Direitos humanos e públicos
Seminário: Direitos humanos e públicos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: australene • 25/2/2014 • Seminário • 222 Palavras (1 Páginas) • 263 Visualizações
2. Estado e direitos humanos
Se considerarmos os direitos humanos como paradigma ético, deveremos
perguntar-nos, de imediato, se esse referencial pode ser aplicado ao poder e
ao Estado, como uma de suas principais expressões. Pode-se exigir uma ética
do Estado? Todo o conjunto de normas, progressivamente definidas e
concertadas, em matéria de direitos humanos, favorece uma resposta positiva
para essa pergunta. Do mesmo modo que há exigências éticas para os
cidadãos, como pessoas, há exigências para os Estados.
Essa questão, evidentemente, perpassa toda a história da humanidade,
desde que o Estado foi constituído como tal. Nela, em termos políticos,
chocam-se as posições realista e idealista. Para Nicolau Maquiavel,
considerado, por alguns cientistas, como o criador da Ciência Política não
precisamente a ética que deve orientar a conduta do Príncipe. Os fins justificam
os meios. Séculos mais tarde, o presidente norte-americano Wilson iria dizer,
nessa mesma linha de pensamento: “Quando a segurança de um país
depender de uma decisão a ser tomada, nenhuma consideração de justiça ou
de injustiça, de humanidade ou de crueldade, de glória ou de vergonha, deveria
pretender prevalecer”. Quando o autor do Príncipe e do Discurso sobre a
Primeira Década de Tito-Lívio escreveu suas obras. nasciam os primeiros
Estados Nacionais (Inglaterra, França e Espanha). É atribuída, inclusive, a
Maquiavel, a criação do termo “Estado”, em sua acepção moderna. A relação.
tão estreita, entre Estado e Poder, foi o eixo central da obra maquiavélica, que
teria separado a Ciência Política da Filosofia.
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