Fichamento: O Manifesto Comunista de Karl Max e Friedrich Engels
Por: Elimário Machado • 25/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.032 Palavras (5 Páginas) • 484 Visualizações
MANIFESTO COMUNISTA – KARL MAX
(Fichamento)
“Um espectro roda a Europa - o espectro do comunismo. Todas as potências da velha Europa unem-se numa Santa Aliança para conjurá-lo: o papa e o czar...” Página 39
Interessante a ideia do termo espectro empregado pelo autor. Espectro que facilmente pode ser substituído por fantasma. O fantasma do comunismo rondava toda a Europa. Existe um incômodo geral quanto a essa linha de pensamento que movimenta não só potências religiosas mas também políticas.
“É tempo de os comunistas exporem, abertamente, ao mundo inteiro, seu modo de ver, seus objetivos e suas tendências, opondo um manifesto do próprio partido à lenda do espectro do comunismo.” – Página 39
Visto o levante anticomunista imposto e alastrado em toda a Europa, os auto intitulados comunistas acabam tecendo um manifesto banalizando a ideia equivocada ao qual foi relacionado o termo “comunismo”.
“Homem livre e escravo, patrício e plebeu, senhor feudal e servo, mestre de corporação e companheiro, em resumo, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada; uma guerra que terminou sempre ou por uma transformação revolucionária da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em conflito.” – Página 40
Esse trecho já demonstra o foco ao qual o manifesto deseja atingir. Primeiro já enfatizando a questão de lutas de classe numa breve perspectiva linear pegando desde o Império de Roma, Alta Idade Média até os primórdios da Revolução.
“A sociedade burguesa moderna, que brotou das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os antagonismos de classe.
Não fez mais do que estabelecer novas classes, novas condições de opressão, novas formas de luta em lugar das que existiram no passado.” – Página 40
Um comentário um tanto incisivo direcionado a classe burguesa. Demonstrando que a burguesia surgiu de um processo de transformações socioeconômicas e apenas viria a substituir classes opressoras – quem era explorado passa a explorar.
“Entretanto, a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-se por ter simplificado os antagonismos de classe. A sociedade divide-se cada vez mais em dois campos opostos, em duas grandes classes em confronto direto: a burguesia e o proletariado. – Página 40 e 41
Apenas uma continuidade do que o texto inicia discutindo. A história em sua linearidade apresenta as inúmeras classes, patrícios, plebeus, senhores feudais, camponeses, e no decorrer desses processos termina por culminar em duas classes principais que protagonizam confronto direto.
“A organização feudal da indústria, em que esta era circunscrita a corporações fechadas, já não satisfazia as necessidades que cresciam com a abertura de novos mercados. A manufatura a substituiu. A pequena burguesia industrial suplantou os mestres das corporações; - Página 41
Ou seja, a nova classe burguesa superou os mestres das corporações, pois havia uma necessidade de mercado que gritava por expansão, por ampliar novas direções de comércio. Aquela ideia feudal que ainda se resumia nas atribuições criadas pelas corporações de ofício já não atendiam a demanda.
“Todavia, os mercados ampliavam-se cada vez mais, a procura por mercadorias continuava a aumentar. A própria manufatura tornou-se insuficiente; então, o vapor e a maquinaria revolucionaram a produção industrial” – Página 41
A média burguesia vai ser substituída pelos milionários da indústria, surge os burgueses modernos. Uma classe burguesa que surge dentro de uma burguesia manufatureira.
“A grande indústria criou o mercado mundial [...] – Página 41
Hoje é possível comprar de quase tudo de [quase] qualquer lugar. São inúmeros os polos comerciais. Até existe uma linha de pensamento que faz ligação das expansões marítimas com as primeiras revoluções industriais.
“[...] a burguesia, com o estabelecimento da grande indústria e do mercado mundial, conquistou, finalmente, a soberania política exclusiva no Estado representativo moderno.” – Página 42
É perceptível que esse trecho afirma que após a burguesia se concretizar como grande representante da intensa indústria e do mercado mundial, ela conquista uma hegemonia dentro da engrenagem política.
“A burguesia rasgou o véu do sentimentalismo que envolvia as relações de família e reduziu-as a meras relações monetárias.” – Página 42
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