COMO SURGEM OS ESTRANHOS
Por: Matheus Moreira • 22/8/2018 • Pesquisas Acadêmicas • 1.938 Palavras (8 Páginas) • 214 Visualizações
INSTITUTO FEDERAL DE SERGIPE[pic 1]
CAMPUS ESTÂNCIA
ENGENHARIA CIVIL - BACHARELADO
COMO SURGEM OS ESTRANHOS
Aretha Santos Oliveira Abreu
Matheus Moreira da Cruz
Estância – Sergipe
Junho de 2018
Aretha Santos Oliveira Abreu
Matheus Moreira da Cruz
COMO SURGEM OS ESTRANHOS
Relatório apresentado à disciplina de Humanidade e Cidadania, como componente da avaliação parcial da Unidade II, sob a responsabilidade da Rafael Pinheiro de Araujo
Estância – Sergipe
Junho de 2018
Como surgem os Estranhos
O mundo complexo em sua formação com passar dos anos e devido a evolução do ser levou os indivíduos a viverem em grupos em certo período de espaço e tempo, seguindo um padrão comum por meio da colaboração mutua, surgindo assim um breve conceito de sociedade. Um conjunto de seres tão distintos em suas características físicas, comportamentais e psicológicas, leva assim a uma mistura heterogênea, a instabilidade dentro de um contexto como este fica eminente levando em conta ainda um cenário de constante evolução e hoje debruçando-se sobre um conjunto que se encontra em um contesto da pós modernidade onde a regra gritante e predominante dentre estes é o capitalismos no qual aqueles que devem compor o grupo social são regrados afim de atender aos requisitos, desta forma de agrupamento a qual enaltece e se move ao redor do capital financeiro.
A força na sociedade atual baseada no mecanismo da globalização que integra em suma todo o mundo de maneira rápida e instantânea em seus mais variados campos indo das coisas simplórias até as mais importantes em escala, o mesmo mecanismo associado a um sistema capitalista tem a capacidade de formar uma das raízes de um dos maiores males para sociedade pós modernistas. O consumismo exacerbado que molda as relações entre os indivíduos baseando-se no ter, possuir algo, como a condição necessária para a felicidade e para a dignidade do indivíduo. Os relacionamentos entre os indivíduos componentes deste mecanismos de integração passar a ser baseadas na forma a qual se compõe e não na essência do ser, ou seja, todos dependem da capacidade de consumo e a rápida circulação da informação e a proximidade cada vez maior entre todo o globo devido a era digital cria cada vez mais rápido um novo “modelo ideal” do ser com cada vez mais renovações, com isso muito não conseguem acompanhar essa evolução que exige um poder de consumo e consequentemente financeiro cada vez maior, dando assim origem aos seres que segundo Bauman, são os estranhos os membros falhos do sistema consumista da sociedade pós moderna.
Indivíduos que são afastados do convívio mutuo os considerados diferentes ou simplesmente os estranhos são o fruto da sociedade atual cada grupo social com seu próprio fruto cada qual com suas singularidades e inimitáveis, estes nascem “normais”, mas a sociedade e seu sistema vigente as convergem em estranhas algo que se encaixa dentro dos padrões de desenvolvimento são denominados os normais e aqueles que não se arranjam dentro deste molde são os estranhos. O questionamento pensante de como surgem os estranhos, qual sua origem e de onde eles surgiram em seu princípio das linhas da referência efetiva de Zygmunt Bauman onde em sua obra descreve que o estado sendo este em que nos encontramos o moderno como a fonte criadora dos parâmetros para ser parte integrante do mesmo, com suas divisões, classificações, distribuição e fronteiras do que deve ser ou não aceito dentro das “barreiras” seguras da sociedade e assim tomando as devidas providencias para punir aqueles que não se encaixavam nos “padrões”.
Tendo este conceito de sociedade separatista e padronizada notou-se o surgimento cada vez maior de indivíduos que não se encontravam neste padrão explodindo cada vez mais estranhos a esta sociedade sendo que ser estranho é uma forma de escapar das rígidas exigências deste mundo contemporâneo assim estes responsáveis por gerar uma divergência no sistema retilíneo, provocando uma insatisfação e um mal-estar a qual gera uma retaliação programada a estes indivíduos a qual é definida como um ato de antropofagia que é a busca por aniquilar os estranhos devorando-os e depois e os transformando em algo deplorável ao que já se foram um dia, ou simplesmente bani-los para não serem ouvidos ou vistos pela conjunto da sociedade .A existência dos estranhos na sociedade delimita os espaços em que essa pessoas têm acesso pois estas são apontadas como os causadores do mal-estar social devido a noção de ordem e disciplina ligado ao comportamento a qual os membros da comunidade devem seguir para convivência “perfeita”.
Ao analisar o grupo dos mais próximos da extremidade do disco social nota-se que os componentes desta faixa dos excluídos forma as partes integrantes de uma corrente marginal sem ao menos ter cometido qualquer ato criminoso, estas são vítimas indefesas mas amarradas no convencimento que são a escória marginal e sobre eles são despejadas toda as misérias sociais jogando sobre os ombros destes indivíduos a fome, o desemprego, a rejeição, o abandono, os trapos, o desencanto, o vexame , o desespero , os frutos da morte. Os estranhos não fazem parte do grupo que alimento o espirito consumista, são estes apenas jogados ao lado e observados como um problema a ser resolvido devido à sua baixa condição de acompanhar a velocidade com que se renova o consumo e atualizações dos padrões este vigentes, este não deixa de ser um consumidor, mas este por sua vez trata-se de um tipo de consumidor deixado de lado já que é o conhecido como consumidor frutado devido ao seu potencial de consumir tão limitado e enxuto quando se tem um espelho de consumo que se renova a cada dia. Consequentemente mais uma raiz do abismos que separa o grupo dos estranhos do restante da sociedade .
Dentro da sociedade dita pós moderna a qual se mostra tão frágil onde as incertezas dos cidadãos quanto a quem representa seus interesses, a qual grupo se pertence cada indivíduo e por quem este pode ser representado com estes questionamento e o efeito da globalização com as mídias de comunicação rápidas e a serviços da cultura do consumo esta ideia de perfeição atrelada a um perfil consumidor e obediente a padrões que impõe uma regra de convivência abstrata que chega ao ponto em que se cria um espaço público fragmentando que foge do conceito primário do que seria este em seu sentido real mantendo as massas cada vez mais separadas e voltadas ao setor privado onde impera o poder do consumo. A sociedade cega ao ponto de erguerem barreiras defensivas buscando dessa forma se isolarem numa tentativa de segurança não serem vítimas do surgimento dos excluídos e da criminalidade supostamente atrelada a eles, em contraponto os que são isolados os ditos estranhos são obrigados a conviver com a criminalidade e assim a todo custo fazer com que se prevaleça o isolamento territorial dentre os padronizados e os excluídos criando um poder paralelo que se sobre sai sobre os da regra geral.
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