O Background da Cultura
Por: bamontteiro • 4/6/2019 • Resenha • 906 Palavras (4 Páginas) • 118 Visualizações
Antropologia Teologia B
Aline Albuquerque
Andrezza Tortorella
Bárbara Monteiro
Mauricio Apolinário
O Background da cultura
O presente trabalho trata-se do Capítulo V – O Background da cultura que faz parte do livro O homem: uma introdução a antropologia do autor Ralph Lindon. No início do capítulo são apresentados os termos “comportamento instintivo” e “comportamento adquirido”. O autor explica que os insetos têm uma capacidade muito limitada para aprender, entretanto ele mostra que parece não haver limite para a complexidade de padrões de comportamento que podem ser transmitidos pelo plasma germinativo. Lindon também afirma que “os insetos são a única forma de vida capaz de competir com os homens em termos que se podem chamar de igualdade”, isso se deve ao fato de que os insetos possuem formas complexas de comportamento automático que funcionam de forma eficiente e suave, pois eles ampliaram seus instintos.
Ao contrário dos insetos que se compõe de grande número de indivíduos de vida curta, de elevada reprodutividade, com pequeno intervalo entre as gerações; os animais vertebrados terrestres se compõe de número relativamente pequeno de indivíduos de vida longa e que se reproduzem lentamente. Pelas condições enfrentadas, os vertebrados terrestres desenvolveram métodos para transmitir de geração a geração, independentemente do plasma germinativo, o comportamento adquirido, tornando-se capazes de aprender também uns com os outros e não só pela experiência própria. Isso acarretou em uma gradativa mudança das relações entre genitores e descendentes. O autor explica que quanto mais alto um mamífero estiver na escala evolutiva, mais longo irá ser o período de cuidados paternais. Os instintos são vistos como mais úteis no começo da vida do indivíduo, antes que ele possua oportunidade de aprender. Lindon mostra que nas formas animais, como por exemplo os homens, em que o período de cuidados dedicado ao filho é longo, verifica-se que o comportamento instintivo é reduzido ao mínimo, de modo que quanto mais completo forem os cuidados recebidos no começo da vida, na infância, menos abundantes serão os instintos.
Em um ponto do capítulo o autor esclarece a comunicação entre os indivíduos, pois quando se trata de comportamento adquirido, segundo ele “era preciso que existisse uma maneira qualquer pela qual os que soubessem o que devia ser feito pudessem transmitir aos que não soubessem, o significado da situação e a desejabilidade de ação.” Entretanto, no mundo animal, existem apenas pouquíssimos e leves traços precursores da linguagem. O autor dá como exemplo os Simiidae que produzem uma variedade de ruídos vocais que expressam estados de emoção. Quando se trata de transferências de comportamento, a maioria resulta da imitação. Porém, a capacidade de imitar muda de espécie para espécie e varia de acordo com a idade do indivíduo. O autor diz que um chimpanzé irá aprender mais observando outro chimpanzé do que um ser humano.
Em todos os mamíferos, o comportamento individual total compõe-se de três elementos: comportamento instintivo, comportamento resultante da experiência individual e comportamento aprendido com outros indivíduos.
Por fim, o autor diz que ainda não se grafou um termo especial que designe a herança social dos animais. Para os seres humanos essa herança é chamada de cultura. Na concepção do autor o que tornou humana nossa espécie foi a cultura. Segundo ele, sem a presença da cultura para conservar as vitórias passadas e moldar cada geração sucessivamente, o homem não seria nada a mais que um Simiidae terrestre, irmão do chimpanzé e do gorila, apenas ligeiramente diferente em estrutura e ligeiramente mais inteligente.
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