Personagem Principal Antígona Filha de Édipo
Por: esterbrinho19 • 23/5/2016 • Trabalho acadêmico • 642 Palavras (3 Páginas) • 945 Visualizações
3. Antígona.
Em Antígona temos uma peça que é uma tragédia grega de Sófocles, escrita por volta de 442 a.C.
A personagem principal é Antígona, filha de Édipo, irmã de Etéocles, Polinice e Ismênia.
É uma peça muito usada na forma de análise do Direito Natural e Positivo, onde vemos os personagens principais envoltos nessa problematização que é questão muito corriqueira na vida do operador do direito.
A peça tem início com a morte de dois filhos de Édipo, Etéocles e Polinices, que se enfrentaram em uma luta pelo governo de Tebas, luta essa que levou os dois a morte, com isso Creonte assumiu o poder de Tebas e seu primeiro ordenamento se refere ao sepultamento e cultos aos irmãos mortos. Por ordem de Creonte o corpo de Etéocles teria todo o cerimonial fúnebre devido, já Polinices teria seu corpo perdido a esmo no campo de batalha, sem direito a sepultamento ou a qualquer demonstração de luto para com sua morte, ficando a sina de ser devorado por aves e cães, era o exemplo para todos que se levantarem contra o trono de Tebas.
Ao saber da ordem Antígona não se propõe a cumpri-lá, faz saber-se para sua irmã Ismênia que sepultará e prestará todos os ritos ao irmão, mesmo contra a ordem de Creonte e mesmo perante o iminente castigo, Antígona não se submissa as leis humanas por essas irem contra as leis divinas.
Creonte toma conhecimento por um guarda que o corpo de Polinices havia recebido uma camada de terra e os ritos devidos e dessa forma alguém teria desafiado sua lei, o guarda descobre que o rebelde se tratava-se de Antígona e a leva ao encontro de Creonte de forma que Antígona se mostra desprovida de arrependimento pois sente que cumpriu sua obrigação, pois para ela existe maior dever em cumprir as leis divinas, já Creonte não aceita tal afronta, pois para ele sua lei é que vale, sua ordem é que deve ser obedecida, pois se trata do governante de Tebas. Creonte chama Ismênia e a acusa de cumplicidade, Ismênia assume a culpa mesmo tendo recusado participar do ato, mas ao assumir a culpa não desperta a admiração de Antígona, a única culpada no descumprimento da ordem de Creonte, ambas são condenadas.
Hêmon, filho de Creonte e noivo de Antígona tenta interceder pela amada, mesmo sendo submisso ao pai, ele leva ao conhecimento dele como o povo questiona a ordem e apoia a atitude de Antígona, porém Creonte se mostra inremediável e da andamento a aplicação da pena, pois para ele sua lei é que vale, mesmo quando questionado pelo filho sobre o soberano poder. Creonte condena Antígona a seu fim emparedada em uma caverna com só alimento indispensável, para que seu fim seja lento.
Tirésia, conselheiro de Creonte e adivinho, avisa a ele do mau que ira causar por sua teimosia e que os deuses não concordam com ele. Após a retirada de Tirésia, Creonte é convencido pelo coro (povo) a libertar Antígona e sepultar Polinices, porém Antígona já havia se matado quando ele fora busca-lá, além disso Creonte terá que viver com o peso da morte do filho que se matou depois de saber da morte da noiva e do suicídio da esposa ao saber da morte do filho.
Na tragédia de Antígona podemos ver características do Direito Natural e Direito Positivo. O Direito Natural é defendido por Antígona ao querer prestar ao irmão seu luto e afirma a existência de um direito acima do direito das leis, já Creonte se embasa no Direito Positivo, ao criar sua lei e aplicar a pena a qualquer situação e/ou pessoa que a desobedecer, porém podemos ver depois de muita reflexão que Creonte admiti a existência de um Direito superior e imutável as suas leis:
“Não deixem que meu coração fraqueje vendo a destruição que causei por não reconhecer que havia leis antes de mim.” (Sófocles, 1996, p. 60)
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