Os Casos de Fusão
Por: May Cruz • 7/12/2021 • Trabalho acadêmico • 1.918 Palavras (8 Páginas) • 125 Visualizações
CASOS DE FUSÃO
Para darmos início ao presente trabalho, precisamos saber o conceito de fusão; o porque fazer uma fusão de empresas; os seus benefícios; qual o objetivo da fusão de empresas; quais são os tipos de fusão e assim, dar exemplos.
A fusão é uma operação societária que envolve duas ou mais empresas que juntam seus patrimônios para formar uma nova sociedade comercial, o que faz com que elas passem a não existir mais individualmente. Quando se divulga que duas marcas ou empresas irão se unir, tal notícia torna-se assunto para dias, semanas ou meses, isso quando a fusão foi considerada correte, pois determinadas fusões prorrogam-se judicialmente por anos. Ou seja, é a união de duas ou mais organizações, geralmente do mesmo setor ou de setores parecidos, resultando assim, na criação de uma terceira nova companhia. Esta negociação ocorre com todo respaldo judicial, no qual as empresas envolvidas transformam-se em uma só.
O processo de fusão no Brasil iniciou-se no começo do governo de Fernando Collor de Mello, quando a economia brasileira foi aberta ao comércio internacional. A incerteza quanto ao futuro do país fez com que as fusões se iniciassem de uma forma lenta.
Nos anos 90 as empresas internacionais começaram a incorporar facilmente as empresas nacionais, tradicionalmente familiares, já que elas não tinham capacidade de concorrência, foi então que o empresariado brasileiro começou a perceber a importância de aumentar a capacidade produtiva e que, em curto prazo, isso apenas poderia se concretizar por meio de fusões.
Os empresários brasileiros demoraram a aceitar a fusão como opção entre empresas nacionais devido à cultura empresarial brasileira. No Brasil os donos empresários não aceitam a divisão de poder, principalmente por conta da tradição da administração familiar. Muitas vezes, o que se via era um herdeiro, pouco preparado, assumir o poder, em detrimento de uma gestão profissional.
Segundo o Jornal Gazeta Mercantil (2002)
A partir de 1994, com o surgimento do Plano Real, o
mercado de fusões começou a crescer. Em 1990 foram
fechados 186 negócios no Brasil; em 1998, 480; e em
1999; 493. Entre 1990 e 1994, 32% dos negócios
efetivados envolveram capital estrangeiro contra 52% no
período de 1995 a 1999.
Dentre os inúmeros casos de fusões e aquisições ocorridos no Brasil entre 1995 e 2000 cabe destacar: Kolynos, Banco Real, Banco Noroeste, Banco Boa Vista, Tintas Coral, Clevite do Brasil, Aracruz, Lacta, CGCL Laticínios, Arno, Unimar, Tigre, Paulista de Seguros, Celite, Pão Pulmann, Arisco, Metal Leve entre outras.
A fusão é um movimento amigável, voluntário, em que as organizações combinam seus recursos e meios visando obter benefícios. No Código Civil, a fusão de empresas está descrita no capítulo X, da transformação, da incorporação, da fusão e da cisão das sociedades, no Art.1.119°, no qual se compõe a seguinte regulamentação: “A fusão determina a extinção das sociedades que se unem, para formar sociedade nova, que a elas sucederá nos direitos e obrigações”. Sendo assim, um novo contrato social é redigido com os capitais sociais somados e sócios identificados, assim como seus patrimônios, bens, direitos e obrigações.
Um dos principais motivos para as empresas se fundirem é a economia de custos de produção e o ganho de mercado, com acesso a novos mercados e lançamento de novos produtos, se olharmos atentamente para a economia, perceberemos que não é à toa que a fusão de empresas vem acontecendo com tanta regularidade em todo o mundo. Muitas são as vantagens que a nova empresa passa a ter perante o mercado. Entenda algumas delas.
-Aumento da abrangência de marca: Da mesma forma que a fusão amplia os mercados-alvo, também aumenta a abrangência da nova marca. Ou seja, outros públicos-alvo podem ser atingidos, e a organização ganha fôlego para construir um novo posicionamento no mercado.
-Possibilidade de diversificação de mercado
-Aumento de receitas: Quando a fusão é feita de forma bem planejada, o aumento da receita é uma realidade concreta, isso porque, com duas empresas se tornando uma só e com um domínio imenso de mercado, milhares de novas oportunidades batem em sua porta, sendo assim, automaticamente com mais vendas e contratações, as engrenagens da nova empresa não param de girar e assim geram um imenso aumento de seus recursos;
-Redução de custos: Com a fusão, a nova companhia criada passa a ter menos custo, isso porque pessoas, processos e espaços são unificados. Além de contar com uma nova gestão, erros são identificados e corrigidos rapidamente, o que acaba não apenas garantindo que os custos desnecessários sejam descartados, como também a possibilita a criação de uma nova administração mais enxuta e prática e o aumento da produtividade;
-Diminuição dos riscos de mercado: A fusão entre empresas, principalmente se pertencentes ao mesmo setor, automaticamente causa a diminuição da concorrência mais agressiva e acirrada, portanto, os riscos acabam diminuindo muito. A empresa que surge de uma fusão sempre tem mais força diante dos riscos e incertezas do mercado, pois aumenta sua capacidade de adaptação.
Basta pensar que as expertises em gestão de riscos são somadas, criando uma organização muito mais resistente e preparada para enfrentar oscilações e adversidades.
-Melhores condições de atuação: Quando há uma fusão, a organização resultante terá melhores condições de atuação no mercado do que as ex-empresas que a formaram. Um exemplo básico é a redução de custos de crédito com os bancos, que liberam novos financiamentos ao verificar a estrutura robusta da companhia. Da mesma forma, todos os recursos de que a organização precisar serão facilitados, graças ao crescimento instantâneo que a fusão de empresas proporciona.
Existem cinco principais tipos de fusão entre empresas, todas muito diferente uma das outras, segue abaixo os tipos de fusão:
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