Eron os mais espertos da sala
Por: Eduardo Arcie • 23/5/2015 • Trabalho acadêmico • 1.280 Palavras (6 Páginas) • 550 Visualizações
UTP
Universidade Tuiuti do Paraná
ENRON – OS MAIS ESPERTOS DA SALA
Trabalho apresentado pelos aluno Eduardo Tancredo Arcie e Liliane Carlota Penkal para a disciplina de Direito Empresarial, do Curso de Direito Noturno, da Universidade Tuiuti do Paraná, ministrada pela professora Vivian Amaro Czelusniak.
Curitiba
2015
RESUMO:
ENRON – OS MAIS ESPERTOS DA SALA
O documentário é acerca da Enron Corporation - uma companhia de localizada em Houston, Texas. A Enron empregava cerca de 21.000 pessoas, tendo sido uma das companhias líderes no mundo em distribuição de energia (eletricidade, gás natural) e comunicações. Seu faturamento atingia 101 bilhões de dólares em 2000, pouco antes do escândalo financeiro que ocasionou sua falência.
O filme inicia mostrando um conglomerado de prédios e ao mesmo tempo o narrador questiona as ações de um desconhecido. Depois, vêm cenas s cenas seguintes à falência da empresa e mostra o testemunho de várias pessoas envolvidas no trama, bem como algumas entrevistas com ex-funcionários da Enron. Na sequência, são mostradas cenas posteriores ao julgamento dos principais responsáveis pelas fraudes e mostra a reconstituição do suicídio de John Cliff Baxter, um dos grandes nomes da empresa, além de uma parte do testemunho de Jeff Skilling, o principal responsável pelo escândalo, que, obviamente, declara-se inocente.
O documentário segue mostrando minuciosamente as ações realizados pela diretoria e concomitantemente as intercala com entrevistas de funcionários e de analistas econômicos e de mercado expondo suas opiniões. É mostrada uma breve biografia de Ken Lay, o criador da Enron e amigo pessoal da família Bush, então presidente dos EUA, que possivelmente se envolvera com o escândalo. É demonstrado de que forma as ações da empresa se valorizaram incrivelmente em poucos anos, fazendo com que a Enron se tornasse a 7ª empresa dos EUA e uma das maiores do mundo na área de energia.
O filme mostra que o marco para a fraude desenvolvida pela Enron foi a permissão de inovar o método de contabilidade conferido pelo orgão responsável do governo da regulamentação das empresas. Tal método ficou conhecido como “mark to market” e suas regras permitiram à Enron ganhos projetados de contratos de energia a longo prazo, como receita corrente, por exemplo.
O documentário destaca também a participação de várias pessoas no esquema corruptivo. Além do mentor Jeff Skilling, outros nomes, tais como: Ken Rice, Cliff Baxter e Lou Pai, sendo este o responsável pela posteriormente fracassada EES (Enron Energy Services) e quem mais lucrou na empresa, apesar da falência. As práticas não-ortodoxas desenvolvidas por esses homens afundava a empresa, mas aparentemente tornavam-na uma das mais sólidas e inovadoras do EUA no final do século XX e início do XXI.
Fica evidente as relações obscuras com empresas, bancos e consultoria. Todos os envolvidos se beneficiavam com as fraudes da Enron e a participação efetiva desses grupos econômicos no esquema. Banco de investimento Merill Lynch, Deutsche Bank, CityBank e a consultoria Arthur Andersen, que após o escândalo faliu por total participação na fraude contábil.
O filme mostra a bolsa de valores de NY com a enorme valorização das ações da empresa e aprontava a Enron era o grande fenômeno, com valorização em progressão geométrica. Entretanto, os consecutivos fracassos levaram a companhia a quedas constantes. Mesmo assim os controladores ocultavam os fatos por meio de fraudes na contabilidade e um superinvestimento em publicidade, além de mudarem constantemente de mercado, até chegarem ao mercado desregulado da Califórnia. O ponto central nesse momento, porém, é a falha dos analistas em perceberem a fraude que estava em vigência. Neste momento da história é que surge a figura de Andy Fastow.
Após a explosão da bolha especulativa, a Enron surgiu como a grande empresa para se investir, já que seus lucros, aparentemente, continuavam a se elevas devido a sua enorme capacidade de inovação. Isso auxiliou a encobrir toda a trama que os empresários idealizavam. Contudo, após uma análise mais atenta de um investidor, uma repórter começou a investigar o mistério que cercava a empresa e a desvendar os segredos.
Na parte final, é mostrada a queda acentuada do valor da ações da Enron e como consequência a incapacidade de esconder o real estado da empresa e seus lucros fictícios. É mostrada também a descoberta por parte da vice-presidente da Enron, Sherron Watkins, que escreveu uma carta anônima para o presidente Ken Lay, afirmando o suposto envolvimento do Jeffrey Skilling nas fraudes, improbidades contábeis e outras ações ilegais. A partir deste ponto a queda se concretiza. Skilling, ao perceber o que aconteceria mais adiante, alegando problemas familiares, desiste.
Durante a anterior à crise efetiva, a diretoria em sua totalidade já havia vendido mais de um bilhão de dólares de ações da Enron, que pertenciam a eles. Eles se beneficiavam de informações privilegiadas para lucrar em grande escala. Já os funcionários e acionistas viram seus fundos atingirem um patamar muito baixo, próximo a zero, enquanto a diretoria se beneficiava de informações privilegiadas para sair deste episódio com algum lucro.
O filme termina com cenas do julgamento, mostrando ao mesmo tempo o desespero dos funcionários. Jeff Skilling e Ken Lay – principais idealizadores da fraude - foram indiciados e responsabilizados pelo escândalos, assim como os outros envolvidos, que representavam bancos e consultorias no esquema de fraude.
ANÁLISE CRÍTICA:
O documentário aborda de maneira clara e assustadora a fraude que gerou um dos mais graves problemas na economia americana nos últimos 50 anos. Diante disso, uma questão vêm à tona para ser sempre lembrada e debatida: Qual a importância da a ética nos negócios e se ela existe no setor econômico.
...