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CRISE IMOBILIÁRIA AMERICANA DE 2008

Por:   •  28/9/2018  •  Trabalho acadêmico  •  517 Palavras (3 Páginas)  •  225 Visualizações

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LATÓRIO – CRISE IMOBILIÁRIA AMERICANA DE 2008

​Em meados dos anos 2000, com o superaquecimento do mercado econômico americano, os bancos começaram a oferecer créditos de forma indiscriminada, mesmo para aqueles desempregados e que não tinham nenhum meio para quitar a dívida, desde que oferecessem a própria casa como garantia. Não havia nenhum tipo de regulamentação. Esse tipo de crédito, ofertado para pessoas com pouca chance de pagar a dívida, era conhecido como subprime, e tinha taxas de juros altíssimas. Enquanto aqueles ofertados às pessoas bem empregadas e com patrimônios, eram de maior liquidez e tinham menor risco, porém, em detrimento disso, as taxas de juros praticadas eram menores e, conseqüentemente, o lucro dos bancos também.

​Os bancos, então, começaram a montar títulos de crédito como forma de captar investidores ao redor do mundo, os famosos CDO’s. Dessa forma, quando os tomadores dos empréstimos quitavam a dívida, os bancos repassavam esses valores aos investidores, com juros. O que os investidores não sabiam, é que grande parte dos títulos que estavam comprando, eram de altíssimo risco, como os subprime. Eles eram levados a acreditar na rentabilidade do título, por se basearem nas avaliações das agências de risco, que contribuíram ativamente para a crise, uma vez que classificavam esses CDO’s como AAA, a melhor avaliação possível, estimulando a compra desenfreada desses títulos.

Os juros dos empréstimos eram pós-fixados, ou seja, determinados somente no momento da quitação da dívida. Portanto, enquanto houve a valorização imobiliária, todo esse sistema se manteve de pé, haja vista que os contraentes usavam o mesmo imóvel, dessa vez com preço mais alto, para captar novos empréstimos e liquidar os anteriores, que já estavam em atraso. Quando os juros tomaram proporções altíssimas, o preço dos imóveis despencou, causando a inadimplência em massa, como conseqüência, e arrastando vários bancos para a insolvência, gerando forte impacto negativo nas bolsas de valores e a quebra de vários investidores.

Com a quebra dos bancos, em cadeia, era inevitável que a crise não tomasse proporções globais. Então, para evitar o provável efeito dominó, que iria causar desemprego em massa, falência de várias empresas e a recessão, os bancos centrais de vários países anunciaram a ajuda financeira, injetando bilhões nos bancos. Ainda com esse estímulo, os efeitos da crise foram devastadores.

Muito se debatia, antes do ápice da crise imobiliária, a respeito da regulamentação do setor. Como nada fora feito, os bancos usaram da prerrogativa de oferecer crédito de forma indiscriminada, para agir de forma irresponsável, sem a preocupação do impacto disso no mercado financeiro. Milhares de pessoas perderam bilhões de dólares em investimento, empresas quebraram e o desemprego disparou, enquanto os banqueiros se enriqueceram cada vez mais, apostando contra a rentabilidade dos títulos que eles mesmos ofertavam aos clientes.

A intervenção do Direito Econômico seria portanto, essencial no tocante à regulamentação. Dessa forma, os investidores que sustentam toda a oferta de crédito teriam mais consciência sobre onde estariam colocando seu dinheiro, evitando surpresas desastrosas; e a alavancagem teria um limite, de forma que os bancos

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