Porque Julgamos que a diferença seja um problema
Por: pR11 • 15/6/2018 • Artigo • 765 Palavras (4 Páginas) • 213 Visualizações
Artigo de opinião sobre o tema “Por que julgamos que a diferença seja um problema?”
Só é posto como diferença se partirmos do pressuposto que a uniformidade é o correto estado normal das coisas e levarmos em conta alguns períodos anteriores da história.
O seu conceito teve início desde a colonização quando alguns povos se acharam no direito de impor sua “cultura” e/ou “civilização” definindo-os como corretos. Dessa forma, surgem conflitos e confrontos que põe em pauta a questão da diferença como problema, no entanto, hoje ela está naturalizada. Ou seja, falar de diferenças seja ela em qualquer aspecto se tornou natural e por consequência disso, pensar em mudar sua realidade precisa antes de tudo reconhece-la como problema e conhecer as suas origens.
Quando pensamos em colonização, lembramos também da questão escravocrata que nos fora imposta com tanta violência , segregando pessoas por meio de sua cor da pele , caracterizando os povos brancos como”melhores”e os negros como inferiores impondo um preconceito/racismo que nos leva a pensar na forma como esse conceito foi institucionalizado há muito tempo atrás, e que parte de ideia de querer ser melhor que o outro pois julga que sua roupa ,cor da pele, condição social, cultura , gênero é o correto, bom e sempre acima do outro , assim , começou o embate e nasce o que hoje caracterizamos como diferença.
A partir daí as diferenças começam a abranger seus ramos e passa a ter outros conceitos como por exemplo: tradição, religião, gênero, cultura, esses novos conceitos trazem , agora, uma infinidade de diferenças para dentro de uma sociedade pois algumas pessoas se apropriam desta ideia de diferença para preservar o seu modo de ser. Um exemplo dessa preservação e apropriação , são os povos indígenas que conceituaram essa diferença com o nome de tradição e cultura para garantir a impossibilidade de mudanças, diante da ameaça que receberam de fora , dos “colonizadores” , aqueles que queriam impor a todo custo a originalidade e a singularidade. Aliado a isso, essa caracterização da cultura como uma propriedade e o racismo cada vez mais centrado na cultura torna mais evidente as divisões estabelecidas e reafirma as segregações caracterizadas pela diferença.
Outro fator para analisar à diferença é que a mesma é uma necessidade básica do homem enquanto enquanto ser humano, ou seja, é um profundo instinto ou impulso dos indivíduos em querer ser diferentes, mas não apenas diferentes, diferentemente melhores, melhor que seu semelhante. É questão de separação que também está diretamente ligada a existência humana que nos faz dormir frente as necessidades de ajudar ao que é comum a todos, é por essa razão que precisamos despertar do nosso sono dogmático da diferença. O que afirma como dogmático é tudo que é aceito sem exame e sem crítica, afirmações sobre as coisas e sobre as ideias. Penso que isso seja o ponto de partida para entendermos o porque que as diferenças se naturalizaram e o porque que o preconceito e o desejo de ser diferentemente melhor ainda é atuante, pois vivemos em um mundo onde as forças do mercado e o capitalismo só aceleram e impulsionam o desejo da segregação, da dialética da homogeneização e da diferenciação. Aliado a isso a globalização e a má distribuição de renda formenta
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