O PAPEL DA ATIVIDADE JURISPRUDENCIAL NA "SOCIEDADE ÓRFÃ"
Por: dai29038787 • 27/8/2020 • Ensaio • 366 Palavras (2 Páginas) • 211 Visualizações
JUDICIÁRIO COMO
SUPEREGO DA SOCIEDADE
O PAPEL DA ATIVIDADE JURISPRUDENCIAL
NA "SOCIEDADE ÓRFÃ"
Ingeborg Maus
Tradução do alemão: Martonio Lima e
Paulo Albuquerque
A Crítica é feita a partir da jurisprudência constitucional alemã, afirmando que com uma interpretação principiologica e aberta, feita pela Corte, a autonomia dos indivíduos e a soberania do povo acaba sendo comprometida.
Maus menciona que a Corte Alemã toma o papel de pai e começa a julgar de acordo com a moral e não com a lei.
Assim, a jurisprudência e o Poder dado aos juízes, agora tratados como pais ditadores da moral aos indivíduos, julgam com clausulas gerais, conceitos indeterminados e lacunas que não tem relação com a Lei ou a Constituição, seriam normas suprapositivas?
A sociedade precisa de um órgão que exerce um papel moral, pois decidem de forma máxima e criam direitos além da lei.
O Direito então perderia sua legitimidade, pois perde papel de boca da lei, para inventar o próprio direito. Afirma:
Não se trata simplesmente da
ampliação objetiva das funções do Judiciário, com o aumento do poder da
interpretação, a crescente disposição para litigar ou, em especial, a
consolidação do controle jurisdicional sobre o legislador, principalmente
no continente europeu após as duas guerras mundiais4. Acompanha essa
evolução uma representação da Justiça por parte da população que ganha
contornos de veneração religiosa
No tocante ao papel paternal, menciona os Estados Unidos, pois os juízes neste país possuem vastas biografias, e acabam se tornando verdadeiras bíblias, e estes considerados Deus.
O retorno mais marcante da imagem do pai parece revelar-se no exame
da jurisdição constitucional dos Estados Unidos. Nesse país, que já desenvolvera um modo original de controle judicial da constitucionalidade desde o
começo do século XIX, tal retorno é indicado pelo surgimento de uma vasta
literatura a respeito de biografias de juizes. Na visão retrospectiva do século
XX, a jurisprudência da Suprema Corte norte-americana apresenta-se como
obra das marcantes personalidades de juizes que fizeram sua história
constitucional7, os quais aparecem como "profetas" ou "deuses do Olimpo
do direito".
Quando o judiciário toma para si o papel de pai, ele cria um papel moral na sociedade, se torna um super poder, segundo o autor, crítica as cláusulas abertas com boa-fé, por exemplo.
A pergunta
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