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EICHMANN EM JERUSALEM

Por:   •  13/10/2016  •  Resenha  •  2.289 Palavras (10 Páginas)  •  429 Visualizações

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EICHMANN EM JERUSALEM

Resumo Critica

A obra discorre e nos faz refletir sobre conceitos fundamentais para se pensar e repensar atualmente na educação moral ou a educação de princípios. A autora visa entender o conceito de banalidade do mal, analisando o´´julgamento de Eichman´´ concluindo que os oficiais que executavam as pessoas nas câmaras de gás eram pessoas comuns, burocratas, que agiam com a maior naturalidade à desumanização.

Na introdução da obra a autora mostra e demostra a história do réu e como ele foi levado ao julgamento. Aldof Eichmann foi um nazista que direta ou indiretamente, participou dos milhares de atrocidades contida que viveu durante o Terceiro Reich Alemão, durante o comando de Adolf Hitler. Os crimes cometidos contra a humanidade, durante o holocausto foi terrivelmente grave, porém Eichmann não participou dos planos arquitetados e organizados pelos os nazistas, esse fez parte da terceira demanda de nazistas. Eichmann fez o que fez, pois estava cumprindo ordens e ficou notório após o fim da Segunda Grande Guerra Mundial, durante o famoso Tribunal de Nuremberg.

Quando a Alemanha foi derrotada, Eichmann conseguir fugir para Argentina (recomeçou uma nova vida, de forma simples e humilde em bairro subdesenvolvido de Buenos Aires). Logo foi descoberto por Mossad (Serviço Secreto Israelense) e foi capturado (enganando até autoridades argentinas). Assim que chegou à cidade de Jerusalém iniciaram o famoso Tribunal de Jerusalém em que o Eichmann seria julgado pelos crimes durante a Segunda Guerra Mundial. Hannah Arendt conseguiu convencer William Shawn, editor da ´´New Yorker´´, a ser enviada como correspondente. Cobrindo o julgamento publicou uma reportagem e em seguida o livro que ficou famoso e proporcionou vários debates acirrados sobre a banalidade do mal.

         Podemos analisar o julgamento como uma questão política do que uma questão de justiça. Eichmann foi julgado perante um tribunal de Judeus, que esses queriam mais um espetáculo, desejando que os crimes cometidos contra a humanidade durante a Segunda Guerra Mundial não fossem esquecidos. Essa ´´propaganda política´´ era formada por 3 juízes Israelenses e esses falavam entre em si em israelense, dificultando a comunicação no júri e toda hora tinha que ser traduzida.

Em seguida a autora discursa sobre a postura do réu durante o julgamento. Esse se caracterizava por ser muito burocrata (recebia ordens e a cumprias com eficácia). Porém esse conhecia a verdade sobre as crueldades e sabia que levava pessoas para morte. Se ele não cumprisse as ordens positivistas seria acusado por ser patriotas imoralmente e podia ser morto por não cumprir o que as ordens dos seus superiores.

Eichmann foi analisado por diversos especialistas da aérea da saúde, sendo que todos deram como um ser normal (não era um psicopata ou sádico como outros ex-nazistas). Assim o réu se defendeu utilizando a moral que estava cumprindo ordens, se não podia sofrer uma punição (ninguém deu atenção, nem mesmo o próprio advogado). Logo autora discorre sobre a vida do réu antes do nazismo – era uma vida mediana – e tinha relações normais com as pessoas e até com judeus. Quando o partido nazista subiu no poder, não teve muita escolha, teve que virar sócio, assim ter um emprego e continuar com sua vida.

Continuamente Arendt relata a ascensão de Eichmann na estrutura nazista, focando na SS (Schutzstafell). Iniciou sua carreira em categorias inferiores e com tempo passou a ganhar posições superiores – era bom negociador e organizador – e obedecia bem em suas funções burocráticas. Cadê vez mais estava envolvido com os assuntos nazistas, organizando documentos, estudando diversos tipos de assuntos e até questões de organização ´´emigração forçada´´. Tanto para Eichmann e para a população em sua maioria os ideais iniciais nazistas eram as expulsões dos povos judeus e não os extermínios. Por fim desse capítulo é mostrado que o réu era uma pessoa que utilizava as ideias de outros como a sua própria - particularidades intelectuais, que podemos dizer como um plágio – usando muito frases prontas e na visão da Hannah Arendt ele estava mais para um bobo do que para um terrível monstro como Tribunal de Jerusalém o tratava.

É perante esses fatos, analisando e refletindo que pode ser visto, dessa forma, mostrada por Hanna Arendt o que levaria um ser humano a não diferenciar o bem do mal? Além de seu fraco pensamento de realidade, Eichmann em dos seus serviços de emigração forçada, ajudara milhares de judeus a fugir da Europa - isso pode ser visto com um ato de ´´salvação´´ - que ninguém do Tribunal as considerou, nem seu próprio advogado.

Com a Grande Guerra Mundial, os setores admirativos dos nazistas entraram em conflitos com os novos sistemas de organização – um setor podia sobrepor o outro em questões de poderes – e além que esses estinham rivalidade e inveja entre si. Durante o Tribunal de Nuremberg muitos nazistas se consideravam inocentes, pois jogava a culpa a outros setores que os sobreponham. Mesmo com esses fatos, Eichmann continuavam com eficiência em seus planos de exilar os judeus da Alemanha. Porém com a conquista da Polônia, o Terceiro Reich ficou dividido em leste e oeste, e os judeus tiveram que ser mandando para essa região polonesas onde abrigariam em campos de extermínios e esses seriam mão-de-obra escrava.

 

Com a entrada da União da República Socialista Soviética na Segunda Guerra contra os alemães ficou clara a ideia de eliminar os judeus, comunistas e os indesejados. Mas esse plano terrível só estava sobre a compreensão real dos altos cargos do Terceiro Reich e as ordens só foram repassadas, inclusive para setor onde o réu trabalhava. Sendo que essas ordens não eram claras, utilizavam a expressão ´´Solução Final´´ em vez que o extermínio e como já foi dito o réu tinha uma fraca compreensão de realidade. O fato de não participar diretamente do extermínio, mas conhecia o destino que as pessoas que esse transferisse iam sofrer e nada fez. A prova que o réu sabia dos planos foi que esse participava como secretário da Conferencia dos Subsecretários de Estado (reuniões onde foram decretadas as regras de extermínio).

 Utilização das câmaras de gases era vista pela população e pelos comandantes como um ato de misericordiosa. Durante o inicio da guerra os doentes estavam também sofrendo com esses tipos de misericórdia e que também era aplicado em soldados feridos na guerra. Assim como o réu - que tinha uma compreensão muito fraca da realidade - também aderiu a esse tipo de ato. Para esse tinha sido misericordioso e alegou que nunca tinha matado nenhum judeu com suas próprias mãos.

Citando a vasta filosofia de Kant (princípios crítica da razão pura), Hannah Arendt se argumenta de forma sintética o modelo de pensamento do filosofo de que os homens devem seguir cegamente as leis – que todo o homem é um legislador – e age usando a razão prática (utilizando os princípios das leis). Esse positivismo invisual que a lei deve ser cumprida – sem nenhum mal algum seria proporcionado às vidas humanas – eram imorais e foram interpretados de forma errada. Por causa de pensamentos objetivos, muito judeus foram assassinatos por causa da vontade da autoridade máxima (o Estado ou podemos dizer do próprio Hitler). Os judeus sofreram e foram mortos durante todo o período da Guerra, de formas diretas e indiretas pelos alemães.

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