu capote. Os homens fugiram e ninguém o socorreu.
Passado isto, ele pede ajuda para o policiamento local para que tentasse recuperar o capote, porém sem êxito.
Já desesperado, ele decide procurar uma “Alta personalidade” que o recebe mal e expulsa ele de sua sala.
Akaki fica doente e morre. Porém algo estranho começa a acontecer com sua morte, à praça em que sofreu o assalto, vira um cenário de assombrações.
Vários capotes são roubados, mas os policiais não conseguiam pegar o ladrão porque o fantasma sempre dava um jeito de escapar. A cidade já comentava era Akaki quem roubava os capotes.
Tudo só teve fim quando a “Alta personalidade” teve um encontro com o fantasma.
Akaki roubou o capote dele e sumiu novamente. Depois disto nunca mais houve casos de roubo de capotes.
AUTOR
Nicolai Vassílievitch Gógol nasceu em 20 de março de 1809, na Ucrânia.
Apesar de ter sido influenciado pela tradição Ucraniana, Gogol escreveu em russo e suas obras são consideradas literatura russa. Suas obras tem fundamentação no realismo.
Com vinte anos (1829) Gogol mudou-se para São Petersburgo, onde conhece Alexandre Puchkin, um grande escritor, quem lhe trouxe novas idéias para futuras obras. Logo publica em 1831 Noites da Herdade de Dikanka, conseguindo total êxito. Em 1835 publica mais dois sucessos: Mírgorod e Arabescos. Em 1837 Alexandre Puchkin e Gogol fica encarregado de terminar à obra “Almas Mortas” que foi idéia de seu amigo.
Gogol mudou-se pra Roma morando lá de 1837 até 1843. Neste período publica “Almas Mortas” e “O Capote” um grande sucesso que influenciaria outros escritores.
Retorna a Rússia já doente. Em Moscovo redige a segunda parte de “Almas Mortas.”
Mas seu estado físico piora e em 1852, num estado de delírio, ele queimou na lareira do seu quarto todos os manuscritos inéditos, inclusive o final de “Almas Mortas”, O romance sem fim. E por está muito doente não resiste e falece no dia 21 de Fevereiro do ano de 1852.
Grande escritor, precursor do realismo na literatura Russa, seguidos por grandes escritores. Assim Nicolau Vasilievich Gogol eternizou-se.
ANÁLISE À LUZ DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA
“O Capote” por um lado filosófico podemos ter várias análises, inclusive baseado no mito da caverna, porém vamos ter como base a categoria Valor.
O significado do valor para a filosofia vai além daquilo que está no dicionário, mas sim de uma importância que damos para a coisa em si. Por ex: qual valor que Akaki tinha com o seu trabalho, com a rotina que levava?
Diante de uma mudança sobre o seu trabalho, sobre sua rotina, ele se atrapalhou todo. Akaki, um exímio funcionário, não conseguiria desempenhar outra simples função que não fosse aquela que fazia? Conseguiria. Mas ele dava tanto valor para aquele simples ato de copiar que poderíamos dizer que ali era o mundo dele, sem o qual não conseguiria viver. Tirar esta função dele seria o mesmo que tira-lo à vida. Era como se ele nascesse apenas e simplesmente para aquilo. Pois Akaki tinha medo da mudança (Aqui nos remete ao mito da caverna, mas deixemos para outra oportunidade), pois era como se ele nascesse apenas para aquela função. Então podemos dizer que por conta deste valor akaki não conseguia ver o mundo em sua volta, pois em todo momento pensava em seu ofício. Ele começa a mudar a partir do momento que adquiri o novo capote, e este “novo” que tanto tem medo leva-o à morte.
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