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O MARKETING JURÍDICO DIGITAL E OS LIMITES IMPOSTOS PELO CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

Por:   •  2/12/2019  •  Projeto de pesquisa  •  3.988 Palavras (16 Páginas)  •  240 Visualizações

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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

GABRIELLA CARDOSO DE SOUZA

O MARKETING JURÍDICO DIGITAL E OS LIMITES IMPOSTOS PELO CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

SÃO PAULO

2018


GABRIELLA CARDOSO DE SOUZA

O MARKETING JURÍDICO DIGITAL E OS LIMITES IMPOSTOS PELO CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção de título de Graduação do Curso de Direito da Universidade Anhembi Morumbi.

Orientador: Claudia Loureiro

SÃO PAULO

2018

 

INTRODUÇÃO

A pesquisa analisa os aspectos do marketing jurídico digital e os limites impostos pelo código de ética.

O tema apresentado vem se tornando extremamente importante na área jurídica, pois a concorrência cresce cada vez mais em todos os setores do mercado de trabalho, principalmente no que diz respeito aos escritórios de advocacia, devido ao grande número de novos profissionais e altas demandas. Por isso, deve-se obter um ou mais diferenciais que os tornem competitivos diante dos seus concorrentes, ou seja, precisam de um planejamento estratégico focado em seu crescimento.

O Marketing surgiu em 1900 e nada mais é que estratégias, práticas e técnicas que agregam valor a produtos, marcas ou pessoas, atingindo um público alvo específico. Já, o marketing jurídico, começou a tomar maior proporção e interesse em 2003, com Rodrigo Bertozzi.

Nesse sentido, comenta Bertozzi (2002, p. ):

(...) O marketing jurídico é o conjunto de estudos, análises, planejamento, estratégias e ações desenvolvidas pelos escritórios de advocacia para encontrar e manter clientes e desenvolver relacionamentos lucrativos com eles”.

De modo geral, o marketing engloba preço, praça, produto e promoção, porém, na área jurídica, existem algumas restrições impostas pelo código de ética da OAB 2016, que buscam manter a seriedade da advocacia, proibindo algumas práticas de propaganda, como o fornecimento de dados de contato (e-mail e telefone) e a veiculação por meios clássicos, como rádio, cinema, outdoor, televisão, muros, elevadores, veículos e panfletos.

As estratégias de marketing, hoje em dia, são realizadas, em sua maioria, através da internet. E seguindo esta linha, em 2016, o código de ética foi atualizado e incluiu as mídias sociais nas formas de divulgação do trabalho dos profissionais da área. Foi um avanço para todos aqueles que pretendiam divulgar seu trabalho indiretamente, através de artigos em formatos de ‘posts’ nas redes sociais, ampliando a visibilidade do seu negócio e atingindo o maior número de possíveis clientes. Pois, atualmente, 90% da população brasileira têm acesso e procura por serviços utilizando estas plataformas virtuais. Ressaltando que, estes artigos não devem induzir o leitor a litigar nem promover a captação direta de clientes.

Há divergência a respeito do assunto, pois uma parte dos profissionais criticam a publicidade como forma de obtenção de novos clientes, através das mídias sociais e também pelas vias comuns, pois julgam como banalização do serviço jurídico. Porém, visto que o Brasil possui mais de 1 milhão de advogados, segundo a OAB, os profissionais da área devem atentar-se aos novos meios de divulgação, especialmente o digital. Há diversas formas de utilizar o marketing em pró do serviço jurídico sem que infrinja a legislação e banalize o serviço jurídico, através de estratégias direcionadas ao público alvo e estudos aprofundados sobre cada caso em específico, utilizando um planejamento estratégico individualizado.

Quando falamos em marketing, de forma específica, temos diversos subsegmentos, como o marketing pessoal, o inbound marketing, endomarketing, marketing de relacionamento e marketing digital. Todos estes podem ser utilizados na área jurídica, para aumentar o lucro e a percepção de valor do escritório e do advogado, sempre visando atingir seu público alvo, neste presente trabalho o foco será voltado ao marketing digital.

Conforme a atualização das mídias sociais e a evolução da tecnologia, podemos observar que a prática de marketing jurídico vem crescendo, porém, a partir das regras impostas pela lei, deve se tomar cuidado ao colocar em prática algumas estratégias e estudá-las minuciosamente, para que estas não infrinjam o código de ética da OAB.

A problemática do estudo analisa se os limites código de ética interferem na captação indireta de clientes através do marketing digital.

Quanto ao objetivo geral o estudo analisa se o código de ética aumenta a captação de clientes. Quanto aos específicos analisam, as hipóteses se apoiam nas reflexões de Bertozzi que apoiam a utilização do marketing digital de forma que não ultrapasse os limites da legislação, analisando também as opiniões contrárias dos profissionais da área jurídica, que criticam esta forma de publicidade se apoiando ao contexto de que seria uma banalização da profissão.

A metodologia do estudo será desenvolvida a partir de pesquisa exploratória e bibliográfica, consiste na consulta a livros, revistas, artigos e outras fontes que ajudarão a sustentar e esclarecer os aspectos teóricos da temática. Os estudos exploratórios são, geralmente, acompanhados de uma pesquisa bibliográfica, que tem por finalidade fundamentar teoricamente o estudo realizado, por meio da apresentação de argumentos e dados arrolados por estudiosos que avaliaram questões similares.

Quanto ao instrumental teórico o estudo se apoia nas reflexões de Rodrigo Bertozzi, Philip Kotler, José Renato Nalini, Francisco Gracioso, Francesc Dominguez, Marcelo Martins Borges, além do Código de Ética e Disciplina da OAB.

O estudo está dividido em três capítulos. O primeiro analisa o código de ética e disciplina da ordem dos advogados do brasil e a deontologia jurídica e a ética do profissional: conceito e aspectos, o código de ética, origem, evolução e seus avanços.

O segundo capítulo analisa o marketing e publicidade na advocacia, a publicidade na advocacia, o código de ética e disciplina da OAB: influências e opções, o advogado na era digital, o conceito de marketing jurídico, a evolução do marketing, o marketing digital, limites ao marketing jurídico digital, o reconhecimento do advogado, os meios de comunicação social e presenças públicas, patrocínio de eventos e atividade digital. Analisa também as alternativas do marketing digital, o valor agregado à marca, marketing de conteúdo e redes sociais.

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