Matar ou Morrer
Por: jureale • 15/9/2015 • Resenha • 550 Palavras (3 Páginas) • 294 Visualizações
Faculdade de Ciências Empresariais
Julia Reale dos Santos Vilela
RESENHA
Introdução ao Estudo do Direito
Santo Antônio de Jesus – BA
2015
Julia Reale dos Santos Vilela
RESENHA
Introdução ao Estudo do Direito
Atividade requerida como forma de instrumento avaliativo da II Unidade do 1º Semestre do curso de Direito, sendo esta aplicada pela professora da disciplina Introdução ao Estudo do Direito.
Zully Borges.
Santo Antônio de Jesus – Ba
2015
ELUF, Luiza Nagib. Matar ou morrer: o caso Euclides da Cunha. Saraiva: São Paulo, 2009.
Luiza Nagib Eluf é advogada criminal, procuradora de Justiça de São Paulo aposentada, especializada na área criminal e integrou o Ministério Público Estadual de São Paulo de 1983 até o final de 2012.
Em 1990, fez parte do grupo de juristas que reformou o Código Penal de 1940. No ano de 1995 representou o Brasil, em Pequim como membro da delegação oficial na Conferência Internacional da Mulher, patrocinada pela ONU (Organização das Nações Unidas). Em 2001 foi responsável pela aprovação da lei do assédio sexual. Formou-se em direito pela Universidade de São Paulo (USP) em 1979. Nos anos 80 especializou-se na área criminal.
Luiza Eluf publicou três (3) livros: “Crimes contra os Costumes e Assédio Sexual” (1999), “A Paixão no Banco dos Réus” ( 2002), “Retrato, um romance jurídico” (2005) e a presente obra que em 2000 recebeu o prêmio de Mulher do Ano na área jurídica, concedido pelo Conselho Nacional da Mulher.
Este livro aborda a trajetória da vida e morte de Euclides da Cunha, envolvendo sua esposa Anna Emilia Solon, seus filhos e seu rival Dilermando de Assis com linguagem clara e precisa. A autora não só conta detalhadamente a história, como também dá informações técnicas sobre o processo e o julgamento do militar Dilermando de Assis. O resultado é a contextualização social de uma época conservadora baseada em valores patriarcais.
Autor de “Os sertões”, Euclides da Cunha teria sido supostamente morto em um duelo com um cadete do exército, Dilermando Cândido de Assis, amante de sua esposa Anna Assis. Ao tentar disparar contra o amante de sua esposa, foi alvejado mortalmente com um tiro deferido pelo mesmo que já era campeão desta modalidade no exército. Agravou-se com a morte de Euclides da Cunha Filho, quando também ele tentava lavar a honra do pai. Tais crimes impactaram a sociedade da época, dado a grande influência da vítima e de seus inúmeros serviços prestados à nação.
No desenrolar dos fatos, Dilermando foi preso, julgado e absolvido, sendo o crime caracterizado de legítima defesa. A sociedade, no entanto, não recebeu esta decisão satisfatoriamente.
Este fato ocorreu no início do século XX e revelou uma reação enfurecida de um povo frente ao crime de adultério, aproveitando para reforçar o controle comportamental da mulher. Os resquícios desta ira atravessaram o século XX, refletindo os artifícios para manterem a opressão sobre seus membros. É sabido que Dilermando sofreu algumas retaliações no que se referiam a sua promoção profissional, além das discriminações sofridas pelos seus filhos com Ana Assis.
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