ATIVIDADE SOBRE A AULA ACERCA DA TEORIA FEMINISTA

Em uma primeira análise, a teoria feminista de Will Kymlicka possui como

aspecto relevante a família como âmbito doméstico, e que se constitui a alçada das

liberdades privadas absolutas. Nesse cenário, o que acontece em casa interessa às

instituições políticas e jurídicas, tendo em vista a ocorrência da violência doméstica.

A vida doméstica tendeu a ser classificada fora do Estado e da sociedade civil,

sendo esse justamente o problema central, pois as restrições aos direitos civis e

políticos das mulheres eram justificadas pelo fato de que as mesmas, por natureza,

eram consideradas inaptas para atividades políticas e econômicas fora do lar. Sob

esse viés, os teóricos contemporâneos abandonaram progressivamente esta

suposição de inferioridade natural das mulheres e, aceitaram que elas, como os

homens, devem ser vistas como "livres e iguais", capazes de ter um senso de justiça

para entrar no domínio público. Já os democratas liberais adotaram estatutos

antidiscriminação com o intuito de assegurar que as mulheres tenham igual acesso à

educação, ao cargo público, etc.

Em uma segunda análise, um outro aspecto que é relevante colocar em pauta

é o estudo sobre desenvolvimento das mulheres de Carol Gilligan, fruto das

discussões acerca de disposições particularistas, emocionais e intuitivas das

mulheres para justificar a sociedade patriarcal. Em um primeiro momento, o

feminismo afirma que isso ocorria porque se negava às mulheres a oportunidade de

desenvolver plenamente as suas capacidades racionais. Portanto, surge a

importância de um pluralismo democrático contemporâneo, que compreende o

sistema dual de direitos: um sistema geral de direitos que sejam os mesmos para

todos e um sistema mais específico de políticas e direitos aplicáveis a grupos

excluídos ou vulneráveis, ou seja, uma política de diferença.