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Análise de Caso (Criminologia)

Por:   •  14/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  681 Palavras (3 Páginas)  •  539 Visualizações

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Introdução

O presente trabalho objetiva a análise dos acontecimentos de um homicídio “macabro” ocorrido no dia 29 de março de 2008, cuja vítima Isabella Oliveira Nardoni de apenas cinco anos de idade, foi brutalmente assassinada, a mesma sofreu fortes agressões, em seguida foi arremessada do sexto andar do Edifício London, situado à Vila Guilherme em São Paulo.

Desenvolvimento

A princípio Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá respectivamente pai e madrasta da vítima, declararam que houve tentativa de assalto, ambos afirmaram que enquanto pegavam as outras crianças no carro, o bandido invadiu o apartamento arremessando assim a criança pela a janela, o casal não teve a ideia e nem iniciativa de pedir socorro, pois alegaram que era um costume ligar primeiramente para os familiares, o contato inicial com a policia militar partiu de um morador do primeiro andar, mas em seguida houveram constantes ligações sendo que nenhuma partiu de Alexandre ou Ana Carolina.

 No segundo momento começa as investigações periciais, que primeiramente percebem as contradições do casal em relação aos fatos coletados, o tempo gasto no percurso da chegada ao prédio até o apartamento constatado pela pericia através do desligamento do rastreador do carro foi de 12 minutos e 26 segundos, contradizendo assim o tempo mínimo estimado pelos investigadores incluindo as afirmações do casal que seria de 19 minutos. Com o trabalho pericial pôde se constatar também que a criança já estaria machucada antes de entrar no apartamento, pois foram encontradas manchas de sangue no carro do casal, já as manchas no chão do apartamento foram removidas parcialmente com uma frauda que serviu também para estancar o sangramento e o choro da criança, no trajeto do carro até o mesmo.

Além disso, com o trabalho do médico legista foi observado na vítima áreas roxas situadas nas pontas dos dedos e na boca, além de saliência na língua que segundo o legista foi causada por asfixia, sendo assim não seria um fator derivado da queda, ela teria que estar pálida e com sangramento interno. Além dos ferimentos citados acima a vítima também apresentava fraturas na bacia e nos ossos do pulso o que não poderia ter sido causado pela queda, pois a criança caiu deitada e esse tipo de fratura é sinal de defesa, ou seja, foi adquirida na tentativa de se defender.

Observa-se também que durante o testemunho do casal, os mesmos ficavam o tempo todo se justificando, na tentativa de achar uma explicação para o acontecido chegaram até a apontarem um prestador de serviço do prédio como suspeito, alegando que o mesmo olhava de modo diferente para Isabella, o que chamou a atenção, pois em momento algum demonstraram sofrimento pela morte da menina, além de não aparentarem ter dúvidas sobre o ocorrido.

Como dito anteriormente as manchas de sangue encontradas no apartamento foram parcialmente removidas, com os instrumentos investigatórios necessários foi possível detectar que tais manchas estavam com a distância de passos de uma pessoa adulta, o que os levaram a crer que o pai a carregava no colo ao entrar no apartamento.

Após trinta dias de investigação, e recolhimento do testemunho de 67 pessoas foram concluídas as investigações. O que culminou posteriormente na condenação de Alexandre Alves Nardoni e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá por homicídio doloso triplamente qualificado e fraude processual, em que ambos foram sentenciados a cumprir respectivamente 31 e 26 anos de prisão, caracterizando crime hediondo.

Conclusão

Mediante os fatos expostos, adotamos a premissa de que a condenação foi justa, pois ao analisar dados complementares ao documentário, podemos observar mais detalhadamente os aspectos do crime. Numa entrevista do casal dada ao Fantástico, Alexandre Nardoni deixa muito claro sua frieza, enquanto que Ana Carolina Jatobá não direciona seu olhar a câmera em nenhum momento, em contra partida chorava muito, dando a impressão de necessidade de convencimento.

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