FICHAMENTO DO LIVRO: RAÇA E HISTÓRIA
Por: 242202 • 11/9/2018 • Ensaio • 857 Palavras (4 Páginas) • 386 Visualizações
Disciplina: Antropologia Geral e Jurídica
Docente: Professora Doutora Caroline Nogueira
Acadêmico: Ricardo Maia Barbosa - Matrícula: 21853650 - 2º Período Not.
Claude Lévi-Strauss nasceu em Bruxelas no dia 28 de novembro de 1908, faleceu em Paris no dia 30 de outubro de 2009 foi um antropólogo, professor e filósofo, é considerado o fundador da antropologia estruturalista, e um dos grandes intelectuais do século XX; porém suas idéias são muito diferentes do pensamento da época em que viveu, rompem com a idéia de que índios são somente índios, não concordava com a divisão em civilizados e selvagens ou a divisão em superiores e inferiores, além de possuir um maior pensar ambientalista radical, por mais que sua teoria seja interpretada com base aos olhares de intelectuais com o pensamento marxista pós-Guerra Fria do século XXI, professor honorário do Collège de France, ali ocupou a cátedra de antropologia social de 1959 a 1982. Foi também membro da Academia Francesa - o primeiro a atingir os 100 anos de idade.
Fichamento do livro “RAÇA E HISTÓRIA” - CLAUDE LÉVI-STRAUSS
Bibliografia: LÉVI-STRAUSS, C. Raça e história. Lisboa: Presença, 1980
Comentário sobre o livro
Trata-se de um livro escrito no pós Segunda Guerra aonde o autor interpela o conceito de raças humanas, que se baseia em características físicas mas também a natureza dos seres, questionando seus preconceitos sociais, no tocante a classificação dos indivíduos em grupos, e, consequentemente, poder classificá-los em uma escala evolutiva quanto as suas habilidades. O autor comprova que todos os seres humanos são constituídos da mesma forma, ou seja, não há motivos plausíveis para considerar raça inferior à outra apenas pelo seu fenótipo..
Citações
“Falar da contribuição das raças humanas para a civilização mundial poderia assumir um aspecto surpreendente numa coleção de brochuras destinadas a lutar contra o preconceito racista. Resultaria num esforço vão ter consagrado tanto talento e tantos esforços para demonstrar que nada, no estado atual da ciência, permite afirmar a superioridade ou a inferioridade intelectual de uma raça em relação a outra, a não ser que se quisesse restituir sub-repticiamente a sua consistência à noção de raça, parecendo demonstrar que os grandes grupos étnicos que compõem a humanidade trouxeram, enquanto tais contribuições específicas para o patrimônio comum”. (p.1)
“Quando procuramos caracterizar as raças biológicas mediante propriedades sicológicas particulares, afastamo-nos da verdade cientifica, quer a definamos de uma maneira positiva quer de uma maneira negativa”. (p.1)
“Qualquer homem se pode transformar em etnógrafo e ir partilhar no local a existência de uma sociedade que o interesse; pelo contrário, mesmo que ele se transforme num historiador ou arqueólogo, nunca poderia entrar em contato direto com uma civilização desaparecida; só o poderia fazer através dos documentos escritos ou dos monumentos figurados que esta sociedade - ou outras - tiverem deixado a seu respeito.
"Impõe-se uma primeira constatação: a diversidade das culturas é de fato no presente, e também de direito no passado, muito maior e mais rica que tudo o que estamos destinados a dela conhecer. (p.2)
“A atitude mais antiga e que repousa, sem dúvida, sobre fundamentos psicológicos sólidos, pois que tende a reaparecer em cada um de nós quando somos colocados numa situação inesperada, consiste em repudiar pura e simplesmente as formas culturais, morais, religiosas, sociais e estéticas mais afastadas daquelas com que nos identificamos”. (p.4)
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