O DIREITO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO
Por: Matheus Silva • 3/11/2022 • Resenha • 850 Palavras (4 Páginas) • 84 Visualizações
TDE: DIREITO DAS RELAÇÕES DE CONSUMO
Aluno: Matheus Nascimento Silva
Turma: 7° A - Manhã
O documentário “Cultura do Desperdício – Por uma sociedade mais consciente”, produzido em 2017 e resultado de uma parceria da ONG Banco de Alimentos, Rabobank Brasil e Ministério da Cultura, trata-se de uma obra cinematográfica que critica o desperdício de alimentos e foca em retratar assuntos referentes ao o consumo consciente de alimentos na sociedade, além de explorar o conceito de sustentabilidade.
O filme tem 52 minutos de duração e busca a todo o momento a conscientizar os espectadores a respeito do desperdício em toda a cadeia produtiva de alimentos, abordando temas como a economia circular, a economia compartilhada e trazendo reflexões sobre as novas formas de relacionamento do ser humano com o consumismo.
A priori, o documentário é didático e lúdico, e esse fator permite que estejamos sempre concentrados, impedindo o desvio da atenção.
As músicas, as mudanças de quadro e o foco em imagens/vídeos autoexplicativos impedem o tédio de "apenas" ouvir pessoas experientes discorrendo sobre o assunto.
Posto isso, as ideias de conscientização que o documentário traz desperta os ouvintes sobre pequenas práticas - que podem ser mudadas - prejudiciais ao planeta terra. Como foi retratado, basta estar vivo para fazer parte da mudança, todos podem contribuir com a diminuição do desperdício alimentar e atenuar os efeitos de uma má gestão dentro de sua própria casa, começando a fazer o básico, como comer todo alimento que colocou no prato, a fim de evitar-se o desperdício exacerbado.
O Brasil por ser um dos maiores produtores agrícolas é também um dos países com maior índice de desperdício de alimentos. Os problemas causados vão além da perda dos produtos, sendo um dos maiores fatores que promovem a fome de parte da população. A sociedade não toma posicionamento quanto a isso, o que faz com que ocorra a perpetuação de uma cultura do desperdício.
Atualmente mais de 800 milhões de pessoas passam fome no mundo inteiro, cerca de 52 milhões apenas no Brasil,, enquanto 30% dos alimentos produzidos são desperdiçados ao longo da cadeia de produção alimentar, equivalente a 1,3 bilhão de toneladas de alimentos próprios para consumo jogados no lixo.
São produtos que se perdem no transporte ou não são vendidos porque não atendem a algumas exigências de comercialização. De acordo com o IBGE quase metade dos desperdícios tem origem do transporte e manuseio dos alimentos, encarecendo o valor desses itens.
Em vista disso, o documentário defende que é necessário adotarmos uma mudança de comportamento na sociedade, mudança que deve vir tanto dos indivíduos quanto das empresas, tendo em vista que as instituições geram um impacto muito maior para influenciar outras pessoas a deixarem o consumo exagerado de lado.
Esse desperdício que ocorre diariamente faz parte de uma cultura já estabelecida na sociedade que determina como lidamos com o alimento que temos à mesa. Existe a noção de que “é melhor sobrar do que faltar”, fazendo com que a comida seja jogada fora, ao invés de chegar para quem mais necessita e tornando claro que o tratamento quanto ao desperdício é quase nulo.
Segundo os produtores do curta-metragem, o modo que os indivíduos agem pode ser explicado pelo fator da ação tradicional, costumes adquiridos por tradições familiares, que são realizados quase que automaticamente. Portanto a cultura do desperdício vem sendo passada por gerações sem que sequer seja percebida.
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