Caso Champinha
Por: Raphaella Morena • 17/6/2018 • Resenha • 1.161 Palavras (5 Páginas) • 769 Visualizações
Caso “Champinha”
Roberto Aparecido Alves Cardoso, vulgo “Champinha”, desde a infância já apresentava sinais de psicopatia.
No ano de 2003, o casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé, havia fugido de casa para acampar durante um final de semana juntos na cidade de Embu-Guaçu e como a família dela não aprova seu namoro ela mentiu sobre seu destino. “Champinha” e seu amigo Paulo César da Silva Alves, conhecido como “Pernambuco” estavam saindo para pescar quando avistaram o casal e decidiram assaltá-los.
Ao descobrir que o casal não tinha muito dinheiro, “Champinha” e “Pernambuco” optaram por sequestrá-los, Liana sugeriu que os criminosos pedissem um resgate à sua família e depois os libertassem, porém ele não concordou. Eles os conduziram para a casa de Antônio Caetano da Silva, e lá a dupla criminosa separou o casal, uma vez que ficaram em locais diferentes, Liana foi levada para um quarto e estuprada por Pernambuco e Felipe permaneceu em outro cômodo. No dia seguinte, o casal foi obrigado a caminhar por uma trilha, e chegando ao local “Pernambuco” executou Felipe com um tiro na nuca, que morreu na mesma hora. Após a execução, Pernambuco fugiu e deixou a jovem em poder de “Champinha” eles retornaram para a casa que estava servindo como cativeiro e lá o rapaz abusou da jovem.
No terceiro dia, o pai de Liana descobriu que a filha havia ido acampar com o namorado, e sob suspeita de que os jovens tivessem se perdido na mata, ele acionou o Comando de Operações Especiais, que iniciou as buscas para achar o casal, as buscas ficavam cada vez mais intensas, mobilizando toda a imprensa nacional. Por vezes o pai de Liana fez apelo na mídia. Diante das incensastes buscas o local do acampamento foi descoberto e, além da barraca, as roupas do casal a carteira e o celular de Liana foi localizado. Antônio Caetano Silva, o dono da casa onde estava sendo usado como “cativeiro” chega ao local juntamente com seu amigo Aguinaldo Pires. “Champinha” apresenta Liana como sua namorada e oferece a jovem para os colegas que não recusaram a “oferta” foi quando ela foi estuprada coletivamente. Depois disso,”Champinha” passou a conduzir a jovem para diferentes locais e um deles foi à residência de Antônio Matias de Barros seu amigo. Quando ao fim daquele dia o irmão de “Champinha” foi até a casa de Barros a sua procura, já que sua a mãe estava preocupada com o seu desaparecimento. Chegando ao local se deparou com o irmão e Liana e mais uma vez a jovem foi apresentada como sua namorada. Mesmo sem saber do sequestro, o irmão de “Champinha”, que conhecia seus problemas comportamentais, o alertou sobre a movimentação de policiais na região e “Champinha” disse a ele que a levaria para a rodoviária, mas esse não era o seu plano.
Na madrugada do dia 5 de novembro, o sequestrador levou a vitima para o mesmo lugar onde foi executado seu namorado Felipe. Chegando ao local, ele tentou degolá-la e não obteve êxito na execução, foi quando desferiu golpes de faca nas costas e no tórax da jovem. Mas, a morte veio quando ele golpeou sua cabeça com o lado cego da faca, causando assim traumatismo craniano.
Cinco dias após o ocorrido, os corpos das vitimas foram encontrados e os suspeitos foram localizados e presos. Os três dos quatro envolvidos foram julgados pelo Tribunal do Júri e condenados.
Aguinaldo Pires, Antônio Caetano da Silva, Antônio Matias e “Pernambuco” tiveram as penas de prisão altíssimas, e enquanto “Champinha”, por se tratar de inimputável pela menoridade na época dos fatos, foi direcionado a julgamento pela Vara da Infância e Juventude e não ao Tribunal do Júri. Onde foi aplicada medida socioeducativa de três anos de internação (tempo máximo admitido pelo Estatuto da Criança e do Adolescente) na Fundação Casa antiga FEBEM. Em setembro de 2006, quando chegava ao fim à medida socioeducativa, psicólogos forenses, do Instituto Médico Legal de São Paulo, deram um diagnóstico: onde através de um laudo psiquiátrico foi apontado que “Champinha” era portador de doenças mentais graves como: transtorno de personalidade antissocial e leve retardamento mental e por esta razão não podia voltar a conviver em sociedade.
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