Fichamento O príncipe de Maquiavel
Por: carlaarc • 6/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.042 Palavras (9 Páginas) • 448 Visualizações
FACULDADE ANHANGUERA DE RONDONÓPOLIS
FICHAMENTO DO LIVRO O PRÍNCIPE DE MAQUIAVEL
Disciplina: Ciências Políticas
Docente: Césio Paiao
Discente: Maikon Rodrigo Soares RA: 9911172951
Rondonópolis – MT, 01 de outubro de 2014
O Príncipe de Maquiavel.
Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, na Itália em 3 de maio de 1469, e morreu em 22 de junho de 1527. Serviu a corte de César Bórgia, até os Médicis derrubarem a República, em 1512, quando Maquiavel foi deposto e exilado. Em 1519, anistiado, voltou a Florença, onde exerceu funções político-militares. Em 1527 foi reinstaurada a república e Maquiavel é excluído da política. Sua doutrina, imortalizada neste O Príncipe demonstra uma maneira cética de encarar o ser humano; sua concepção de poder pregava a prática acima da ética, pois tudo é válido contanto que o objetivo seja manter-se no poder.
O PRÍNCIPE
Nicolau Maquiavel ao magnífico Lorenzo de Médici.
Maquiavel dá inicio a sua obra mencionando sua intenção de dedicar a Juliano de Médici (1479-1516) e filho de Lourenço (1449-1492), e duque de Nemours. (P. 45)
Segundo Maquiavel todos os estados, todos os governos são repúblicas ou principados. Os principados ou são hereditários ou novos. Os novos ou são totalmente novos (recém-criados) ou anexados a um Estado por herança. Esses anexos ou estão acostumados à sujeição do príncipe que o anexa ou são livres e são adquiridos com tropas de outros ou próprias. (P. 49)
Maquiavel decidiu não falar sobre a república e se concentrará inteiramente nos principados. Manter e governar um principado hereditário são fáceis, pois o povo já é afeiçoado à família, bastando somente ao novo príncipe seguir a linha de atuação da família. (P. 50)
Contudo, as dificuldades estão no principado novo.
Os homens mudam de senhor por vontade própria, acreditando que assim melhoram de vida; e esta crença os faz tomas das armas contra aquele.
São teus inimigos todos aqueles que se sentiram ofendidos pela invasão e todos aqueles que te ajudaram a tomar o lugar do antigo senhor, pois você estará em debito com eles e não poderá utilizar-se de remédios fortes contra eles. (P. 52)
É bem verdade que, uma vez conquistados os países rebelados pela segunda vez, é mais difícil perdê-los; porque o senhor terá menos escrúpulos para punir delinquentes. (P. 53)
Os principados são governados de dois modos: ou por um príncipe ajudado por ministros (que só exercem algum poder graças a concessão do príncipe), ou por um príncipe e barões que graças a hereditariedade possuem grandes poderes, independentemente da vontade do príncipe. (P. 64)
No primeiro o príncipe é o senhor absoluto, no segundo os barões possuem domínios e súditos próprios. Como exemplo dos dois tipos Maquiavel usa o império grão-turco e o reinado da França.
Existem três modos de manter a posse nesses lugares com leis próprias: primeiro, arruiná-los; segundo ir morar lá pessoalmente; o terceiro deixa-los viver com suas leis, extraindo-lhes um tributo e criando ali um estado de poucos. (P. 68)
Nos principados completamente novos, onde haja um novo príncipe, é possível mantê-los com mais ou menus dificuldades, dependendo da virtude daquele que os conquista. (P. 72)
Aqueles que se tornam príncipes pela virtude, conquistam o principado com dificuldade e os mantêm com facilidade. (P. 73)
Aqueles que pela fortuna de outros chegam a ser príncipes, conseguem isso com facilidade, mas ali se mantêm com muita dificuldade. É o que acontece quando o Estado é concedido ao príncipe ou por dinheiro ou por graça de quem o concede. (P. 76)
Uma vez no poder, construirão os fundamentos que outros constroem antes de chegar ao poder. (P. 77)
Existem duas maneiras de se tornar príncipe que não podem ser atribuídas nem á fortuna nem a virtude, estes são, ou quando por alguma via celerada ou nefanda se ascende ou principado, ou quando um cidadão comum torna-se príncipe, de sua pátria com o apoio de seus concidadãos. (P. 86)
Quando se toma o poder através de um crime, as injurias devem ser feitas todas de uma vez, pois ofendem menos. E os benefícios devem ser realizados pouco a pouco para que sejam mais bem saboreados pelos beneficiários. (P. 91)
É quando um cidadão se torna príncipe de sua pátria com a ajuda de seus concidadãos, sejam eles o populacho ou os poderosos. Essas duas correntes são completamente opostas, pois o povo não deseja ser governado e os poderosos desejam governar o povo. (P. 92)
Dessas diferenças surgem três efeitos: principado, liberdade e desordem.
O principado é causado pelo povo ou pelos grandes, dependendo de qual dessas partes de apresenta a ocasião.
Aquele que chega ao principado com a ajuda dos grandes mantém-se com mais dificuldade, porque tem, ao seu redor, muitos que lhe parecem seus iguais. Aquele que chega ao principado com a ajuda do povo encontra-se só, e ninguém ao seu redor ou pouquíssimos recusam-se a obedecer. (P. 93)
Deve-se considerar se um príncipe possuiu a força necessária em seu Estado, para que em tempo de necessidades ele possa se manter ou precise da ajuda de terceiros. (P. 97)
São conquistados pelo martírio ou pela sorte, mas mantém-se pela rotina da religião. Só estes possuem Estados e não os defendem, só estes possuem súditos e não governam e seus Estados, apesar de indefesos, não são arrebatados. Só esses principados são seguros e felizes, pois são protegidos por Deus. (P. 100)
As principais bases de um Estado são boas leis e boas armas. As forças que um príncipe dispõe para manter um Estado ou são próprias ou são mercenárias auxiliares, ou mistas. (P. 104)
As mercenárias e auxiliares são inúteis e perigosas, pois não amam o príncipe apenas lutam com ele por dinheiro, o que não basta para que morram por ele. (P. 105)
As tropas auxiliares nada mais são do que tropas inúteis que algum poderoso envia ao auxilio de um príncipe em dificuldade. Essas tropas são as mais perigosas, muito mais do que as mercenárias, pois se perderem o príncipe que a solicitou também perde, mas se vencerem transformará o solicitante em prisioneiro dela. Nas tropas mercenárias, o que é perigoso é a covardia; nas auxiliares a bravura. Príncipes prudentes preferem perder com suas tropas a obter uma falsa vitória com as tropas auxiliares, pois estas obedecem somente a outro poderoso. (P. 111)
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