O DESCRIÇÃO DO CASO
Por: allcxs • 24/5/2022 • Trabalho acadêmico • 934 Palavras (4 Páginas) • 99 Visualizações
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SINOPSE DO CASE: Inferno Astral[1]
Alícia Maria Rosendo Fernandes[2]
Arnaldo Vieira Sousa[3]
1 DESCRIÇÃO DO CASO
O engenheiro de software João Bidu resolveu aplicar seu currículo para um cargo de uma empresa em São Paulo, a empresa Aquarium, comprovando ter a experiência profissional necessária. Mas, após apresentar todas as certificações exigidas, a equipe seletiva da empresa decidiu não contrata-lo por conta da última etapa anunciada pela empresa, uma entrevista em que os responsáveis solicitaram do mesmo informações como data, horário e local de nascimento, na qual foi constatado que João era do signo de escorpião, caracterizados pela personalidade forte e propensão a oscilação de humor.
Dessa maneira, questiona-se se a empresa Aquarium tem razão em utilizar a astrologia como fundamentação de suas razões para desqualificação de João na vaga de emprego.
2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CASO
2.1 Descrição das decisões possíveis
2.1.1 A empresa Aquarium tem razão em utilizar a astrologia como fundamentação de suas razões para desqualificação de João na vaga de emprego.
2.1.2 A empresa Aquarium não tem razão em utilizar a astrologia como fundamentação de suas razões para desqualificação de João na vaga de emprego.
2.2 Argumentos capazes de fundamentar cada decisão
2.2.1 A empresa Aquarium tem razão em utilizar a astrologia como fundamentação de suas razões para desqualificação de João na vaga de emprego.
De início, devemos levar em consideração o ponto de vista da psicóloga Adriana Venuto(1999), que afirma em seu livro A Astrologia como Campo Profissional e Formação que o conhecimento astrólogo está ligada ao campo simbólico, sendo uma linguagem, uma arte, e tem uma sintaxe própria compreendendo várias áreas de conhecimento (a ciência tradicional, a mitologia, a filosofia, e a psicanálise). Na terceira forma, que é, de fato, aquela institucionalizada, a astrologia é apontada como um saber religioso que sofre influência das mais variadas "tradições religiosas e esotéricas". Para os indivíduos desse grupo, o astrólogo assemelha-se a um conselheiro espiritual.
A partir disso, compreendendo a astrologia não como um conhecimento científico e sim filosófico, espiritual ou pseudocientífico, a empresa Aquarium tem total liberdade de utilizar a astrologia como fundamentação de suas razões para desqualificação de João na vaga de emprego pois, assim como assegura o art. 5°, VI, da Constituição Federal, é inviolável a liberdade de consciência e de crença, e deve ser visto como um direito que deve ser respeitado.
2.2.2 A empresa Aquarium não tem razão em utilizar a astrologia como fundamentação de suas razões para desqualificação de João na vaga de emprego
Cristina de Amorim Machado (2003) descreve em seu livro Considerações acerca da cientificidade da astrologia à luz das ideias de Popper, Kuhn e Feyerabend que o postulado fundamental de qualquer astrologia é que há uma relação entre um determinado conjunto de eventos celestes, concebidos do ponto de vista geocêntrico, e certos eventos terrestres, tratando-se, portanto, de um saber coeso, cuja finalidade seria entender os acontecimentos na Terra por meio da suposta relação com certos fenômenos regulares e previsíveis que ocorrem no céu. Porém, na contemporaneidade, a mídia com suas narrativas traz outra perspectiva relacionada a astrologia, em que ela se torna um produto a ser comercializado futilmente, sobretudo como forma de entendimento pessoal, para aqueles que acreditam nas influências astrológicas. Segundo Plotino (1966), “O movimento dos astros indica os eventos futuros, e não os produz, como se crê frequentemente”
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