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Fichamento Manifesto Comunista de Marx

Por:   •  27/6/2019  •  Resenha  •  1.868 Palavras (8 Páginas)  •  382 Visualizações

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FACULDADE UNIFAESP

CURSO DE DIREITO

FICHAMENTO – MANIFESTO COMUNISTA

CURITIBA

2019

ODERI MARCOS CAMPEÃO e ELISANDRO CRISTIANO MACHADO

FICHAMENTO – MANIFESTO COMUNISTA

Trabalho apresentado à disciplina de Ciência Política, do Curso de Direito da UNIFAESP, como como componente avaliativo bimestral.

Profª. Gabriel Galli.

CURITIBA

2019

Fichamento – O Manifesto Comunista.

CONTEXTO HISTÓRICO

O comunismo já era pressentido na época de Marx, quase como uma lenda ou um fantasma, o movimento comunista era temido como uma ameaça para potências mundiais e figuras de poder, como a Rússia, a França, a Alemanha e até o papa. Aparentemente, todos que faziam oposição aos governos e classes dominantes recebiam o título de comunistas. O clima na Europa no século XIX era propício para a erupção de uma revolução, de forma que havia cada vez mais tensão entre as classes por conta das condições terríveis do trabalho industrial crescente, e como consequência disso a união das classes mais baixas foi se solidificando, como por meio da fundação da “Liga dos Justos” em 1836, que foi uma organização dos artesãos alemães que trabalhavam na Inglaterra e distribuíam panfletos para unir e fortalecer oque seria o embrião da classe trabalhadora comunista adiante.[1]

O EMBRIÃO DO PARTIDO COMUNISTA

Como os fundadores da antiga Liga dos Justos tinham pensamentos díspares e utópicos demais, se baseando em revoluções anteriores como a Francesa (1789-1799) sem levar em conta o contexto da mesma, Marx e Engels, se integraram à Liga para reorganizar e encaminhar esta união para um movimento mais concreto e realista. Surge então a necessidade de um documento para oficializar esse movimento do proletário. [pic 1][pic 2]

O SURGIMENTO DA BURGUESIA ENQUANTO CLASSE DOMINANTE

Fazendo uma pesquisa aprofundada pela história das classes desde a era medieval, Os criadores do Manifesto Comunista traçam uma linha temporal, onde notam que sempre, em todas as eras, existiu entre os homens uma divisão de classes, onde as consideradas superiores oprimiam as inferiores, e ainda assim, eram as inferiores quem produziam os alimentos, e a mão de obra tão necessários para a subsistência dessa pirâmide social. Porém, para Marx, surge como fruto do sistema feudal o seu principal adversário em sua época, pois dos antigos servos, surgiram os pequenos burgueses, que com seus tímidos comércios, foram juntando patrimônio e poder de forma gradual até se transformarem nos grandes proprietários das indústrias no século XIX, ou seja: nasce a grande burguesia.

O APERFEIÇOAMENTO DO COMÉRCIO BURGUÊS

Fincando seus pilares na expansão das sociedades, (nas navegações, nas ligações comerciais com o oriente e tomada de novas terras), a burguesia prosperou em solo fértil, fortalecendo principalmente o comércio e o acúmulo de capital. Erigiu-se assim grandes cidades e se recrutou um verdadeiro exército de trabalhadores (entre eles mulheres e crianças), outrora rurais remanescentes da antiga cultura feudal, para as fábricas de produção em massa que lançavam mão de maquinaria para satisfazer a enorme demanda de consumo que o capitalismo, agora um mercado mundial após a primeira Revolução Industrial inglesa(séc. XVIII)[2], criou, e assim a burguesia moderna surgiu como um produto do antigo feudalismo, sendo sua sucessora natural.

A SUBSTITUIÇÃO DE TODOS OS LAÇOS PELO LAÇO MONETÁRIO

Segundo o Manifesto comunista, as ligações entre os homens, antes tão variadas e ricas em significados, passam a ser friamente monetárias, pois todos buscam o lucro, ou no mínimo a sobrevivência, e, portanto, neste novo cenário, não existe mais lugar para cavalheirismo, religião ou qualquer atitude ligada às virtudes, até o matrimônio teve seu significado deturpado, visando já os bens que seriam acumulados e divididos entre o casal, até a literatura deixa de ter seu valor local ou nacional, para ser propriedade mundial. Existe agora, apenas a busca incessante pelo capital, sem espaço para a humanidade em cada ser, a burguesia feroz devora a menor (burguesia reacionária) e faz dos trabalhadores seus “servos” modernos, a serviço da expansão do comércio.

O RECRUTAMENTO DO MUNDO PELO CAPITALISMO

        Não só os trabalhadores teriam se tornado reféns do inevitável capitalismo, mas também outras nações, por mais atrasadas que fossem, ou “bárbaras” nas palavras do autor, se viram coagidas à adotar o regime capitalista, e criar em seu território a sua burguesia, sendo estes povos seduzidos pelos custeamento baixo de qualquer produto e a oportunidade de expansão comercial. Essa era de domínio da classe burguesa, que não tinha completado sequer um século, já superara todas as outras fases do desenvolvimento humano anterior, no quesito de produção, de forma que o mundo todo, quanto mais produzia, mas se via ocioso por ter produzido demais, e como consequência, gerava a má distribuição de renda, sendo que poucos detinham muito, e muitos sobreviviam buscando um pouco que fosse.

A DETEORIZAÇÃO DO PROLETÁRIO

        Todavia, por mais que a burguesia tenha se erguido no regime feudal usando a produção e o trabalho em prol do comércio, ela também, inconscientemente, criou sua própria oposição natural, ou seja, o proletário. Trabalhadores que com a constante evolução da indústria, foram perdendo seu valor laboral, e transformados aos poucos em apertadores de botões, completamente substituíveis, como se fossem apenas soldados em uma guerra do comercio. Na época, por só visarem o lucro final, os burgueses donos das fábricas substituíam os trabalhadores por mulheres e até crianças, por seu custo ser muito mais baixo e seus direitos ainda mais reduzidos. Inclusive, crianças eram especialmente mais lucrativas e versáteis no trabalho em fábricas, pois, além de serem baratas (recebiam um quinto do salário de um adulto), eram pequenas e poderiam se espremer em frestas para fazer pequenos reparos nas máquinas, e ainda trabalhavam por 14 horas. A adoção desse tipo de trabalho custou a vida de vários impúberes.[3]

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