ORIENTAÇÕES GERAIS DO PROJETO DE MONOGRAFIA OU ARTIGO CIENTÍFICO

ORIENTAÇÕES GERAIS DO PROJETO

 DE MONOGRAFIA OU ARTIGO CIENTÍFICO

Prof. Ms. Eurípedes B. de F. e abreu

1. TÍTULO: Sintetiza o conteúdo da pesquisa. Está relacionado ao tema e a sua delimitação mas, o título, não é o tema. Pode conter subtítulos.

2. TEMA:

2.1 – O que é tema: é o assunto que vai ser desenvolvido. Deve conter uma breve exposição acerca do escopo do projeto, a circunscrição do problema a ser tratado e a indicação clara de seus limites.

2.2 – Delimitação do tema: Na enunciação final do tema deve ficar explicitado não só o assunto a ser tratado mas seu campo de estudo e limites, de modo a tornar claras as variáveis relevantes que serão investigadas, bem como o tipo de relação que se pretende estabelecer entre elas.

Quanto ao campo de estudo e as variáveis, podem ser considerados: população (idade, sexo); tipo de conduta a ser estudada; local (cidade, Estado, país); circunstâncias (momento, contexto ou situação a ser considerados), tempo.

Obs: é fundamental precisar o significado, extensão e limites de cada elemento que compõe o enunciado do tema.

3. PROBLEMA: É a indicação exata da dificuldade ou questão que se pretende resolver. Esta dificuldade deve ser formulada de modo claro e operacional, delimitando sua abrangência a fim de diferenciá-la de quaisquer outras questões.

Obs: quanto à pertinência da formulação do problema, verificar os critérios estabelecidos por Best, a saber:

1.  O problema comporta resolução por meio de pesquisa científica, ou seja, relaciona entre si, pelo menos duas variáveis?

 2. É suficientemente relevante para justificar a pesquisa?

 3. A pesquisa tem condições para ser realizada?

 4. Trata-se realmente de um problema, ou a questão já está resolvida ou pacificada?

5. Estou em condições de abordar este problema?

6. Os dados necessários à pesquisa estão disponíveis?

7. O problema pode conduzir à uma conclusão valiosa?

4. HIPÓTESE: É uma afirmação antecipada e provisória acerca de algo ainda desconhecido. Supre provisoriamente lacunas do conhecimento até ser testada, quando então se verificará sua validade.

Devem  basear-se em suposições plausíveis, alicerçadas em teorias, circunstâncias, fatos ou evidências que a torne provável. Portanto, não é formulada aleatoriamente. Ao contrário, se bem formulada, cumpre as funções de fornecer explicações provisórias e servir de orientação à pesquisa que validará ou não tais explicações. A hipótese não é uma repetição do problema, mas uma afirmação que contém elementos explicativos úteis à resolução do problema. A hipótese condiciona a escolha da metodologia a ser utilizada. As hipóteses devem relacionar-se aos problemas e objetivos específicos.

5. JUSTIFICATIVA: Consiste numa explicação sucinta, porém completa, das razões de ordem teórica e dos motivos de ordem prática que tornam importante a realização da pesquisa.

Deve enfatizar: - o estágio em que se encontra a teoria respeitante ao tema;

1.  contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer;

2.  importância do tema do ponto de vista geral;

3.  importância do tema para os casos particulares em questão;

4. possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema proposto;

5. Motivações, conhecimentos e fundamentos relacionados ao tema

6. OBJETIVOS:

61. – Geral: expressa a intenção global e abrangente do tema, a própria significação da tese proposta. Para enunciá-lo deve-se utilizar um verbo que exprima a ação a ser realizada.

6.2 – Específicos: Estão diretamente relacionados ao objetivo geral e representam os passos ou conteúdos que devem ser desenvolvidos para realizá-lo. Além disso, permitem aplicar o objetivo geral às situações particulares. Usar no início os verbos demonstrar, caracterizar, identificar, desenvolver, analisar, etc;

7. METODOLOGIA: 

1. Bibliográfica: utiliza referências teóricas encontradas em livros, revistas, artigos, processos, estatísticas, bem como todos os demais documentos que contenham dados úteis à explicação do problema. Pode ser exclusiva ou utilizada como parte da pesquisa descritiva.

2. Campo: utilizada quando o problema proposto não pode ser explicado apenas por meio da pesquisa bibliográfica, sendo necessário recurso ao estudo direto dos fatos onde se insere o problema. Realiza-se por meio de questionários, entrevistas, gravações, fotografias, estatísticas, coleta, tabulação, análise e interpretação de dados, bem como outros recursos que a ciência reconhece como meio de pesquisa.