Direitos Humanos
Por: sidnei3 • 24/3/2016 • Trabalho acadêmico • 4.944 Palavras (20 Páginas) • 275 Visualizações
A VERDADEIRA RIQUEZA DAS NAÇÕES - VIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Adele Speck –UFSC (adele.speck@gmail.com)
Marco Antônio – UFSC (marcoantoniocoelho@MSN.com)
Nathália Chichorro – UFSC (nath.chichorro@gmail.com)
Raquel Lopes – UFSC (raquellopeslima100@gmail.com)
Sidnei E de Melo – UFSC (sidneiescobar@gmail.com)
Professor: Dr. Fernando Kinoshita
Resumo
No estudo do Relatório de Desenvolvimento Humano,com elementos das áreas de investigação, estatística, comunicações e produção foi procurado avaliar, no período compreendido entre os anos de 1970 e 2010, a evolução das dimensões de desenvolvimento utilizadas no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH - saúde, educação e rendimento, observando fatores que influenciam para avanços ou retrocessos dessas dimensões, no intuito de através da observação do passado criar um entendimento sobre necessidades futuras em busca da promoção do desenvolvimento humano. Embora constem avaliações percentuais sobre as nações pesquisadas (135 países), seus avanços e retrocessos, o desenvolvimento dos países com maior e menor crescimento e a comparação entre países com IDH próximo ao longo do tempo, neste trabalho foi focado somente aspectos gerais que contribuem ou prejudicam os elementos saúde, educação e rendimento, integrantes do IDH.
Palavras-chave: RDH. IDH. Desenvolvimento humano.
Introdução
“As pessoas são a verdadeira riqueza de uma nação.” Com estas palavras, o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) de 1990 deu início à convincente defesa uma nova abordagem ao pensamento acerca do desenvolvimento. A ideia de que o objectivo do desenvolvimento deve ser o de criar um ambiente habilitador para que as pessoas desfrutem de vidas longas, saudáveis e criativas pode parecer, hoje em dia, evidente em si mesma. Mas nem sempre foi assim. Um objectivo nuclear do RDH
nos últimos 20 anos tem sido o de realçar que o desenvolvimento tem a ver, em primeiro lugar e acima de tudo, com as pessoas e é uma importante ferramenta para avaliar os níveis de progresso, mesmo que, ainda, não capture com plenitude a riqueza do desenvolvimento humano, pois a avaliação é feita em cima de três dimensões saúde, educação e rendimento. Porém a partir da década de 2000, o IDH, conseguiu atrair a atenção dos meios de comunicação, tornando-se mais conhecido e utilizado, sendo assim, colaborou para desafiar e louvar o desempenho dos governos ao redor do mundo.
1. Reafirmação do desenvolvimento humano a declaração original
Diante de um mundo globalizado e após vinte anos do primeiro Relatório de Desenvolvimento Humano, o mundo enfrenta novos desafios, mas alguns permanecem perenes.
À época do primeiro relatório, o mundo vinha de uma grande crise econômica e o pensamento era marcado por estabilização e ajustamentos. O mundo precisava se reajustar e dessa forma o relatório foi apresentado como um leque de possibilidades para o desenvolvimento.
No primeiro capítulo desse relatório é tratada a análise do conceito, onde se reafirma que desenvolvimento humano deve ser permeado pela sustentabilidade, igualdade e a capacitação.
Neste relatório, publicado em 2010 e abordando sobre “a verdadeira riqueza das nações” e afirmando que são as pessoas cabe ao mesmo realçar que objetivo norteador é em zelar para que todas as pessoas tenham vidas longas, saudáveis e criativas. Dessa forma, o relatório também pontua que essa é uma verdade simples, porém pouquíssima utilizada frente à preocupação em acumulação de bens e riqueza financeira.
Já em 1990, o RDH, realçava que o desenvolvimento está correlacionado com a liberdade, seja ela representada na possibilidade de escolhas – liberdade de oportunidade e com os processos participativos – liberdade de processo-, reunindo a produção e distribuição de bens e a expansão e utilização das capacidades humanas, considerando fundamental e de suma relevância as escolhas que as pessoas devem ter, ser e fazer para sua própria subsistência.
Dessa forma, percebe-se a necessidade de ser processo dinâmico e inter-relacionado cidadãos e governos para que sejam efetivadas as políticas práticas para a promoção do bem estar.
1.1 Contribuições para o discurso do desenvolvimento
Durante esses vinte anos que se passaram entre o primeiro relatório e o utilizado para este trabalho, muitos outros foram lançados e sempre desafiaram os governos e a sociedade civil a refletir, preferencialmente, por um tema, muitos dos quais pioneiros e que, posteriormente, passaram a ser amplamente aceitos e trabalhadas.
Exemplo de relatórios que ajudaram a modificar cenários e a por em foco temas, temos os compreendidos entre os anos de 1990-1994. Os RDHs estavam centrados em trabalhar com a pobreza através de convenio entre países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento, como foi o caso do RDH de 1991, onde apresentava os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio “ O desenvolvimento humano precisa dos seus próprios objetivos específicos, como a alfabetização ou o ensino básico para todos. E precisa ser um objetivo global – o principal foco do desenvolvimento.” . O documento procurou anunciar estratégias de redução da pobreza apontando conjuntamente os princípios dos direitos humanos, da democracia e da participação para efetivar e promover as mudanças necessárias.
Em 1994, o RDH, introduz o conceito de segurança humana e apresentando-o como uma liberdade em relação ao medo e à necessidade e como proteção a ameaças crônicas (fome, doença e repressão) também tratou de “lançar” um novo conceito para o pensamento que visa promover a paz e prevenção de conflitos, uma vez que, a segurança humana uma é parte integrante e vital do desenvolvimento humano, de modo que a mesma está baseada e enraizada na proteção contra ameaças invasivas - “A segurança humana não é uma preocupação com as armas, é um preocupação com a vida e a dignidade humana.”.
...