O Relacionamento com os Colegas

Relacionamento com os Colegas

O tempo passado na Universidade é considerado o mais proveitoso e marcante na vida dos estudantes das mais diversas áreas profissionais. As amizades formadas no âmbito acadêmico trazem consigo, uma bagagem de extrema importância na construção da personalidade tanto profissional, como pessoal, visto que com a diversidade de ideologias e princípios, o estudante passa a respeitar opiniões contrárias a sua, contribuindo assim para uma formação ética e respeitando o princípio da dignidade da pessoa humana.

O autor Nalini, pontua que “a massificação do ensino fez com que algumas práticas fossem relegadas”. Segundo o autor, no passado os universitários formavam reais laços de afeto, seguindo-se assim, a amizade para o resto da vida. Para o autor, nos dias de hoje os colegas de turma estão mais interessados em pagar a mensalidade, participar de festa apenas com o intuito de uma interação superficial, sem na verdade ter interesse de construir laços genuínos de amizade.

O modelo de ensino, hoje pautado na concorrência em função de uma sociedade capitalista, fez com que colegas da mesma classe passem anos se preocupando apenas com projetos de pesquisa, ou a inserção no mercado de trabalho, sem nem despertar o interesse de conhecer colegas da mesma classe. Como aduz Nalini, seus colegas são “passageiros transitórios da nave mercantil que se propôs a dar-lhes um diploma”.

Os deveres éticos para com o colega é conhecê-lo, saber seu nome, ter uma maior participação na sua vida e buscar ser solidários, dentro e fora do âmbito acadêmico. Ao se deparar com um colega angustiado, o outro deve ser motivado pela ética do coleguismo, e procurar ajudar o outro a diminuir o desconforto. Deve-se também buscar o respeito as diferenças, pois cada pessoa possui pensamentos e personalidades únicas. O preconceito deve ser combatido, visto que o mesmo obscurece o sentido de igualdade no âmbito jurídico.

A Ética do Estagiário

O estágio é algo essencial para que o estudante coloque em prática toda a teoria que aprendeu durante o curso. O estágio profissional é disciplinado na Lei 8.906, de 04 de Julho de 1994, pelo Estatuto de Advocacia da OAB. A referida Lei dispõe em seu art. 3º que “o exercício da atividade de advocacia no território brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advogados do Brasil – OAB. A mesma norma ainda disciplina em seu art. 3º, § 2º que “o estagiário de advocacia, regularmente inscrito, pode praticar os atos previstos no art. 1º, na forma do Regulamento Geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste”. Ou seja, o estagiário poderá fazer postulação a órgão do Poder Judiciário e aos juizados especiais, como também praticar as atividades de consultoria, assessoria e direção jurídicas.

Compete também, isoladamente ao estagiário retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga, obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos e assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos.

. Com o estágio, se inicia a vida profissional do estudante de direito, com a exigência de cumprimento de regras e prazos e a concorrência é algo constante. O estudante começa a perceber a hierarquia que aqui existe, como também a respeitar e ter compromisso com as regras que lhe são impostas.

As empresas que empregam estagiários também desempenham importante função na vida profissional dos estudantes, visto que são elas que dão as informações iniciais e ensinam os valores básicos que aqueles devem desempenhar na relação profissional.

Relacionamento com os Professores

Para lecionar no Curso de Direito, são selecionados profissionais de justiça de diversas carreiras, como por exemplo, juízes, advogados, magistrados do ministério público, entre outros. A relação do professor com seus alunos é de fundamental importância para a Educação, pois a partir da forma de agir do mestre é que o aprendiz se sentirá mais receptivo à matéria. A reciprocidade, simpatia e respeito entre professor e aluno proporcionam um trabalho construtivo, em que o educando é tratado como pessoa e não como número, ou seja, mais um.