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História do Direito

Por:   •  19/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.270 Palavras (6 Páginas)  •  705 Visualizações

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O SEMEADOR E O LADRILHADOR

1- Resumo sobre o autor

Sergio Buarque de Holanda, nasceu em São Paulo no dia 11 de julho de 1902, era filho de Cristóvão Buarque de Holanda e de Heloísa Buarque de Holanda. Formou-se pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil, onde obteve o título de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais no ano de 1925. Começou a trabalhar como jornalista (no Jornal do Brasil), seguindo para Berlim, como correspondente, nos anos 1929-1931. Em 1967 ganhou o Prêmio de Governador do Estado na seção de literatura e em 1979 o Prêmio Juca Pato, considerado o intelectual do ano; em 1980 foi membro-fundador do Partido dos Trabalhadores. Faleceu em 24 de abril de 1982.

2- RESUMO SOBRE A OBRA

O Semeador e o ladrilhador

A analogia que o autor vem a fazer sobre estes dois adjetivos é de trazer de um passado as raízes do Brasil para assim entendermos as nossas tradições, os nossos costumes, bem como destacar a intensão da administração portuguesa e as características de urbanização. A intenção de Portugal não era de criar raízes no Brasil, o principal objetivo era a extração das riquezas usando à priori a mão de obra indígena, e que sem os mesmos os portugueses não poderiam viver no planalto. Portugal lançava a semente, porém não planejava plantar alicerce, preferiu agir por experiência sucessivas que muitas vezes não se coordenavam, raros os estabelecimentos fundados por eles no Brasil que não tenha mudado de sítio. A obra realizada pelos portugueses teve um caráter mais acentuado de feitorização do que de colonização. Quanto ao ladrilhador podemos ver tudo geograficamente perfeito. A colonização espanhola caracterizou-se pelo que faltou à portuguesa: aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras conquistadas, mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados.

3- PRINCIPAIS IDEIAS DOS CAPÍTULOS

O Semeador e o Ladrilhador

Essa primazia acentuada da vida rural concorda bem com o espírito da dominação portuguesa, que renunciou a trazer normas imperativas e absolutas, que cedeu todas vezes em que as conveniências imediatas aconselharam a ceder, que cuidou menos em construir, planejar ou plantar alicerces, do que em feitorizar uma riqueza fácil e quase ao alcance da mão. Para muitas nações conquistadoras, a construção de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominação que conheceram.

Em nosso próprio continente a colonização espanhola caracterizou-se largamente pelo que faltou à portuguesa: por uma aplicação insistente em assegurar o predomínio militar, econômico e político da metrópole sobre as terras conquistadas mediante a criação de grandes núcleos de povoação estáveis e bem ordenados. Já a primeira vista, o próprio traçado dos centros urbanos na América espanhola denuncia o esforço determinado de vencer e retificar a fantasia caprichosa da paisagem agreste.

Na América portuguesa, entretanto, a obra dos jesuítas foi uma rara e milagrosa exceção. Ao lado do prodígio verdadeiramente monstruoso de vontade e inteligência que constitui essa obra, e do que também aspirou a ser colonização espanhola, o empreendimento de Portugal parece tímido e mal aparelhado para vencer. O esforço dos portugueses distingue-se principalmente pela predominância de seu caráter de exploração comercial, repetindo assim o exemplo de colonização na Antiguidade. A rotina e não razão abstrata foi o princípio que norteou os portugueses, nesta como tantas outras expressões de sua atividade colonizadora. Preferiam agir por experiências sucessivas, nem sempre coordenadas umas às outras, a traçar de antemão um plano para segui-lo até o fim.

A visão de mundo que assim se manifesta, de modo cabal, na literatura, sobretudo na poesia, deixou se ser cunho impresso nas mais diversas esferas da atividade dos portugueses, mormente no domínio particular nos interessa: o da expansão colonizadora. Portugal, por esse aspecto, é um país comparativamente sem problemas. Sua unidade política, realizara-a desde o século XIII, antes de qualquer outro Estado europeu moderno, e em virtude da colonização das terras meridionais, libertas do sarraceno, fora-lhe possível alcançar apreciável homogeneidade étnica. E se abusos houvesse, caberia toda culpa aos mercadores, bufarinheiros e regatões, para os quais nenhuma lei existe além da que favorece sua ambição de ganho.

Os entraves que ao desenvolvimento da cultura intelectual no Brasil opunha a administração lusitana faziam parte do firme propósito de impedir a circulação de ideias novas que pudessem pôr em risco a estabilidade de seu domínio. Deixando de parte toda aquela rustica e especiosa pedagogia com que se procura disfarçar o serviço forçado do gentio em benefício de senhores particulares.

O Homem Cordial

O Estado não é uma ampliação do círculo

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