CONSUMISMO E A LIBERDADE SOCIAL NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CONSUMISMO E A LIBERDADE SOCIAL  NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Natasha Clemente da Silva^[1]

Andressa Fernanda Briquesi²

Thiago Pires³

RESUMO: O presente trabalho sobre o desenvolvimento sustentável é composto por três pilares: liberdade social, consumismo e o desenvolvimento sustentável. Passando desta terminologia conceitual será apresentada como é possível ver a esfera de consumo como esfera de realização da liberdade social. Esse objetivo pretende ser alcançado na premissa de liberdade individual como finalidade social. Por tanto, neste artigo será usado o método dialético, deve-se o leitor ter em mente que, ao utilizar como base um método de análise crítica, é necessário o entendimento e compreensão de que não existe uma teoria crítica definitiva. O procedimento instrumental a ser utilizado é, essencialmente, a pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em produções de livros e artigos.

PALAVRAS CHAVES: Liberdade         Social – Consumismo – Desenvolvimento Sustentável.

ABSTRACT: The present work on sustainable development is composed of three pillars: social freedom, consumption and sustainable development. Moving from this conceptual terminology, it will be shown how it is possible to see the sphere of consumption as the sphere of realization of social freedom. This objective is intended to be achieved on the premise of individual freedom as a social use. So, in this article the dialectical method will be used. The reader must bear in mind that, when using a critical analysis method as a basis, it is necessary to understand and understand that there is no definitive critical theory. The instrumental procedure to be used is necessary, a bibliographic search, developed based on the production of books and articles.

KEYWORDS: Social Freedom - Consumerism - Sustainable Development.

INTRODUÇÃO

O presente artigo tem o escopo de analisar o conceito de liberdade social na esfera de consumo, pois apesar de inúmeras normas jurídicas protetivas, muitas pessoas possuem certa vulnerabilidade diante do desenvolvimento econômico dominante, incidindo na falta de atenção em relação à ordem ambiental e humana.

Contudo o foco é a analisar a possibilidade de aplicar nestes casos uma “moralização no consumismo”, a fim de afastar tais injustiças.

Neste diapasão tem como finalidade a superação da crise socioambiental e dos meios de comunicação, mediante de ações conjuntas em diversas áreas (social, ambiental, cultural e no direito).

Assim sendo, a metodologia aplicada é de forma breve, mas clara e objetiva, deixando o leitor e acadêmico ciente do assunto aplicado no artigo.

CONCEITO DE LIBERDADE SOCIAL  

Liberdade significa o direito de agir de acordo com a sua própria vontade, desde que não prejudique outra pessoa, é a sensação de estar livre e não depender de ninguém. Ser livre nada mais é do que podermos agir sem sermos impedidos pela coerção ou impelidos pela compulsão iniciadas por alguém. 

Obviamente nosso direito à liberdade está sujeito a limitações. Não temos amplo direito ao seu exercício fora da nossa propriedade. Na propriedade alheia, estamos subordinados ao que seu dono permitir. Em locais públicos, estamos limitados em nossa ação pelo mesmo direito à liberdade passível de ser exercido pelos demais que conosco dividem aquele espaço.

CONCEITO DE CONSUMISMO

Consumismo significa fazer compras em excesso, é o comportamento de uma pessoa de uma pessoa que costuma exagerar em seus hábitos de consumo ou fazer compras desnecessárias para satisfazer o seu ego ou impressionar um terceiro.

 O DESENCONTRO DA LIBERDADE SOCIAL NO CONSUMISMO

A proposta desse artigo é realizar uma pesquisa e analisar nas instituições da sociedade moderna, utilizando como referencial o livro “O direito da liberdade” de Axel Honneth com a perspectiva de uma solução através dessas instituições na liberdade individual e social dos sujeitos, tomadas atualmente pelo consumismo sem pensar no desenvolvimento sustentável. Buscando também desenvolver um objetivo onde a justiça possa colocar a liberdade como critério ético nas diferentes esferas da vida.

Assim, é somente no Estado de Direito que são criadas as condições institucionais capazes de suprir uma esfera de relações de intercambio juridicamente entre os sujeitos que atuam dentro de uma sociedade. Entretanto, a liberdade social e o consumismo (sistema capitalista) entram em desencontro desde o século XIX, pois naquela época já eram comuns e frequentes certos tipos de reações provocadas pela sociedade. Nestes, os sujeitos reclamavam de seu direito, na condição de consumidores, pois queriam ser abastecidos com bens essenciais e compatíveis com sua condição financeira. Porem,estes não diziam somente na questão de preço, sua reclamação também eram se certos bens e produtos deveriam ou não ser levados ao mercado.

Passados os anos, foi se aperfeiçoando a ideia que o consumismo era também uma forma de liberdade social, no qual diferentes interesses se completavam de maneira complementar a todos. Afinal, os consumidores pensavam que alem da ideia de uma sociedade que estava buscando por seus direitos, existe através de sua manifestação uma forma de consciência coletiva, dentro das quais o consumismo era uma atividade social entre eles.

No entanto, após segunda guerra mundial, as indústrias e os produtos foram ganhando força no mercado, e de forma inteligente souberam aproveitar a consciência coletiva dos consumidores que após sofrerem por anos com tragédias, sofrimento e privações de consumo ocasionadas pela guerra, os levou a uma falsa “rápida aquisição de bens de consumo” para satisfazer o próprio ego dos consumidores e tornar todos em uma cultura capitalista e consumista sem pensar na coletividade e na sustentabilidade ambiental futura.