Fichamento livro de Vigilância Liquida
Por: criisgatinha • 2/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.680 Palavras (7 Páginas) • 1.861 Visualizações
COLEGIADO DE DIREITO
“Direito Constitucional Legislativo, Executivo e Organização do Estado”
ALUNO (a): Crislany da Silva Santos | TURMA 3° Período/CAL |
FICHAMENTO
“Vigilância Liquida”
PARIPIRANGA/2015-1
REFERENCIAS: BAUMAN, Zygmunt,Vigilância Liquida: dialogo com David Lyon- Rio Janeiro: Zahar, 2013
CREDENCIAIS DO AUTOR: Zygmunt Bauman, nasceu no dia 19 de novembro de 1925, em Poznán. Formado Universidade de Varsóvia, viveu na Inglaterra, depois de passar pelo Canadá, EUA e Austrália. No início da década de 70 ele assumiu o cargo de professor titular da Universidade de Leeds, permanecendo neste posto por pelo menos vinte anos.
RESUMO DA OBRA:
O livro vigilância liquida é uma dimensão chave do mundo moderno; e, na maioria dos países, as pessoas têm muita consciência de como ela as afeta. Por muitas décadas, a vigilância tem sido tema constante da obra de Zygmunt Bauman, e muitas de suas observações, a meu ver são de grande interesse para os que hoje tentam entender esse fenômeno e reagir a ele. Na primeira década do século XXI, Bauman tornou- se mais conhecido por suas analises sobre a ascensão da “mordenidade liquida”, ele se junta a David Lyon para juntar dois temas que tem tudo a ver: a liquidez, expressa por ele em várias esferas, e o aspecto da sociedade em vigilância, de Lyon. Por liquidez, entendemos a efemeridade das coisas de hoje em dia. Nada é feito para durar, para ser sólido. Surge daí diversas questões como a obsessão pelo corpo perfeito, o endividamento geral para suprir nossas carências, a paranoia com segurança e por aí vai, tudo isso em um mundo de incertezas. Ao falar de vigilância, toda forma de literatura diatópica vem a mente, a mais clara delas é provavelmente 1984, de George Orwell. Mas nem é sobre o Grande Irmão que Bauman fala, a vigilância está em toda parte, desde aquele post engraçadinho que você compartilha no Facebook durante o horário de trabalho, com seu chefe na lista de amigos até os raios-X no aeroporto que todo mundo sempre tem medo que apite ou dê algum problema, é a sensação que fica em torno disso que nos incomoda. Nos dias de hoje, impera a sensação de vigilância, seja em web sites, bancos, redes sociais ou mesmo com a polícia nas ruas.
CAPITULO I
“Os drones da próxima geração poderão ver tudo, ao mesmo tempo em que permanecem confortavelmente invisíveis- em termos literais e metafóricos” (2013, p.27)
Que conclusão se pode extrair desse encontro entre os operadores de drones e os operadores de contas do facebook? Entre dois tipos de operadores atuando em função de objetivos aparentemente conflitantes e estimulados por motivos aparentemente opostos, e, no entanto cooperando intimamente, de boa vontade e de forma bastante efetiva para criar, manter e expandir aquilo que você apelidou, com muita felicidade, de categorização social. (2013, p. 29)
Observamos comentários da exploração do mundo liquido moderno, onde retrata algumas formas novas significativas, das quais forma os drones e a mídia social constituem bons exemplos, onde produzem informações pessoais a serem processadas, mesmo que sejam de maneiras diferentes, fazendo-se pensar se seriam essas mídias complementares, mostrando assim uma preocupação com a forma de muitas delas serem mal utilizadas, naturalizando para nos a extração involuntária de dados pessoais em outro campo por meio de drones miniaturizados, e que significam esses novos desenvolvimentos para nosso anonimato e nossa invisibilidade relativa no mundo cotidiano.
CAPITULO II
Sobre “as prisões “supermax”- de segurança máxima-, por exemplo, leva-a a concluir que o pan-optico pode “ diagnosticar a todos nos” ela mostra como a experiência de supermax induz alguns presidiários a se automutilarem; a “calculada manipulação” pan-optica do corpo conclama seu oposto. (2013, p. 56)
O pan-optico foi tirado de seu lugar e confinado as partes “ não administráveis” da sociedade, como prisões, campos de confinamento , clinicas psiquiátricas e outras “ instituições totais” , no sentido criado por Goffman. (2013, p. 58)
“O ban-optico guarnece as entradas daquelas partes do mundo dentro das quais a vigilância do tipo “faça você mesmo”” (2013, p. 65)
Observamos uma analise dos aspectos de ordenamento e classificação do pan-optico, com o processo pelo qual os consumidores são manipulados. Entretanto, embora obtenha de Foucault suas ideias sobre o aspecto classificatório do pan-otico, ele é mais explicito sobre o fato de essa analise ser também uma economia política das informações pessoais. Os marqueteiros estão sempre em busca de novas maneiras de racionalizar o mercado, escolhendo como mira de atenção especial consumidores cujos atributos os tornam atraentes, como alvos de oportunidade. Outros consumidores potenciais podem obter a permissão de desaparecer de vista, enquanto os verdadeiramente valiosos são selecionados.
CAPITULO III
“A idolatria que nos atrai para essa lógica e nos cega quanto a seus limites torna esses efeitos de distanciamento ainda mais difusos e perniciosos na “era da informação” (2013, p. 83)
Em outras palavras, o efeito mais seminal do progresso na tecnologia de “ausência, distanciamento e automação” é a libertação progressiva e talvez incontrolável de nossos atos em relação aos limites morais. Quando o principio do “podemos fazer, então façamos” governa nossas escolhas, alçamos um ponto em que a responsabilidade moral pelos feitos humanos e seus efeitos desumanos não pode ser nem oficialmente postulada nem exercida de fato (2013, p. 83, 84)
Observamos importantes relatos de atributos inseparáveis do progresso tecnológico, através de uma analise de imperativo do cuidadoso e consistente, cálculos de riscos. Compreendemos que, o despir a vigilância física de sua importância e superar seu potencial entre o ponto de partida e o ponto de chegada. e não apenas afirmações abstratas, são vitais para analise completa. Podendo chegar aos motivos subjacentes, as configurações permanentes da imaginação e da realização, vistas em especial nos conceitos, nas praticas de distanciamento, ausência, automação, pode-se afirmar que essas conexões são construtivas e esclarecedoras.
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