Agravo em execução: Previsão legal
Por: Ticiane Soares • 16/4/2016 • Artigo • 508 Palavras (3 Páginas) • 408 Visualizações
AGRAVO EM EXECUÇÃO
Previsão legal
O agravo em execução está previsto no artigo 197 da Lei das Execuções Penais (LEP).
Quando é cabível
Ao contrário do que acontece com o Recurso em Sentido Estrito, aqui não há rol taxativo. Desta forma, o agravo é o recurso cabível para combater todas as decisões proferidas pelo Juiz das Execuções. A este, por sua vez, compete decidir sobre as seguintes matérias, dentre outras:
a) aplicação de lei posterior mais favorável;
b) extinção da punibilidade. É o caso da prescrição da pretensão executória;
c) soma ou unificação das penas;
d) progressão ou regressão de regimes;
e) detração ou remição de penas;
f) suspensão condicional da pena. É o caso de revogação do sursis. A concessão ou negação do sursis é, via de regra, atacável por meio de apelação, visto acontecerem na sentença;
g) livramento condicional;
h) incidentes da execução;
i) forma de cumprimento da pena restritiva de direitos;
j) conversão da pena restritiva de direitos em privativa de liberdade;
k) conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos;
l) aplicação da medida de segurança como substituição da pena;
m) revogação da medida de segurança;
n) desinternação;
o) cumprimento da pena ou medida de segurança em outra comarca;
p) remoção do condenado para presídio federal.
Insta salientar que as hipóteses previstas no art. 581, incisos XII, XVII, XIX, XXII e XXIII, bem como o caso estabelecido na última parte do inciso XI (decisão que revogar o sursis), todos do Código de Processo Penal, originariamente atacáveis pelo Recurso em Sentido Estrito, hoje ensejam o Agravo em Execução, já que somente ocorrem na fase executória.
Qual o prazo
O Agravo em Execução deverá ser interposto no prazo de 5 dias, a contarem-se da publicação da sentença ou decisão (Súmula 700 do STF).
Qual a forma
O Agravo em Execução é composto de 2 peças: interposição e razões.
A quem é dirigido
A interposição: ao Juiz da Vara das Execuções que proferiu a decisão.
As razões: ao Tribunal competente.
Quem é legitimado
São partes legítimas para a interposição do Agravo em Execução: o réu e o Ministério Público. Caso o Agravante seja o réu, o Ministério Público deverá oferecer contra-razões.
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