TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

FICHAMENTO HISTÓRIA DO DIREITO

Por:   •  11/9/2015  •  Resenha  •  1.265 Palavras (6 Páginas)  •  532 Visualizações

Página 1 de 6

FACULDADE BAIANA DE DIREITO

ALUNA: Suian da Rocha e Silva Lopes

TURMA: 1A

COMPARATO, Konder Fábio. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. Editora Saraiva: 2006 (pp. 44-54)

  O marco principal que divide a Antiguidade da Idade Média é a queda do Império Romano no ano de 476 da era cristã. A era medieval significou para o Ocidente a fragmentação das suas instituições de poder e o surgimento do modelo feudal, constituindo o auge deste modelo o período denominado de Alta Idade Média.  A fase que divide a Alta Idade Média da Baixa Idade Média se situa nos século XI ao século XII, uma fase marcada por mudanças de ordem social e econômica.

  Para compreender este período de mudanças é necessário entender o papel das Cruzadas. As Cruzadas foram umas expedições do Ocidente cristão contra o Oriente Mulçumano, a fim de buscar novas terras e conquistar Jerusalém (a terra prometida). Mesmo não alcançando o seu objetivo ela trouxe profundas mudanças no mundo ocidental, sendo uma delas o desejo de uma restauração da unidade política perdida durante o feudalismo.

  Disputava pelo controle dessa unidade duas ordens: o imperador carolíngio e o papa. Contudo, os reis passaram a exigir maiores direitos em função dos poderes consentidos à nobreza e ao clero. Em resposta a essas exigências foi assinado na Inglaterra, pelo Rei João-Sem-Terra, a Magna Carta; este documento modificou o papel do rei na Inglaterra, deixando-o com menos poderes.

  É importante ressaltar que durante as Cruzadas os mulçumanos perderam o domínio do Mar Mediterrâneo, o que possibilitou aos comerciantes a comunicação via marítima com o Oriente e também com outros burgos. Presenciando assim um Renascimento Comercial, devido ao desenvolvimento do comércio, e o Renascimento Urbano, pois muitos nobres empobrecidos e camponeses foram para a cidade.

  A partir deste momento verificou-se um pré-capitalismo, onde a sociedade é dividida em classes e a desigualdade advinda das diferenças econômicas das famílias e dos indivíduos, diferentemente da desigualdade existente na Alta Idade Média que era determinada pelo direito. Como característica do capitalismo o valor da liberdade pessoal emanava nas cidades, até mesmo para os camponeses que faziam uma espécie de usucapião deste valor burguês.

  O campo também foi atingido por essas mudanças, as novas tecnologias possibilitaram uma revolução na estrutura produtiva da época onde foram desenvolvidas novas técnicas de irrigação e de tratamento do solo, entre outras invenções. Na navegação foram desenvolvidas técnicas que viabilizaram a hegemonia marítima europeia.

  Assim, para acompanhar esses acontecimentos surgiram institutos jurídicos como: a letra de câmbio, o contrato de seguro marítimo e as primeiras sociedades comerciais. Sem esses institutos não seria possível a consolidação do capitalismo e a Revolução Industrial, ambos os acontecimentos ocorridos na Idade Moderna.

  O final do período medieval e inicio dos tempos modernos se dá por turbulências no mundo artístico e religioso, o Renascimento Cultural retomou o antropocentrismo e humanismo perdido durante a Idade Média e a Reforma Protestante abalou o poder da Igreja Católica. Ambos os eventos modificaram o pensamento social da época, tornando o feudalismo um sistema obsoleto.

  Fez-se necessário então, que houvesse um novo sistema politico que acompanhasse a nova ordem social. Uma concentração de poderes que assegurasse a ascensão do capitalismo e consequentemente da burguesia, assim em um acordo conveniente, a burguesia une-se ao rei para que surja o Estado Moderno. Teorias foram elaboradas para defender o absolutismo, um sistema centralizador para contrapor a pulverização de poderes ocorrida no período medieval. Essas teorias foram fundamentas por filósofos como Jean Bodin, Thomas Hobbes, Nicolau Maquiavel.  

  Com o absolutismo foi possível o crescimento da força burguesa, e aos poucos esse sistema que ela ajudou a consolidar tornou-se um empecilho para sua ascensão como classe dominante. E o século XVII representou essa insatisfação com as regalias e abusos da monarquia absoluta, afinal o rei é um nobre.

  A revolução inglesa liderada por Oliver Cromwell originou desses conflitos de interesses entre a burguesia consolidada e o rei “feudal”. O sucesso dessa revolução foi uma resposta do desejo da sociedade, um rei sem poderes e o parlamento representando, teoricamente, o povo. Essa sociedade aspirava liberdades individuais que foi garantida pelo habeas corpus e o Bill of Rights, documento que além de beneficiar a burguesia inglesa, possibilitou a expansão do capitalismo industrial verificado nos séculos posteriores.

  A solução dada pela burguesia inglesa contra os privilégios da nobreza foi a instalação de um parlamento, mas não se verificou o mesmo com as outras burguesias. Os ideais iluministas inspiravam burgueses por todo o mundo, vindo a tona o primeiro documento dos direitos humanos: Declaração de Direitos do Bom Povo de Virgínia, ele irá anteceder e inspirar a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América.

  Documentos que junto com o ato de abertura da Revolução Francesa, vão afirmar a ideia de liberdade e igualdade, além da “busca da felicidade” como algo inerente a condição humana.  Ressurge também com essas declarações a democracia como a forma de governo mais legitima, mas uma democracia que difere da democracia ateniense fundamentada por Aristóteles.

...

Baixar como (para membros premium)  txt (8.2 Kb)   pdf (63.9 Kb)   docx (13.6 Kb)  
Continuar por mais 5 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com