Fichamento Livro Discurso sobre o Método – René
Por: naalvares • 15/5/2018 • Resenha • 3.322 Palavras (14 Páginas) • 694 Visualizações
Curso Direito
| Semestre Letivo 7º | |
Disciplina Prática Jurídica I – Civil | RA 6079 | Nº chamada |
Aluno Wagner Renato dos Santos | Professor Doutor – Rafael Adolfo Percovich Cisneros | |
Tema: Fichamento Livro Discurso sobre o Método – René Descartes |
Data 15/05/2018
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Nota |
Visto do Professor |
DISCURSO SOBRE O MÉTODO – RENÉ DESCARTES
PARTE 1
O autor inicia a primeira parte dizendo que inexiste no mundo coisa mais bem distribuída que o bom senso, visto que cada indivíduo acredita ser tão bem provido dele que mesmo os mais difíceis de satisfazer em qualquer outro aspecto não costumam desejar possuí-lo mais do que já possuem. E é improvável que todos se enganem a esse respeito; mas isso é antes uma prova de que o poder de julgar de forma correta e discernir entre o verdadeiro e o falso, que é justamente o que é denominado bom senso ou razão, é igual em todos os homens; e, assim sendo, de que a diversidade de nossas opiniões não se origina do fato de serem alguns mais racionais que outros, mas apenas de dirigirmos nossos pensamentos por caminhos diferentes e não considerarmos as mesmas coisas. Pois é insuficiente ter o espírito bom, o mais importante é aplicá-lo bem. As maiores almas são capazes dos maiores vícios, como também das maiores virtudes, e os que só andam muito devagar podem avançar bem mais, se continuarem sempre pelo caminho reto, do que aqueles que correm e dele se afastam.
Descartes comenta sobre sua educação e as ciências que ele aprendeu além das que foram a ele ensinadas e os benefícios que as outras áreas de conhecimento lhe proporcionaram. Que é importante aprender novas línguas, conhecer novas culturas, viajar, para melhor avaliarmos nossa própria cultura. René apreciava por demais poesia, embora em sua concepção a poesia ser uma arte mais relacionada com a emoção do que os estudos. Gostava também da matemática e suas várias aplicações práticas além dos cálculos. Embora filosofia fosse a sua grande paixão, o autor admitiu que havia várias opiniões sobreo assunto mesmo entre os estudiosos da matéria. E tudo que ficava entre o verdadeiro e o falso René desconsiderava. Ao término de seus estudos, foi viajar e aprendeu com as pessoas e suas experiências de vida, ao invés de usar apenas os livros. Descobriu que podia se aprender muito mais com quem errava e depois corrigia seus erros, do que com pessoas que usavam da letrar para engrandecer a si mesmos. Sendo assim resolveu estudar a ciência dentro de si próprio sempre se questionando e corrigindo os seus erros e livrando-se dos preconceitos para ouvir a razão.
PARTE 2
A parte dois iniciasse com a opinião de que as coisas ficam mais próximas da perfeição quando um único homem que detém o conhecimento as faz, do que com várias pessoas trabalhando em cima de uma mesma coisa, Descartes usa como exemplo a construção de cidades, ela não é tão belas, seus prédios são irregulares e não são do mesmo tamanho, e não é por isso que a cidade deve ser demolida. O mesmo acontece com a aprendizagem e o conhecimento. Em sua opinião o conhecimento poderia ser absorvido e após, ser modificado por bases mais fortes, de acordo com a razão. René afirma que não é sua intenção realizar grandes mudanças, pois grandes estruturas quando abaladas são difíceis de manter.
É preciso ter humildade para estar aberto para aprender e distinguir o verdadeiro do falso, e que nem sempre aqueles que pensam diferente da gente são bárbaros, mas que usam mais ou menos da razão. Também, que nem as opiniões de várias pessoas podem ser tidas como verdade, como também um homem pode conhecer uma verdade que mais ninguém conhece. Partindo desses princípios, Descartes decide orientar os próprios estudos, aproveitando o que há de bom na lógica, álgebra, e geometria, e reformulando os defeitos dessas três ciências. Tornando-as assim, plenamente úteis e de fácil compreensão. Para isso, usa o argumento que um estado funciona melhor quando possui poucas leis, mas que são observadas e cumpridas. Assim, em vez de usar vários preceitos da lógica, usaria somente quatro. O primeiro preceito seria não aceitar nada como verdadeiro ou concreto o que não fosse previamente analisado e estudado.
Para que assim fossem tiradas conclusões certas de como as coisas verdadeiramente são, evitando a prevenção e precipitação de juízo dos conceitos. O segundo é dividir o assunto ou a questão à ser analisada em várias partes, o quanto for necessário para que a compreensão seja mais fácil. Outro preceito é partir das coisas mais simples para as mais complicas e complexas. Assim, podemos construir uma base sólida de conhecimento para aos poucos ir ampliando. Por fim, é necessário fazer a enumeração cronológica de todo o processo, já que é divido e segue uma sequência de linha de raciocínio.
A partir desses preceitos, o autor afirma que podemos deduzir tudo por mais obscuro e difícil que seja. Essas regras podem ser utilizadas em todos os campos da ciência, porém são mais aplicadas na matemática. A partir disso, Descartes parte seu estudo com a matemática, começando em um âmbito mais amplo para o mais particular. Estudando os casos mais particulares, criou alguns sinais que o auxiliassem na geometria e álgebra. Usando todo esse método pôde compreender regras da matemática que julgava difícil e acrescentar novas. Descartes conclui a parte dois dizendo que esse método pode ser aplicado nas outras ciências, porém não ousa, pois, os princípios do método são baseados na filosofia, a qual ainda não se sente seguro. Assim, pretende adquirir essa segurança ao longo do tempo, pois ainda não possui maturidade suficiente. Enquanto isso, pretende livrar-se de conceitos sem fundamentos e más opiniões, e exercitar-se do próprio método para melhorar o raciocínio.
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