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O crime de homicídio culposo de 18 anos só porque ela estava grávida

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Por:   •  6/9/2013  •  Artigo  •  480 Palavras (2 Páginas)  •  375 Visualizações

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delegada Ana Luiza Nogueira confirmou ao G1, na manhã desta sexta-feira (6), que pelo menos um policial civil envolvido no caso Roberta Dias, que desapareceu grávida há mais de um ano em Penedo, já está preso.

A jovem estava grávida de três meses quando sumiu, no dia 11 de abril do ano passado, depois de sair de casa para ir ao médico, no centro da cidade.

Além do policial, outros suspeitos foram detidos em uma operação realizada naquele município nesta manhã. De acordo com o delegado Cícero Lima, que acompanhou as investigações, a mãe do adolescente que seria o pai do bebê que Roberta esperava, e não teve o nome revelado, pagou R$ 30 mil para a execução do crime. A polícia tem um mandado de prisão contra ela, que já é considerada foragida.

O delegado disse que as investigações da polícia apontam os policiais civis Gledson Oliveira e Idalino, que trabalharam em Penedo e atualmente estavam e Coruripe e Arapiraca, respectivamente, de terem participado da execução da jovem. Também foi preso um homem conhecido como “Dido Som” e, há alguns dias, outro conhecido por “Neguinho do Pedro Melo”. Segundo o delegado, o "Dido Som" seria dono do carro que levou Roberta no dia em que ela desapareceu.

Lima contou que uma testemunha do caso, identificada apenas por Sérgio Bento, teria visto Roberta entrar no veículo. O homem foi assassinado alguns meses após o crime. Dessa morte, o delegado disse que são suspeitos o policial Oliveira e uma pessoa identificada como Bira.

Em uma entrevista a uma emissora de rádio de Maceió, o secretário de Estado da Defesa Social, Dário César, lamentou o envolvimento de policiais no caso. "Foi um crime bastante fútil, matar uma pessoa de 18 anos só porque ela estava grávida. O crime chocou toda a população e eu fico bastante consternado e triste com o envolvimento de policiais no crime. Dói cortar a própria carne prender esses policiais, mas é pelo bem de Alagoas", afirmou Dário César.

Entenda o caso

Roberta, na época com 18 anos, foi vista pela última vez em um ponto de ônibus depois de deixar uma unidade de saúde. Alguns dias antes de sumir, ela havia revelado aos pais que estava grávida. Após o seu desaparecimento, um adolescente de 17 anos foi investigado pela polícia porque testemunhas contaram que ele seria o pai do bebê que a estudante esperava. Ele e a família teriam pressionado Roberta para que fizesse um aborto, mas, segundo a polícia, o adolescente disse em depoimento que mudou de ideia e que assumiria o filho após exame de DNA.

Deic assume investigações

Desde que Roberta desapareceu, a família divulga fotos com apelos nas redes sociais para descobrir seu paradeiro. Até uma recompensa foi oferecida para quem pudesse dar alguma pista. A mãe da jovem contou que chegou a fazer dois exames de DNA para serem comparados ao material genético de corpos que tinham características semelhantes à Roberta.

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