Encontrando pais negros: uma igreja, uma criança

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

Pós-graduação em Direito Civil e Processo Civil

Artigo: Encontrando pais negros: uma igreja, uma criança.

Mariana Marques Machado

                                                     Trabalho da disciplina:

Desafios da Família na Contemporaneidade.

                                                  Tutor: Thiago Serrano.

Avaré

2019.

Artigo: Encontrando pais negros: uma igreja, uma criança.

TÍTULO:

Encontrando pais negros: uma igreja, uma criança.

REFERÊNCIA:

INTRODUÇÃO:

O presente artigo trata de um assunto os quais ainda hoje nos Estados Unidos da América negros, especialmente as crianças, sofrem com a discriminação, sobretudo no momento da adoção.

No ano de 1978 o Departamento de Crianças e Serviços Familiares de Illinois (DCFS) sob o comando de Gregory L. Cole e sua equipe juntamente com a aliança feita com ministros das igrejas negras do Estado, conseguiu amenizar a situação caótica que era alocar crianças negras em famílias especificamente negras.

A parceria com as igrejas ficou conhecida como “One Church, One Child” (uma igreja, uma criança), um programa cujo objetivo era encontrar uma família em toda igreja negra em Illinois para adotar uma criança.

RESUMO:

Em 1979 o Condado de Cook, que inclui Chicago, possuía uma estatística mais elevada de um colapso na adoção, eram 702 crianças negras adotáveis as quais esperavam 2,5 vezes mais que as crianças brancas para serem adotadas. Nesse mesmo ano Illinois tinha 1.832 crianças adotáveis sob custódia do estado, onde mais da metade dessas crianças (1.002) eram negras.

Para que essa situação fosse atenuada Coler, que era branco enfrentaria uma tarefa árdua, pedir a uma comunidade discriminada e menosprezada pelo estado ajuda e cooperação para adotar as suas crianças negras que também sofriam preconceito e rejeição. E para isso contou com o apoio do Rev. George Clements, o pastor da maior igreja católica negra de Chicago.

O Reverendo por sua vez contatou cinco outros ministros de Chicago para fazerem parte da rede de pastores negros e, não parou por ai. O representante de Coler, Johnson, reforçou o vínculo do departamento com as igrejas negras, buscando o apoio da Convenção Geral Batista do Estado de Illinois, o órgão de governo do grupo religioso negro mais poderoso do estado. Onde com esse apoio, outros ministros abririam as portas das suas igrejas na missão de corroborar com o programa de adoção.

E, o objetivo era simples: peça a uma família em cada igreja negra que adote uma criança.

Essa união mostra que, quando há um propósito em ajudar o próximo, fazer o bem principalmente às crianças, as divergências religiosas e políticas são colocadas de lado para que o bem maior prevaleça.

No entanto, como nada na vida é simples e fácil, o Rev. Clements em uma das reuniões enfrentou um problema o qual já havia antecipado: os negros desconhecedores da legislação da adoção estavam relutantes, frente ao pedido do Rev., para levarem para casa as crianças sem-teto. E, em uma atitude pioneira para mostrar a congregação que esse é um gesto além de cristão é de amor, adotou um adolescente de 13 anos. Recebendo até elogios do Papa.