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Cruz Vermelha e os Direitos Humanos

Por:   •  24/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.327 Palavras (10 Páginas)  •  392 Visualizações

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INTRODUÇÃO

Ao tratarmos de Organizações não governamentais (ONGs) nos remetemos, automaticamente, a ideia de um grupo social organizado, sem fins lucrativos, constituído formal e autonomamente, que é caracterizado por ações de solidariedade no campo das políticas públicas e pelo legítimo exercício de pressões políticas em proveito de populações excluídas das condições da cidadania.

O Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho é uma ONG internacional humanitária com aproximadamente 97 milhões de voluntários espalhados pelo mundo. Seu objetivo é proteger a vida e a saúde humana, e prevenir e aliviar sofrimento humano, sem discriminação baseado em nacionalidade, raça, sexo, religião, classe social ou opiniões políticas.

O movimento é composto por algumas partes distintas e, entre elas destacam-se:

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) é uma instituição humanitária fundado em 1863 em Genebra, Suíça, por Jean Henri Dunant. Seu comitê de 25 membros possui uma autoridade única sob a lei internacional humanitária para proteger a vida e a dignidade de vítimas de conflitos internacionais e internos. O CICV foi premiado com o Prêmio Nobel da Paz três vezes, em 1917, 1944 e 1963.

A Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (FIRC) foi fundada em 1919, e atualmente coordena as atividades entre as 186 sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho dentro do movimento. Ao nível internacional, a Federação lidera e organiza, em cooperação com as Sociedades Nacionais, missões de assistência para emergências de grande escala. A FIRC está sediada em Genebra, Suíça. Em 1963, a Federação, então conhecida como a Liga das Sociedades da Cruz Vermelha, foi premiada com o Prêmio Nobel, em conjunto com o CICV.

Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho existem em quase todos os países do mundo. Atualmente, 186 Sociedades Nacionais são reconhecidas pelo CICV, e admitidos como membros da federação. Cada entidade trabalha em seu país de origem de acordo com os princípios da lei internacional humanitária e do estatutos do Movimento internacional. Dependendo das circunstâncias específicas e das capacidades, as Sociedades Nacionais podem efetuar tarefas humanitárias que não estão diretamente definidos pela lei internacional humanitária ou mandados pelo Movimento internacional. Em muitos países, tais sociedades estão ligados com o sistema nacional de saúde dos respectivos países, através do fornecimento de serviços médicos de emergência.

História da cruz vermelha

A idéia da Cruz Vermelha nasceu em 1859, mais de cinqüenta anos antes de sua efetiva criação e reconhecimento internacional. Tudo começou quando Henri Dunant, um jovem suíço, se comoveu com o sofrimento no campo de batalha de Solferino, no Norte da Itália. A batalha de Solferino havia deixado um terrível saldo de cinco mil soldados mortos, além disso, mais de quarenta mil feridos. Buscando resolver o problema, ele mobilizou um grupo voluntários para ajudar essas vítimas do conflito. Ele levantou recursos e esforços para salvar milhares de vidas que sofreram com a guerra. Depois disso, esse problema continuou a perturbar Dunant.

Ele se inspirou a escrever um livro: "Recordações de Solferino" em 1863, onde descrevia dramáticas cenas da guerra. A partir dali Dunant já percebia a necessidade de uma entidade que pudesse ajudar. Naquelas páginas ele narrou os horrores e as incríveis experiências de salvamento vividas na Itália, além disso, também registrou a necessidade de se criar um grande comitê de voluntários que socorresse as pessoas feridas em guerra e a realização acordo internacional capaz de reconhecer a ação humanitária desses mesmos comitês. Depois com a divulgação do livro atraiu outras pessoas para a mesma causa, outras importantes personalidades políticas da Suíça se uniram a Dunant e criaram o comitê internacional de Socorro a Feridos, composto inicialmente por apenas dezesseis países. Já na sua primeira convenção, os participantes entraram em acordo para a instituição do comitê internacional da Cruz vermelha. O símbolo da cruz teria a função de destacar este '' exército de salvação '' dos exércitos em guerra. Com o passar do tempo, o desenvolvimento de outros grandes conflitos, incluindo as guerras mundiais fez com que a Cruz Vermelha ganhasse um prestígio cada vez maior. No ano 1901, Henry Dunant teve seu trabalho reconhecido ao receber o prêmio Nobel da Paz. Além de ser reconhecida pelos serviços prestados voluntariamente, a Cruz Vermelha também foi um espaço de grande importância para se pensar os princípios éticos dos conflitos militares. Atualmente, cerca de 180 diferentes entidades representam ou trabalham em parceria com a Cruz Vermelha.

Cruz vermelha internacional

A Cruz Vermelha, cuja sede está na Suíça (Genebra), está representada atualmente com seus escritórios em 80 países e possui mais de 12 mil colaboradores ao redor do mundo. Ao redor do mundo, no entanto, a Cruz Vermelha conta com 186 sociedades nacionais que totalizam cerca de 97 milhões de voluntários.

O Movimento atua tanto em situações de conflito como em outras situações de emergência, como desastres naturais e epidemias. O Movimento Internacional da Cruz Vermelha é o maior movimento de ação voluntária no mundo. Ele é formado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, pela Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho e pelas 186 Sociedades Nacionais da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. A Cruz Vermelha tem como missão prevenir e amenizar o sofrimento humano em todas as circunstâncias, na preservação da saúde ou da vida humana, em tempos de guerra ou em qualquer outra situação de urgência.

O símbolo oficial do ICRC é a cruz vermelha no fundo branco, com as palavras "COMITE INTERNATIONAL GENEVE" em torno da cruz. A bandeira da Cruz Vermelha também não deve ser confundida com a bandeira da Suíça, que possui cores invertidas. O movimento decidiu oficialmente promover a ideia que a bandeira da Cruz Vermelha foi formada através da reversão das cores da bandeira da Suíça, O que é de fato, declarado em documentos da época, é que Henri Dunant queria homenagear uma ordem de Franciscanos de São Camilo. Eram padres que usavam a batina parda, com a cruz vermelha nas costas. Estes padres seguiam os militares nas batalhas para prestar socorro espiritual aos mesmos.

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