OS ARISTÓTELES
Por: Mateus Knebel • 13/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.089 Palavras (5 Páginas) • 180 Visualizações
ARISTÓTALES
Biografia:
O filósofo grego Aristóteles nasceu em Estágira, na Macedônia. Era filho de médico, e tal fato fez com que ele aproveitasse das circustâncias favoráveis para alavancar seus estudos.
Aos dezessete anos, foi para Atenas estudar na Academia de Platão. Permaneceu lá até os trinta e sete anos, quando já havia tornado-se professor. Todavia, a morte de seu mestre fez com que Aristóteles deixasse a academia e partisse de Atenas por doze anos.
Seguiu rumo para Ásia menor com intuito de fundar uma escola. Viveu numa comunidade de platônicos. Posteriormente, casou-se com Pítias, irmã do tirano Hermías, que comandava tal comunidade. Com o assassinato de Hermías dado pelos Persas, Aristóteles continuou seu curso para Metilene. Sua esposa, falecera precocemente, fato que é conhecido devido ao seu testamento onde Aristóteles pede para que o enterrem-no com os ossos de Pítia. Então casa-se novamente, agora com Hérpilis, com quem tem um filho chamado Nicômaco.
Importantes transformações ocorreram, como o desenvolvimento da Macedônia, guiada pelo rei Felipe II, que criou um poderoso exército com intuito de combater o domínio Persa que já ocupava as cidades gregas da Ásia menor há mais de um século. Além de criar um poderoso exército, deu espaço para Aristóteles em sua corte, para que ministrasse aulas ao seu filho Alexandre, ficando nessa função por pouco tempo, devido ao assassinato do rei Felipe II.
Quando Alexandre assume o reinado, Aristóteles volta para Atenas, juntamente com Teofrasto, outro homem notável pelo saber e cria escola própria no ginásio de Apolo Liceu. Com a morte de Alexandre, as coisas tornam-se mais difíceis para Aristóteles, acusado de traidor por ter colaborado com os conquistadores, passando a se refugiar em sua moradia em Cálcis e permanecendo ali até sua morte, no seguinte, aos sessenta e dois anos.
Ideias:
As obras Aristotélicas, discorrem sobre assuntos variados como biologia, física, lógica, ética, política e arte. Muitos dos seus manuscritos se perderam com o tempo. A partir dos fragmentos de tais manuscritos, puderam organizar sua obra.
Se analisarmos seus trabalhos, podemos notar um Aristóteles observando o ''ser enquanto
ser''. Nesse sentido, a sua metafísica discorre sobre princípios que garantam a realidade das coisas, como: o princípio de identidade, da não contradição e do terceiro excluído. Além dos princípios, Aristóteles aponta quatro causas que fazem as coisas serem o que são: material, formal, eficiente e final.
Percebemos também, que apesar de ser discípulo de Platão, Aristóteles visa superar seu mestre pois, entre os dois havia discordâncias. Por exemplo: que a essência das coisas está nas próprias coisas, diferente de Platão que pensa nas coisas como cópias de ideias perfeitas.
Na ética, os platonianos visualizavam as paixões humanas como algo negativo e que deveriam ser controladas pela razão. Para Aristóteles, as paixões humanas não são nem boas e nem ruins. Ruim é ter vícios nas paixões, tanto em excesso como em falta dela. Portanto, para Aristóteles, agir corretamente seria saber dosar essas medidas.
Já na área da política, Platão mentalizou um sociedade ideal, na qual não haveriam desigualdades. Em contrapartida, Aristóteles se concentrou menos em "construir'' uma sociedade ideal e mais com o estudo do sistema político e as leis existentes em sua época. Seria uma sociedade que não fosse nem totalmente democrática e nem totalmente aristocrática: a política permitiria que os conflitos entre ricos e pobres pudessem ser amenizados.
Métodos:
1) Observação Empírica - Filósofo que sistematizou a lógica, Aristóteles definiu as formas de inferência que são válidas e as que não são, além de nomeá-las.
Aristóteles quis criar um método mais seguro que a dialética Platôniana, que em seu discurso, dizia ser através da apuração de argumentos e dialógos que se obteriam a verdade absoluta. Tal método ficou conhecido como silogismo. Ele consiste de três proposições; duas premissas e uma conclusão que, para ser válida, necessariamente decorre das duas anteriores, sem que haja outra opção. Por exemplo:
Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Portanto, Sócrates é mortal.
2) As quatro causas - Para Aristóteles uma coisa é o que é devido à sua forma. Como, porém, o filósofo entende essa expressão? Ele compreende a forma como a explicação da coisa, a causa de algo ser aquilo que é. Na verdade, Aristóteles distingue a existência de quatro causas diferentes e complementares:
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