O Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde
Por: Thiago Silva • 8/3/2021 • Pesquisas Acadêmicas • 1.995 Palavras (8 Páginas) • 108 Visualizações
1. Objetivo: Estabelecer as diretrizes adotadas no Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). O programa normatiza o manuseio, segregação, embalagem, coleta e destino final dos resíduos resultantes das atividades do Laboratório. O PGRSS objetiva:
- Reduzir a quantidade de resíduo infectante gerado através da correta segregação que impede a contaminação cruzada entre os diferentes tipos de resíduos.
- Conscientizar os funcionários sobre a importância de identificar, classificar e coletar corretamente os resíduos produzidos.
- Proteger a saúde dos funcionários.
- Proteger o meio ambiente e a saúde pública.
2. Definição: conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas, técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a geração de resíduos e proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores e a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. (RDC N°222, de 28 de Março de 2018).
3. Classificação dos resíduos gerados no Laboratório segundo a RDC N°222, de 28 de Março de 2018:
GRUPO A
Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas características, podem apresentar risco de infecção.
A1
- Culturas e estoques de micro-organismos;
- Resíduos de fabricação de produtos biológicos, exceto os medicamentos hemoderivados;
- Descarte de vacinas de microrganismos vivos, atenuados ou inativados;
- Meios de cultura e instrumentais utilizados para transferência, inoculação ou mistura de culturas;
- Resíduos de laboratórios de manipulação genética.
-Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos, recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo sangue ou líquidos corpóreos na forma livre.
A4
- Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e secreções.
- Recipientes e matérias resultantes do processo de assistência à saúde, que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma livre (algodão, coletor de urina, espéculos descartáveis, luvas, alças descartáveis).
-
GRUPO B
Resíduos contendo produtos químicos que apresentam periculosidade à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade, mutagenicidade e quantidade.
- Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfestantes; resíduos contendo metais pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes.
- Efluentes dos equipamentos utilizados em análises clínicas.
- Demais produtos considerados perigosos tóxicos, corrosivos e inflamáveis (álcool, formol, acetona, etc).
GRUPO D
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares.
- Papel de uso sanitário, fraldas e absorventes higiênicos
- Sobras de alimentos
- Resíduos de varrição
- Resíduos provenientes de áreas administrativas (papéis)
- Caixas de papelão e isopor
- Copos descartáveis
GRUPO E
Materiais perfurocortantes ou escarificantes. LABORATÓRIO
Programa de Gerenciamento de Resíduos MA-GQU-002 Página 2 de 5 Versão: 0.9
- Agulhas
- Ampolas de vidro
- Lancetas
- Tubos capilares
- Pipetas
- Lâminas e lamínulas
- Espátulas
- Ponteiras de micropipetas
- Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
4. Acondicionamento dos resíduos gerados no Laboratório: Os resíduos sólidos são embalados em sacos plásticos resistentes à ruptura e vazamento. Os sacos ficam em recipientes (lixeiras) de material plástico resistente, lavável e com cantos arredondados. Os resíduos líquidos são armazenados em recipientes constituídos de material compatível com o líquido armazenado, resistente, lavável e vedado.
5. Identificação dos resíduos gerados no Laboratório: A identificação dos resíduos fica exposta nos recipientes de coleta e/ou nos sacos plástico conforme o tipo de resíduo:
GRUPO A: Identificado pelo símbolo de substância infectante no saco plástico e no recipiente de coleta.
GRUPO E: Identificado pelo símbolo de resíduo infectante acrescido dos dizeres “Resíduo Perfurocortante”.
GRUPO D: Os resíduos recicláveis são colocados em sacos verdes e dispostos em lixeiras identificadas com o símbolo de material reciclável. Os demais resíduos desse grupo são colocados em sacos pretos dispostos em lixeiras identificadas com os dizeres “Lixo Comum”.
6. Coleta interna: A coleta interna consiste no translado dos resíduos do ponto de geração até o armazenamento temporário destinado a apresentação para a coleta externa. A coleta interna é realizada em sentido único, não coincidente com períodos de fluxo de pessoas, por pessoal do Laboratório instruído para a função em horários pré-definidos. Os funcionários executam a tarefa providos dos EPI´s necessários tais como: luvas, avental e sapato fechado de material resistente.
7. Armazenamento temporário dos resíduos no Laboratório: Devido ás dimensões do Laboratório e postos de coleta e o volume de resíduos gerados, os locais de armazenamento temporário são compartilhados com as “salas de utilidades”. As salas contêm um local específico onde ficam os recipientes coletores para posterior destinação final.
8. Tratamento de resíduos no Laboratório: O Laboratório terceiriza o processo de coleta e tratamento dos resíduos de serviços de saúde. Toda vez que for realizado recolhimento pela empresa terceirizada, o laboratório deverá emitir o Manifesto de Transporte de Resíduos conforme Portaria da FEPAM nº 33 de 23/04/2018, onde todos os resíduos enviados à empresa deverão ser descritos e deverá ser registrada sua quantidade.
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