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Legal Operations: o impacto da transformação digital

Por:   •  22/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  485 Palavras (2 Páginas)  •  126 Visualizações

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Legal Operations: o impacto da transformação digital no mercado jurídico

De acordo com relatório publicado pela Universidade de Georgetown em parceria com a Thomson Reuters acerca do mercado jurídico, o 2021 Report on the State of the Legal Market[1], a pandemia intensificou as mudanças das relações até então estabelecidas. O novo cenário instaurado trouxe a necessidade de adaptação com a automação de tarefas, implementação do trabalho remoto, redução de gastos, adoção de tecnologia e aumento da produtividade.

Diante da necessidade de maior eficiência, observa-se uma pressão crescente para que profissionais jurídicos sejam capazes de entender as regras de negócio de suas empresas ou clientes, conseguindo gerenciar riscos e identificar oportunidades com o auxílio de dados. A adoção de uma cultura data driven, transparente e colaborativa passa a ser uma realidade e a área de Legal Operations consolida tal conceito.

Em suma, escritórios e departamentos jurídicos precisam atuar em duas frentes: uma jurídica e outra operacional. A primeira envolve as atividades intrínsecas à advocacia de consultoria e assessoria jurídicas, englobando tarefas como elaboração de petições e análise de litígios. A segunda abrange todo o resto, como gerenciamento de recursos, planejamento estratégico, gestão de projetos, governança da informação e implementação de tecnologia. Tal frente se refere à área Legal Operations.

Legal Operations é uma área multidisciplinar que visa eficiência, economia e integração. A otimização de tarefas e entrega de melhores resultados decorre do desenvolvimento de três elementos[2]:

  1. Pessoas: as pessoas são o principal ativo das corporações. A equipe de Legal Operations deve ser composta por profissionais de diferentes segmentos que sejam guiados por dados, busquem melhoria contínua e possuam soft skills, como boa comunicação, empatia e resiliência;
  2. Processos: a área também é responsável por mapear e analisar todos os processos internos existentes, buscando reduzir ineficiências e conferir maior integração pela adoção de procedimentos operacionais padrão (POPs) e modelos customizados;
  3. Tecnologia: a tecnologia é a ferramenta essencial para o aprimoramento das relações ao possibilitar a automatização de tarefas repetitivas, bem como a criação e maior escalabilidade de novos processos que melhor se adequem à realidade de cada empresa ou escritório.

O escopo atual do profissional jurídico foi ampliado, se adaptando à mudança de mindset trazida pela denominada Advocacia 4.0[3]. O profissional passa a ter que possuir uma visão cada vez mais analítica e colaborativa, sendo capaz de entender o core business de sua empresa ou cliente ao apresentar resultados que não se restrinjam somente à questão jurídica em discussão, mas que tragam algum benefício para a empresa ou cliente como um todo. Além do conhecimento técnico, os advogados passam a se tornar verdadeiros profissionais do negócio.


[1] Georgetown University Law Center and Thomson Reuters Institute. 2021 Report on the State of the Legal Market.

[2] GUPTA, Komal. Digital Transformation in law: People, processes, and technology. Disponível em: < https://indianlegaltech.com/blog/digital-transformation-in-law-people-process-technology>. Acesso em 24 de maio de 2021.

[3] FEIGELSON, Bruno. Advocacia 4.0: sete características. Disponível em <https://ab2l.org.br/advocacia-4-0-sete-caracteristicas/>. Acesso em 24 de maio de 2021.

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