Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco
Por: João De Marco • 29/7/2019 • Projeto de pesquisa • 1.714 Palavras (7 Páginas) • 349 Visualizações
Trabalho de História da Arquitetura Brasileira
Edifício colonial: Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco.
IDENTIFICAÇÃO
Nomes anteriores
- Igreja de São Francisco e São Domingos (1647)
- Convento de São Francisco – Capella da Venerável ordem terceira
- Capella da Ordem Terceira da Penitência (1676)
- Igreja das Chagas de São Francisco (1787)
- Capela da Ordem Terceira da Penitência de São Francisco
- Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco da Venerável Ordem Terceira da Penitência de São Francisco
Nome atual
Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco
Autores
Apesar de não se ter conhecimento sobre todos os envolvidos no projeto, sabe-se que Frei Galvão, santo, e um dos membros mais destacados da Ordem Franciscana do Brasil teve participação importante no seu desenvolvimento.
É importante destacar que a liberação para a construção, foi concedida ao Frei Manuel de S. Faria, através de alvará emitido pelo rei, em Lisboa aos 29 de novembro de 1624, e com provisão de D. Fernando Mascarenhas, conde da torre, Governador e Capitão General de Mar e Terra do Estado do Brasil e das Armadas Marítimas, na Bahia, em 01 de agosto de 1639.
Construtores
Para a construção da igreja, foi utilizada mão de obra escrava.
Fornecedores
A igreja foi construída em taipa de pilão, adobe e pau-a-pique, basicamente sem adornos ou detalhes significativos. Portanto, o material utilizado foi produzido na própria obra, utilizando matéria prima local. Posteriormente, a medida que as intervenções foram ocorrendo, outros materiais como pedra, concreto, metal e tijolo, foram empregados.
Ano de projeto e de construção
- 1624 (alvará emitido pelo rei liberando a construção)
- 1639 (provisão de D. Fernando Mascarenhas)
- 1640 (início das obras)
- 1643 (fim das obras)
- 17 de setembro de 1647 (inauguração oficial da edificação)
Endereço (rua, bairro, cidade, estado, cep)
Largo São Francisco, 173 - Sé
São Paulo - SP
01005-010
DESCRIÇÃO
- Projeto
Situação (bairro, características urbanas)
A Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Francisco, fica localizada na região central de São Paulo, a poucos metros da Catedral da sé, esta, considerada o marco zero da cidade.
Ao estudarmos a história de São Paulo, sabemos que a cidade teve sua origem e desenvolvimento a partir da região compreendida entre o Largo São Francisco, o Largo São Bento e a Praça da Sé, que formam o “triângulo histórico” onde surgiu o Colégio Jesuíta, que deu origem ao povoado e mais tarde fundada a “Vila de São Paulo de Piratininga”.
Portanto, ao abordarmos as origens da igreja, estamos nos referindo também a história do bairro, da cidade e do país.
Localização (no terreno, recuos, acessos, ...)
A igreja que antes seria construída ao lado da vizinha igreja de Santo Antônio, localizada na Praça do Patriarca, acabou sendo implantada no atual terreno. Por estar mais bem localizado, o lote possuía melhor acesso a água por conta da proximidade com o rio, além de contar com uma melhor drenagem. Inicialmente como um convento, o entorno favorável ao plantio e outras atividades agrícolas, facilitaríam a rotina dos religiosos que ali residiam.
Na época da inauguração, poucas eram as edificações presentes na região, e a cidade se resumia basicamente ao entorno da igreja.
Posteriormente, ocupando parte do terreno do convento de São Francisco, foram construídos a Faculdade de direito da USP e a Igreja São Francisco de Assis.
O acesso a igreja é feito pelo Largo São Francisco, atrvés de rampa ou escada. Por estar em um lote inclinado, a construção foi feita em um patamar ao nível da Rua Cristóvão Colombo, elevando a edificação em torno de 1,5 m em relação a rua.
Orientação (norte)
PLANTAS
- Divisão interna, fluxo
- Programa, soluções arquitetônicas
- Dimensões (cômodos)
- Aberturas
CORTES
- Estrutura
- Cobertura (forma)
- Níveis
- Relevo do terreno
VISTAS
- Composição formas
- Volumetria e elementos arquitetônicos destacados
- Esquadrias, Proteções
ANÁLISE CRÍTICA DA OBRA
Questões técnológicas:
Construída em taipa de pilão e com cobertura de telhas de barro, a igreja utilizou da técnica mais comum naquele período, porém, muitas mudanças foram feitas ao longo do tempo e nas reformas e expansões passaram a utilizar outros materiais como o adobe, o que permitia o avanço de estruturas maiores, com reforços em madeira.
Com características construtivas relativamente simples, o maior destaque se dava a decoração interna com pinturas e trabalhos de entalhe em madeira, realizados pelos membros da Ordem Franciscana.
“ …toda construção, de taipa, era mais do que modesta. O interior da igreja era, como o de todas as igrejas franciscanas, muito modesto”. (Frei Basílio Rower, baseado em Frei Apolinário e nas “memórias da fundação do convento de São Paulo”.)
Questões estéticas, estilísticas:
A religião tinha grande expressividade nesse período e manter os preceitos da igreja católica era um dos principais intuitos dos franciscanos.
Apesar de ter sido introduzida pelos Jesuítas, a arquitetura religiosa no Brasil foi amplamente difundida por várias ordens e congregações.
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