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PIC sobre feminismo

Por:   •  7/6/2015  •  Pesquisas Acadêmicas  •  925 Palavras (4 Páginas)  •  175 Visualizações

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FEMINIZAÇÃO DO MAGISTERIO

Ao analisar a inserção da mulher ao magistério pode afirmar que foi um grande avanço por um lado, pois a mulher que tanto buscava sair do espaço privado agora ganha uma oportunidade de participar do espaço público. Por outro lado a mulher ainda continuava sendo submissa e controlada pelo homem, pois a entrada no magistério dependia do perfil que o homem criava para a mulher, como os currículos escolares para exercer a profissão de professora. O processo de feminização do magistério começa entre a transição do século XIX para o século XX, quando o Brasil passa por uma intensa democratização do ensino, pois a sua taxa de analfabetismo era muito alta. A busca de modernização na educação do país também ajudou para a feminização do magistério que foi um grande processo de evolução por não ter ocorrido naturalmente e sim por meio de revoluções no meio publico do país.

   A chegada da mulher no magistério só acorreu depois de várias reinvindicações do direito igualitário. Mas, não quer dizer que conseguiram, pois era só começo de uma fase que ainda remetia a sua submissão ao homem e a confirmação da sua imagem matriarcal.

   O primeiro passo a se fazer para a feminização do magistério foi à educação para meninas, que na época eram educadas em casa ou por clérigos. De acordo com a lei imperial nas escolas para a educação feminina em vez do ensino básico as garotas participavam das aulas de cunho doméstico que concretizava a imagem de mãe e dona do lar. A partir dessa ação a identidade era reforçada para não haver a possibilidade de a mulher entrar em competição com o homem no espaço público, que se tratava como uma ameaça pela maior concentração que as mulheres têm em suas atividades.

As Mestras, além do declarado no Art. 6º, com exclusão das noções de geometria e limitado a instrução de aritmética só às quatro operações, ensinaram também prendas que servem à economia doméstica; e serão nomeadas pelos Presidentes em Conselhos, aquelas mulheres, que sendo brasileiras de reconhecida honestidade, se mostrarem com mais conhecimento nos exames feitos na forma do Art. 7º. (FONTE????)

   Ao analisar a identidade da mulher por influências de grandes instituições sendo: religiosas e políticas. O perfil de professora ideal era estabelecido pelas estruturas cristãs que remete ao modelo de Maria caracterizado pela maternidade, pureza e obediência. Assim sendo, criava uma expectativa dos alunos adquirirem mais conhecimentos pela maneira maternal que eram tratados, essa maneira refletia a imagem de sua própria mãe.

   Aos poucos a mulher tornou-se dona de boa parte do magistério, com o grande número de profissionais na área e o baixo salário homens buscavam outros empregos que despertavam mais o seus interesses. A ampliação da educação no Brasil significou uma abertura para a mulher se ingressar profissionalmente, quebrando o pensamento de que a mulher só era vista como dona do lar, que cuida de seu marido e de seus filhos. Mas, ao longo do tempo com o avanço democrático no Brasil despertava o desejo de reconhecimento e a procura de liberdade por isso à mulher ingressa em um meio produtivo gerando autonomia intelectual e ao mesmo tempo econômica.

   A feminização do magistério em Anápolis ocorreu de forma lenta, como o progresso na educação do povoado, as primeiras aulas a que ocorria eram especificadamente para o sexo masculino na Capela de Santana das Antas, com o crescimento da população o ensino começara a ser ministrado em pequenas escolas publicas mantida pelo estado, nem sempre em boas condições.

   Enquanto toda essa mudança ocorria na educação brasileira, em 1877 no Arraial de Santana das Antas foi requerido para o Presidente da Província a criação da primeira escola de letras para o sexo feminino e de acordo com as autoridades em “tempo oportuno o pedido seria atendido” (BORGES,1975, p.120). Em contrapartida com o fato precisava se de professoras para a escola feminina por isso que em 1891 ocorreu à primeira nomeação de professoras para a primeira escola de letras para meninas, a primeira mestra feminina foi Maria Elisa Crispim renomada goiana por sua inteligência e persuasão, que regeu o Instituto de Ciências e letras de Anápolis.

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