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O Fichamento de Aristoteles - Livro 1 e 3

Por:   •  27/2/2022  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.389 Palavras (6 Páginas)  •  126 Visualizações

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ARISTÓTELES. Política. Tradução de Mario da Gama Kury. Brasília, Universidade de Brasília, c

1985.

PALAVRAS-CHAVE: Natureza, Governo, Cidade, Estadista, Oligarquia, Legislador, Judicial,

Democracia, Constituição, Cidadão, Lei, Politica, Justiça, Poder.

CONTEÚDO:

1253 a. “Como costumamos dizer, a natureza nada faz sem um proposito, e o homem é o único

entre os animais que tem o dom de falar”.

1254 a. “Mandar e obedecer são condições não somente inevitáveis, mas também convenientes”.

1275 b. “Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nem nada menos que pelo direito

de administrar justiça e exercer funções públicas”.

1275 b. “Cidadãos são aqueles que podem exercer tais funções públicas”.

1277 b. “Um governantes só pode governar depois de ser governado”.

1279 b. “Costumamos chamar de reino uma monarquia cujo objetivo é o bem comum”.

1986 b. “O ponto de partida de nossa investigação é perguntar se é mais conveniente ser

governado pelos melhores homens ou pelas melhores leis”.

RESUMO: Cidade é a chamada comunidade politica. Quem manda em poucas pessoas é

denominado chefe de família, em mais pessoas, dono de uma propriedade, e um número bem

maior é um estadista ou rei, como se não houvesse diferença entre uma grande propriedade e uma

cidade, mesmo pequena. Quando o governo segue os princípios da ciência politica e os cidadãos

ora governam, ora é governado, seu chefe é um estadista; mas estas ideias não correspondem á

verdade.

Segundo Aristóteles, quem pode usar seu espírito para prever é naturalmente um

comandante (senhor) e quem pode usar o seu corpo para prover é naturalmente um escravo, os

dois tendo o mesmo interesse, assim, comparando a mulher e o escravo, são diferentes por

natureza.

A cidade é uma criação natural, e que o homem é por natureza um animal social, não

acidentalmente, e a não parte dele em alguma cidade o torna desprezível. Existe naturalmente em

todos os homens o impulso para participar de tal comunidade, e o homem que pela primeira vez

uniu os indivíduos assim foi o maior dos benfeitores.

Uma família é considerada perfeita quando é constituída por escravos e pessoas livres, tendo

o senhor como principal membro. Os bens são um dos elementos constituintes da família e a arte

de enriquecer é parte da função do chefe de família, ou seja, do senhor. Alguns seres, com efeito,

desde a hora de seu nascimento são marcados para ser mandados ou para mandar, há várias

espécies de superiores ou de súditos, e o mando é tanto mais nobre quanto mais elevado é o

próprio súdito.

A cidade é o objetivo de um legislador e estadista, a cidade (multidão de pessoas) faz parte de um

todo, mas se compõem de muitas partes. Então, crianças, estrangeiros e idosos não são

consideradas cidadãos. As crianças por não terem idade suficiente, os idosos por terem mais idade

e os estrangeiros por pensarem apenas em seus próprios países.

Um cidadão só pode ser considerado “cidadão” quando exerce alguma função pública. E

essa designação serve apenas para a democracia, “Aquele que tem o direito de participar da

função deliberativa ou da judicial é um cidadão da comunidade na qual ele tem esse direito, e esta

comunidade (cidade) é uma multidão de pessoas suficientemente numerosa para assegurar uma

vida independente na mesma”.

Na prática, porém, a cidadania é limitada ao filho de cidadãos pelo lado do pai e pelo lado da

mãe, e não por um lado só. Cada cidadão se preocupa na segurança de sua sociedade que é

estabelecida pela constituição, mas é impossível que todos possuam a bondade de um homem

bom, se não é necessário que todos os cidadãos sejam homens bons em uma cidade boa.

O discernimento é a única qualidade especifica de um governante, pois as outras qualidades

geralmente parecem necessárias aos governados e aos governantes; a sinceridade de opinião, e não

ao discernimento, é a qualidade distintiva do governado.

Nem todas as pessoas necessárias á existência de uma cidade devem ser contadas entre os

cidadãos, os filhos dos cidadãos não são considerados cidadãos por não terem idade suficiente.

De fato, antigamente, a classe dos artífices em algumas cidades era constituídos de escravos ou

estrangeiros (a definição das qualidades do cidadão só são aqueles isentos das atividades de

serviço → nas atividades de serviço, aqueles que prestam seus serviços a um indivíduo são

escravos, e os que prestam à comunidade são artífices ou assalariados).

Uma constituição é o ordenamento de uma cidade quanto às suas diversas funções de

governo. O governo em toda parte detém o poder soberano sobre a cidade, e a constituição é

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